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Etica Calvinista

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Por:   •  9/6/2014  •  2.984 Palavras (12 Páginas)  •  213 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

O Calvinismo recebe o nome de João Calvino, que exerceu uma influência internacional no desenvolvimento da doutrina da Reforma Protestante, à qual se dedicou com a idade de 25 anos, quando começou a escrever os "Institutos da religião Cristã" em 1534 (publicado em 1536). Esta obra, que foi revista várias vezes ao longo da sua vida, em conjunto com a sua obra pastoral e uma coleção massiva de comentários sobre a bíblia, são a fonte da influência permanente da vida de João Calvino no protestantismo.

Para Bernard Cottret, biógrafo de Calvino, "o calvinismo é o legado de Calvino e torna-se uma forma de disciplina, que não raramente é levada ao extremo da teimosia". O Calvinista é pois no extremo um profundo conhecedor da Bíblia, um moralista, um puritano, que pondera todas as suas ações pela sua relação individual com a moral cristã.

O Calvinismo é também o resultado de uma evolução independente das idéias protestantes no espaço europeu de língua francesa, surgindo sob a influência do exemplo que na Alemanha a figura deMartinho Lutero tinha exercido. A expressão "Calvinismo" foi aparentemente usada pela primeira vez em 1552, numa carta do pastor luterano Joachim Westphal, de Hamburgo.

2 O CALVINISMO

2.1 ORIGEM E TENDÊNCIAS

O Calvinismo marca a segunda fase da Reforma Protestante, quando as igrejas evangélicas começaram a se formar, na sequência da excomunhão de Martinho Lutero da igreja católica romana. Neste sentido, o Calvinismo foi originalmente um movimento luterano. O próprio Calvino assinou a confissão luterana de Augsburg de 1540. Por outro lado, a influência de Calvino começou a fazer sentir-se na reforma Suíça, que não foi Luterana , tendo seguido a orientação conferida por Ulrich Zwinglio. Tornou-se evidente que a doutrina das igrejas reformadas tomava uma direção independente da de Lutero, graças à influência de numerosos escritores e reformadores, entre os quais João Calvino era o mais eminente, tendo por isso esta doutrina tomado o nome de Calvinismo.

Uma vez que tem múltiplos fundadores, o nome "Calvinismo" induz ligeiramente ao equívoco, ao pressupor que todas as doutrinas das igrejas calvinistas se revejam nos escritos de João Calvino.

O nome aplica-se geralmente a doutrinas protestantes que têm uma base comum, que não são Luteranas, sendo normalmente igrejas nacionais de países protestantes ou movimentos minoritários de reforma protestante, conhecidos como igrejas reformadas. Estas doutrinas formaram-se, sobretudo fora das zonas de influência da igreja católica, em finais do séc. XVI (em Inglaterra no séc. XVII).

Em França, os calvinistas foram chamados de Huguenotes e foram perseguidos, combatidos, muitas vezes obrigados ao exílio. Em Portugal, Espanha ou Itália, estas doutrinas tiveram pouca divulgação e foram ativamente combatidas pelas forças da Contra-Reforma, com a ação dos Jesuítas e da Inquisição.

2.2 ABSOLUTA DEPENDÊNCIA DE DEUS

O sistema teológico e as práticas da igreja, da família ou na vida política, todas elas algo ambiguamente chamadas de "Calvinismo", são o resultado de uma consciência religiosa fundamental centrada na "soberania de Deus".

O Calvinismo pressupõe que o poder de Deus tem um alcance total de atividade - e resulta da convicção de que Deus trabalha em todos os domínios da existência, incluindo o espiritual, físico, intelectual, quer seja secular ou sagrado, público ou privado, no céu ou na terra.

De acordo com este ponto de vista, qualquer ocorrência é o resultado do plano de Deus, que é o criador, preservador, e governador de todas as coisas, sem exceção, e que é a causa última de tudo. Esta atitude de total dependência de Deus não está associada com quaisquer atos temporários de piedade, por exemplo, a reza. Pelo contrário, ela está tão associada ao trabalho de cavar a terra como o de ir à missa. Para o cristão calvinista, toda a sua vida é religião.

2.3 PREDESTINAÇÃO FORTE

A doutrina da predestinação está particularmente associada ao Calvinismo. A predestinação é um elemento que descende da teologia de João Calvino. Dentro do espectro de crenças quanto à predestinação, o Calvinismo é a forma mais forte entre cristãos. Ensina que a predestinação de Deus é baseada na sua vontade e não em premonição ou presciência, em relação a cada pessoa e acontecimento. E numa forma insondável, não acessível ao nosso entendimento, Deus age continuamente com liberdade total, por forma a realizar a sua Vontade de forma completa.

De acordo com o princípio da dupla Predestinação, Deus dividiu os Homens em dois grupos. Um deles é o grupo dos escolhidos de Deus. Os restantes permanecerão ignorantes perante Deus e o Evangelho. Eles estão condenados e irão passar a eternidade no inferno.

Deus tomou esta decisão antes da criação do Universo. As razões por que Deus a tomou é-nos desconhecidas. Mas é claro que não é por causa de quaisquer boas ações que eles foram escolhidos.

3) A ÉTICA EM JOÃO CALVINO

Tendo sido dado como ponto de partida uma breve definição do conceito de ética pode-se a partir de então começar a analisar a ética através de uma visão calvinista. João Calvino afirmou-se como sendo uma figura de suma importância para a história mundial; líder do movimento reformista conhecido por Calvinismo, assim como Lutero, foi um grande opositor dos dogmas da igreja católica, como a venda de indulgências, por exemplo. Vivendo no século tido como o século das grandes reformas Calvino, assim como os pensadores que viveram antes dele, se preocupou em estudar o conceito ético. Formulou teorias, as quais ficaram eternizadas nos anais da história da humanidade, conhecidas como Ética Calvinista.

Calvino estabeleceu seu conceito de ética tendo por base as Sagradas Escrituras do Antigo e Novo Testamento, e na tradição cristã. Esta ética calvinista assevera Deus como sendo o único soberano sobre todo Universo e toda criação, bem como o homem que fora criado à imagem e semelhança de Deus. Podemos encarar esta Imagem e Semelhança em, o homem, refletir as qualidades éticas e morais de Deus, dentre as quais podemos elencar o amor, a justiça, a santidade, entre outras.

O relacionamento do homem com Deus defende Calvino, é resultado do amor de Deus pelo homem, que se encontra em Jesus e do amor deste por Deus, a si mesmo e

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