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Dislexia

Por:   •  18/5/2015  •  Projeto de pesquisa  •  693 Palavras (3 Páginas)  •  256 Visualizações

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Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU

ADOLFO BILER DA SILVA

Dislexia

UMA SÍNTESE

São Paulo, 2015

Dislexia: o que é e quais são as suas causas

Ao considerarmos os transtornos da aprendizagem, podemos perceber que não ocorrem de maneira estritamente psicológica. Com isso, todavia não queremos dizer que não sejam importantes os estudos nessa área com vista a melhor compreendermos esses problemas da aprendizagem. Ademais, é historicamente comprovada a importante atuação da psicologia no avanço de nossos conhecimentos na área de educação.

Ao tratarmos, porém, da dislexia como transtorno da aprendizagem, podemos verificar que em sua essência constitui, originariamente, um problema no desenvolvimento neurobiológico do indivíduo já presente na tenra idade, apesar das dificuldades de detecção que objetivem prevê-lo. Saber disso faz uma grande diferença pois nos permite até mesmo situá-la melhor nas regiões corticais que funcionalizam a linguagem.

Mas, todavia, do que se trata realmente essa anomalia? Quais são suas causas? É possível prevê-la e sendo assim promover tratamentos que resolvam ou pelo menos atenuem seus sintomas? Cada vez mais estamos próximos a respostas consistentes a essas importantes perguntas e isso se dá devido aos avanços das ciências psicológicas e das neurociências nos últimos anos.

Nesse contexto, uma das definições melhor apresentada para esse transtorno da aprendizagem encontra-se em um dos melhores estudos elaborados nos últimos anos sobre a ciência da leitura. Nos referimos ao livro de Stanislas Dehaene chamado “Os Neurônios da Leitura” onde o conceito de dislexia apresenta-se como uma “dificuldade desproporcional da aprendizagem da leitura” e que, por assim dizer, não se refere a retardo mental, déficit sensorial e tão pouco a um ambiente familiar desfavorável. Dessa forma, o transtorno da dislexia encerra uma gênese necessariamente neurobiológica que pode ser verificada logo após a organização das células neuronais no pleno desenvolvimento do cérebro da criança.

Outro fator de importância para o estudo da dislexia é o aspecto fonológico que se apercebe também quando estudamos essa anomalia cerebral. Há dessa maneira uma ampliação da dificuldade no estudo da dislexia. Isso porque, fazer o rastreamento das prováveis disfunções cerebrais que causaram esse déficit fonológico é algo ainda muito difícil para os cientistas.

É justamente nesse sentido que a dislexia configura-se ainda como um transtorno de certa forma ainda misterioso, pois verificou-se que o problema não é apenas de caráter visual mas ainda mais fundamental. Falamos isso porque por muito tempo se concebeu esse transtorno como um problema essencialmente visual. Correto é afirmar que há fatores visuais, no entanto, não constituem o âmago da questão.

Ainda um outro aspecto interessante nesse estudo diz respeito a localização e/ou universalidade da dislexia. Como assim? Alguém poderia se perguntar. Queremos com isso dizer que há uma localidade cerebral comum para todos os disléxicos: trata-se do lobo temporal esquerdo. Uma vez que é essa a região onde se situa as redes neurais da expressão da linguagem. Isso significa dizer que mesmo um disléxico chinês que, não se expressa por meio de signos alfabéticos mas de caracteres distintos tem a mesma região cerebral comprometida.

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