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Gomes Leitão: Os Dois Lados de sua Vida

Por:   •  29/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  492 Palavras (2 Páginas)  •  293 Visualizações

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Gomes Leitão: Os Dois Lados de sua Vida

No século XIX o Brasil passava por um dos mais importantes ciclos para a economia do país. O Ciclo do café, que foi de 1830 até 1850.

Antes de se transferir para o Oeste Paulista, o café se localizava no Vale do Paraíba e, apesar das terras da região não serem de grande fertilidade, o produto gerou no local enormes riquezas e transformou diversos cidadãos nos conhecidos Barões do Café.

Nascido em Portugal na freguesia de Balazar em 1805, João da Costa Gomes Leitão é um dos indivíduos que motivados pela procura de novas terras, veio para o Brasi, se instalou na região do Vale do Paraíba e se tornou um dos “Barões” mais ricos da cidade de Jacareí. Nessa cidade ele casou com Dina Maria da Conceição.

Sua fortuna não veio apenas das grandes lavouras de café que sustentavam a região. Com a proibição da chegada dos navios negreiros no Brasil em 1850, João da Costa Gomes Leitão percebeu que vender escravos poderia gerar um grande lucro se ele conseguisse driblar a lei. Foi exatamente o que ele fez, e não tardou a se tornar traficante de escravos. Essa nova maneira de arrecadar dinheiro colaborou para a acumulação de uma riqueza incalculável que o Coronel adquiriu em vida.

O alferes investiu o maior capital para a construção da estrada de ferro que ligaria São Paulo ao Rio de Janeiro, para escoar a grande safra do café produzido na região. O trecho em que o Coronel Gomes Leitão investiu liga Jacareí à Cruzeiro.

Ele não tinha realmente o título de Barão, mas devido a sua influência e riqueza, a sociedade da época passou a chamá-lo por esse título. Além de fazendeiro, Gomes Leitão era comerciante, Juiz Municipal, Membro da Câmara e portador do título da Guarda Nacional.

Mais uma prova de sua riqueza e influência na região do Vale do Paraíba é a mudança do curso do Rio Paraíba em meados dos anos 1850. Há boatos de que essa mudança veio depois de um desafio que o Coronel recebeu em um jantar do primeiro Barão de Jacareí o qual o duvidou que Leitão não conseguiria mudar o curso do Rio. Intrigado com essa provocação ele aceitou a proposta e na mesma noite iniciou as obras da mudança do leito do mesmo.

Mobilizou mais de trezentos escravos para esse feito e de fato conseguiu mudar o percurso do Rio Paraíba.

Gomes Leitão também usou parte de sua fortuna para a construção de seu Solar, local onde ele recebia importantes pessoas da alta sociedade em 1857.

Faleceu em 1879, deixando o maior inventário da província de São Paulo no século XIX.

Em 1895 seu imóvel foi adquirido pelo Estado de São Paulo para a instalação de uma escola. Apesar de sua fortuna, Gomes Leitão não chegou a aproveitar sua riqueza; seus filhos, em viagens para a Europa e para satisfazer suas necessidades se encarregaram de gastar o dinheiro deixado pelo pai.

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