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Formação Docente uma reflexão necessária.

Por:   •  6/11/2015  •  Resenha  •  1.146 Palavras (5 Páginas)  •  296 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

A experiência aqui descrita não é resultado da atuação de apenas um indivíduo, e sim de toda uma equipe escolar que, atualmente, está servindo de referência em todo o país para a prática do modelo inclusivo de educação.

Refiro-me aqui ao município de Erechim, no Rio Grande do Sul.

Depois de conquistar o prêmio de melhor experiência em educação inclusiva do Brasil, prêmio concedido no final do ano passado pelo Ministério da Educação (MEC) e pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), Erechim foi o primeiro município do país a ingressar na ação nacional pela educação 100% inclusiva. O exemplo de inclusão da Escola Irmã Consolata, do bairro Koller, com a estudante Samantha Sega, de cinco anos, que tem paralisia cerebral, foi o que garantiu o prêmio. A diretora Manoela explica que o diferencial não está apenas na acessibilidade que a escola proporciona e na inclusão do estudante em sala de aula, mas também no trabalho em equipe.

“Na escola todos estão preparados para receber o estudante, desde a portaria, até o atendimento em sala de aula. A Secretária de Educação fornece transporte adequado. Além disso, nosso trabalho é feito com professores bi docentes. São dois professores em sala de aula, que atendem tanto ao estudante com deficiência quanto aos demais. E não há um professor principal e um secundário, mas sim os dois têm a mesma importância em sala de aula”, declarou.

Alderi Oldra, secretário de educação do município, credita o resultado ao trabalho em conjunto e também ao posicionamento que a administração municipal tem com a área da educação. Segundo o secretário, o prefeito de Erechim, Paulo Polis, dá liberdade total para os investimentos na área.

“As crianças com deficiência apresentam avanços significativos ao serem incluídas no ensino comum, em vez de serem segregadas. Muitas chegam sem andar, sem falar e sem interagir e em poucos meses têm melhoras significativas. Além disso, os estudantes que não possuem nenhum tipo de limitação aprendem a respeitar e a conviver com as diferenças”, apontou o secretário.

Com base nesta experiência, o presente trabalho aborda uma reflexão sobre os projetos e expectativas da educação inclusiva e sua real aplicação. A vivência aqui relatada é um exemplo de que o modelo de educação tradicional, ainda vigente, pode ser transformado em um modelo inclusivo.

2 DESENVOLVIMENTO

Atualmente, estamos no limiar de uma grande e positiva transição na educação brasileira.

Até o início do presente século o sistema educacional brasileiro abrigava dois tipos de serviço: a escola regular e a escola especial. O que classificava o indivíduo como “normal” ou “especial”, ou ainda “excepcional”.

Nesse contexto, a escola regular e a escola especial desempenhavam um papel segregador, onde o universo de pessoas ditas “normais” e o universo de pessoas especiais não poderia conviver. Mais do que um abismo social, esse modelo educativo criava um abismo intelectual, afetivo e psicológico, equiparando-nos às mentalidades medievais.

Desde a Declaração de Salamanca, em 1994, a educação inclusiva evoluiu como um movimento que tem por objetivo discutir e transformar as políticas e as práticas de exclusão.

Esse movimento compreende como educação especial a transformação do ambiente escolar em um espaço de aprendizagem para todos. Pois considera que todos os alunos podem ter algum tipo de necessidade especial em algum momento de sua vida escolar.

Essa compreenção é pautada no principio da diversidade humana. Como alega Daniela Alonso, educadora especialista em Educação Inclusiva e consultora de projetos educacionais, em seu texto “Os Desafios da Educação Inclusiva: Foco nas Redes de Apoio”

“A opção pela educação inclusiva nas escolas regulares não significa negar as dificuldades dos estudantes. Pelo contrário, com a inclusão, as diferenças não são vistas como problemas, mas como diversidade. É essa variedade, a partir da realidade social, que pode ampliar a visão de mundo e desenvolver oportunidades de convivência da todas as crianças.”

Assim, é importante ressaltar que preservar a diversidade humana no ambiente escolar, é dar ênfase às competências, capacidades e potencialidades do educando no atendimento de suas necessidades educacionais.

Este novo parâmetro de educação vem tomando corpo na sociedade. O abismo que existia, e que ainda existe, entre o que diz a legislação, a burocracia imposta e a prática vigente aos poucos vai sendo transposto através da força de vontade e da visão holística (englobadora) de alguns indivíduos do poder público, como o prefeito Paulo Polis do município de Erechim, cidade que hoje é pólo de referência em educação inclusiva.

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