Estudo dirigido - Refletindo sobre Heródoto e Tucídides

QUESTÃO INVESTIGATIVA

Tucídides – introdução por Mário G. Kury

        É comum que, tradicionalmente, pensemos sobre o tempo em uma perspectiva linear e evolutiva. Devemos isso, dentre tantas outras influências, à da teoria da evolução das espécies de Charles Darwin e à tradição de pensamento judaico-cristão sobre o tempo, a qual o interpreta escatologicamente (um dia, chegará o Juízo Final). No entanto, ao observarmos o passado, principalmente em termos de escrita do que entendemos hoje como história e com o intuito de analisar os textos de antigos “historiadores” como fontes primárias, torna-se necessário que consideremos as especificidades do mundo o qual observamos.

        Em outras palavras, relegar a Heródoto o papel de “pai da história” é tão anacrônico quanto esperar que a “verdade” estivesse dentro de seus interesses com suas Histórias. Inclusive, Heródoto não nomeou sua obra assim. Ela fora composta por uma série de livros, os quais, estes sim, vieram nomeados a partir de musas da crença grega. O fato de “nós” a nomearmos dessa forma, “hoje”, diz muito mais sobre o que entendemos por história e historiografia do que o que Heródoto entendia, por assim dizer. No tocante à verdade, seria possível, a um “homem grego”, alcançá-la?

        Da mesma forma, Tucídides compõem a sua História da Guerra do Peloponeso com objetivos claros e diversos dos de Heródoto, mas que não deixam de vir de um plano de fundo comum: no seu caso específico, o “mundo grego” ateniense do século V a.C.

         Assim sendo, partindo do texto introdutório escrito por Mário G. Kury, levantem indícios desta especificidade, de modo que possamos analisar em conjunto de que maneira estes propiciam uma leitura mais precisa da obra de Tucídides.

Que posição este ateniense ocupava na democracia de seu tempo? Era ele cidadão? Mas, um “cidadão qualquer”? Teria isto alguma relação com o objetivo de Tucídides divergir tanto do de Heródoto?

        Reflitam! 😊