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HISTÓRIA DA ARTE - POP ART

Por:   •  13/6/2017  •  Seminário  •  1.548 Palavras (7 Páginas)  •  546 Visualizações

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Outros artistas que se tornaram famosos na metade da década de 1950 redescobriram aquilo que o leigo continuou a considerar ponto pacífico apesar de todos os esforços para persuadi-lo do contrário: a ideia de que um quadro não é (essencialmente uma superfície lisa coberta com cores) como insistiria Maurice Denis, mas uma imagem que quer ser reconhecida. Se a figuração faz parte da própria natureza da arte, então o movimento modernista, de Manet a Pallock, baseou-se numa falácia, não importa quão impressionante sejam seus êxitos. Os artistas que assim se sentiam se apoderaram desses produtos da arte comercial que satisfizessem o gosto popular, (inculto): fotografia, publicidade, ilustrações de revistas e histórias em quadrinhos. Perceberam que nestes havia um aspecto essencial de nosso ambiente visual contemporâneo que havia sido menosprezado pelos representantes da cultura acadêmica, e que exigiam uma análise. Somente Marcel Duchamp e alguns de seus companheiros dadaístas, com seu desprezo por toda opinião ortodoxa, haviam ousado penetrar nesse domínio. Agora eram eles que se tornavam os santos padroeiros da Pop Art, como o novo movimento começou, na verdade, em Londres, na metade da década de 1950, mas desde o início, sua imagética era grande parte baseada na mídia norte-americana que vinha invadindo a Inglaterra desde o final da Segunda Guerra Mundial. Portanto, não nos surpreende que a nova arte tivesse um apelo especial para os americanos na década seguinte. Ao contrário do Dadaísmo, a Pop Art não é motivada pelo desespero ou animosidade contra a civilização atual; considerada a cultura comercial sua matéria-prima, uma fonte inesgotável de material pictórico, mais do que um mal a ser combatido. Também não compartilha a atitude agressiva do Dadaísmo em relação aos valores estabelecidos da arte moderna.

Johns; Lichtenstein

Dentre os pioneiros da Pop Arte na América, talvez o mais importante seja Jasper Johns, que começou pintando meticulosamente e com grande precisão objetos familiares como, por exemplo, bandeiras, alvos, numerais e mapas. Suas (Três bandeiras)  apresentam um problema instigante: qual é exatamente a diferença entre a imagem e a realidade? Reconhecemos instantaneamente a bandeira americana, mas se tentarmos definir o que vemos de fato descobrirá que a resposta nos escapou. Essas bandeiras comportam-se (de forma contrária a natureza) ao invés de tremularem ou de se deixarem cair, elas por assim dizer, tomam sentido, rigidamente alinhadas umas com as outras numa espécie de perspectiva ás avessas. Entretanto, executam um outro tipo de movimento: as partes vermelhas, brancas e azuis no são áreas de cor uniforme, mas apresentam nuanças sutis. Será que podemos então realmente dizer que se trata de uma imagem de três bandeiras? Obviamente, esse tipo de bandeira só existe na mente do artista. E começamos a admirar o quadro como uma façanha da imaginação - talvez a última coisa que esperávamos fazer quando olhamos para ele pela primeira vez.

Talvez o artista que melhor representa a Pop Art seja mesmo Roy Lichtenstein. Ele recorreu ás histórias em quadrinhos - ou melhor, às imagens padronizadas dos quadrinhos convencionais que se voltam para a ação violenta e o amor sentimental, mais do que para as histórias que carregam a marca do indivíduo que as criou. Suas pintura, como por exemplo ( Garota ao piano) são grandes ampliações dos quadrinhos, incluindo os balões, os contornos pretos simplificados e impessoais e os pontos usados para imprimir as cores em papel barato. Talvez esses quadros serão os mais paradoxais de toda a Pop Art: ao contrário de qualquer outra pintura do passado ou do presente, não podem ser reproduzidos nas páginas deste livro, pois não poderíamos distingui-los da história em quadrinhos em que se baseiam. Ampliar um desenho feito para uma área de cerca de 38,7cm² para não menos de 21m² deve ter levantado muitos problemas formais que somente poderiam ser revolvidos com o mais cuidadoso exame: como, por exemplo, desenhar o nariz da garota de modo que pareça correto para uma história em quadrinhos, ou como espaçar os pontos coloridos, a fim de que mantenham o valor adequado em relação aos contornos. Obviamente, esse quadro não é uma cópia mecânica, mas sim uma interpretação que permanece fiel ao espírito do original somente devido à inúmeras alterações e ajustes de detalhes introduzidos pelo artista. O que fascina Lichtenstein nas histórias em quadrinhos - e o que ele nos faz ver pela primeira vez - são as rígidas convenções de seu estilo, tão firmemente estabelecidas e tão distantes da vida quanto as regras da arte bizantina. Como um ícone, sua pintura espelha dessa forma os ideais e esperanças de nossa cultura, e o faz de uma forma que todos sabem ler.

A arte da segunda metade do século XX

no início da segunda metade do século XX, os centros urbanos europeus já começaram a se recuperar dos danos causados pela segunda guerra mundial e a economia norte-americana se fortalece. A indústria tem sua capacidade de produção redobrada, colocando no mercado artigos que são largamente consumidos pelos habitantes das cidades que crescem sem parar.

Foi nesse contexto social que inicialmente ganharam força dois modos de expressão artística conhecidos como Op Art e Pop Art. Para a Op Art a arte deveria simbolizar a possibilidade constante de modificações da realidade em que o homem vive. Já a Pop Art, procurava expressar a realidade contemporânea, sobreturo a cultura da cidade, dominada pela tecnologia industrial.

A expressão pop art também vem do inglês e significa arte popular. Esse movimento artístico apareceu nos estados unidos por volta de 1960 e alcançou extensa repercussão internacional.

A fonte de criação para os artistas ligados a esse movimento era o dia a dia das grandes cidades norte-americanas , pois sua proposta era romper qualquer barreira entre a arte e a vida comum. Para a pop art interessam as imagens, o ambiente, enfim, a vida que a tecnologia industrial criou nos grandes centros urbanos. Os recursos expressivos da Pop Art são semelhantes as dos meios de comunicação de massa, como o cinema, a publicidade e aTV. Em consequência disso, seus temas são os símbolos e produtos industriais dirigidos às massas urbanas: lâmpadas elétricas, dentifrícios, automóveis, sinais de trânsito, eletro mestiços, enlatados e até mesmo a imagem das grandes estrelas do cinema norte-americano, que também é consumida em massa nos filmes, Tvs e nas revistas. Um exemplo bastante ilustrativo é o trabalho Marilyn Monroe feito por Andy Warhool (1930 - 1987).

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