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ESCOLA NA CIDADE E ESTUDANTES DO CAMPO: DESAFIOS NOS ANOS DE 1990

Por:   •  1/7/2019  •  Artigo  •  4.503 Palavras (19 Páginas)  •  269 Visualizações

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ESCOLA NA CIDADE E ESTUDANTES DO CAMPO: DESAFIOS NOS ANOS DE 1990[1]

Alisson Felipe Alves dos Santos[2];

Cristiane Frederico da Rocha[3];

Kleide Lêda Alves Bispo[4];

Resumo: As dificuldades encontradas nos anos de 1990 percorreram um processo árduo de mudança na educação e histórico em Rondônia, com essas transformações se tornou mais evidente as formas encontradas para a melhoria das metodologias educativas, em que os estudantes do campo do 1° ao 7° ano, que se localizavam no meio rural, e o que enfrentavam para estarem em sala de aula. Para podermos nos aprofundar mais sobre como se deu o processo educativo em Rondônia, voltaremos a nossa atenção a abordagem de José Lopes de Oliveira sobre a realidade migratória no estado, devemos saber que essencialmente o que ocorreu nos anos anteriores no estado que fora ocupado por migrantes oriundos de diversas regiões do país, e ao ponto de vista de Gilson Marcos Pages ao repensar a relação educação e formação tendo como mediação o trabalho. Também traçamos premissas em torno da Educação do Campo e a dupla faceta do Estado por meio das políticas sociais neste âmbito. Essa problematização não só vale para os anos que decorreram, mas que se passam até os dias atuais. Algumas crianças não conseguiam ter acesso à escola, e quando tinham enfrentavam muitas adversidades como: transporte, situação financeira e até mesmo o clima. Para compreender como os estudantes de Migrantinópolis e professores que ministraram aula na época, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Americo Brasiliense de Almeida Melo, como lidavam com as situações que complicavam o acesso a educação e quais eram, e como enfretavam as dificuldades na década 90.

Palavras-chave: História da Educação, Dificuldades, Estudantes do Campo.

1. INTRODUÇÃO

Ao perceber as preocupações e as dificuldades dos alunos da educação no campo, optou-se por investigar e esclarecer os diferentes desafios e dilemas que envolvem a problemática enfrentada no que toca a educação, em especial aquela dedicada aos estudantes que vivem no campo, muitos dos quais se viram no passado e mesmo no presente forçados a frequentar espaços escolares que em muito diferem de sua realidade espaços-tempos vividos e experimentados, essa realidade é de um passado não tão distante. Nos aprofundaremos no que se dá em torno da problemática da dicotomia entre cidade e campo, as diferenças que estavam presentes em volta desses dois antagonismos permeavam por anos na educação brasileira e não é tido como  relevante até os dias atuais, o assunto não é discutido nem levado em pauta por acharem ser um problema de minoria rural e que nem sempre são abastados, existe um desprestígio em relação as pessoas que moram no campo.

        Na década de 1990, ocorreram diversas mudanças e avanços na área da educação, das quais refletiram nos anos seguintes, o debate sobre educação do campo é complexo e vem sendo construído no Brasil durante as últimas décadas por uma série de instituições: setores do poder público em suas diferentes redes de ensino (federal, estadual e municipal), como que lidam com os estudantes que moram no campo, os movimentos sociais do campo e educadores e educadoras atuantes nas escolas. Esses educadores estão engajados na valorização dos sujeitos do campo e na construção de um modelo de educação que comtemple as diversas demandas. Nesse sentido um dos objetivos deste trabalho é refletir como a escola urbana que atende uma quantidade significativa de alunos provenientes do campo não discute a realidade de crianças, adolescentes e jovens, que trazem expectativas singulares em relação à educação e à escola, em seu projeto político pedagógico.

        De acordo com Gilson Marcos Pages (2011) a educação é uma fração do modo de vida dos grupos sociais que a criam e recriam, entre tantas outras invenções de sua cultura. As formas de educação que produzem e praticam, para que elas reproduzam, entre todos os que ensinam-e-aprendem, o saber que atravessa ás palavras da tribo, os códigos sociais de conduta, as regras do trabalho, os segredos da arte ou da religião, do artesanato ou da tecnologia que qualquer povo precisa para reinventar, a vida do grupo e a de cada um de seus sujeitos, através de trocas sem fim com a natureza e entre os homens, trocas que existem dentro do mundo social onde a própria educação habita.

2. O PROCESSO EDUCACIONAL EM RONDÔNIA

No ano de 1990 a estrutura escolar, a localização e os obstáculos, contribuíram para agravar as dificuldades da educação  e como os estudantes do campo enfrentavam  e tentavam supera-los para estudar na cidade.

As dificuldades encontradas pelos estudantes do campo que estudavam na cidade na década de 90 percorreram um processo árduo de mudança na educação. Com essas transformações se tornou mais evidente as formas encontradas para a melhoria na metodologia educativa, então através dessa preocupação pelas melhorias educacionais, voltadas para as pessoas que vivem no campo no Brasil, se criaram novas políticas voltadas á educação.         

Com a ampliação de pensamento voltada as pessoas que estão no campo no Brasil se inicia uma nova etapa para constituição de uma política pública voltada para educação do campo. Segundo Maria Antônia Souza (2008) a existência de um número reduzido de escolas e o trabalho com conteúdos caracterizados pela ideologia do Brasil urbano fizeram com que o movimento social iniciasse novas experiências e produzisse documentos mostrando as necessidades e as possibilidades na construção de uma política pública de educação do campo.

        A Educação de 1990 era estruturada para receber os alunos do campo que estudavam na cidade. O distanciamento entre escola/comunidade, a fragilidade dos processos e a ausência de uma formação voltada para a qualificação da prática dos professores e equipada para os Alunos. Isso nos leva a analisar que tipo de formação vem sendo ofertada pelas políticas públicas nos diferentes espaços educativos rurais no Brasil nos ajudará a entender de que forma elas contribuem ou não para a construção de uma educação que vem sendo fruto de mobilização no campo brasileiro:

As transformações ocorridas nas últimas décadas no campo, principalmente pela modernização da agricultura e expansão da atividade agropecuária, contribuíram para que o camponês aos poucos migrasse  para as cidades. A urgência da Educação do Campo, no Campo e para o Campo, surge da necessidade das contradições do modelo de desenvolvimento vigente no país. Dessa forma, a realidade que se teme é a exclusão, a expropriação, os movimentos sociais e a busca por uma educação que atenda suas necessidades, resgate as suas identidades com o campo e que venha de encontro aos interesses socioculturais, econômicos, da população que habita no campo. (PAGES, 2011, p.1)

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