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Escola Nacional do Brasil

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Por:   •  21/10/2014  •  Artigo  •  1.490 Palavras (6 Páginas)  •  601 Visualizações

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No Brasil, o clima era de festa, otimismo e mudança: acabávamos de sair de um período de 24 anos de dominação da ditadura militar, regime que massacrou a juventude, oprimiu e empobreceu a sociedade em todos os aspectos. Enquanto isso, em Uberlândia – MG, um grupo de universitários, engajado com a transição democrática, sonhava em construir um projeto de Educação transformador.

“Nós éramos jovens demais, imaturos demais, inexperientes demais, mas, em compensação, sonhadores demais também. Queríamos construir uma escola boa e diferente das escolas em que havíamos estudado. Queríamos reinventar a escola para que ela pudesse servir ao propósito de ajudar a mudar para melhor o nosso mundo. Queríamos torná-lo mais justo, democrático, solidário e cheio de arte.”

Supletivo Nacional

supletivoGuiados pela vontade de fazer da educação um instrumento de mudança e construção da cidadania, esses universitários criaram, em 1985, o Supletivo Nacional de 1º e 2º graus.

“Queríamos contribuir com uma legião de trabalhadores e donas de casa que tiveram que abandonar os estudos em idade escolar. Pessoas que precisavam resgatar seu diploma em um país cujas exigências profissionais começavam a valorizar a educação aliada a níveis de ensino.”

Nesse momento, seu sonho era abrigado por um velho barracão de dois cômodos na Rua Caiapônia, nº 89, na região central de Uberlândia. O Supletivo Nacional contou com a confiança de cerca de 200 alunos, que estudavam em carteiras emprestadas de uma paróquia do bairro. Mas, em janeiro de 1986, com uma evasão típica do ensino de suplência, o curso estava tecnicamente falido. Como o propósito era maior do que qualquer adversidade, reinventaram novas formas de caminhar.

E contaram com pessoas boas demais nessa travessia, que ajudaram a tornar realidade um sonho que não era de um ou de outro, mas de todos. Parceiros-irmãos decisivos para o entendimento das circunstâncias, para a reflexão sobre a prática, para o exercício da autocrítica, que deram o braço depois da queda.

“Fomos criando novas formas de relacionamento e, nunca, em hipótese alguma, estruturamos um organograma com as velhas “caixinhas” contendo pessoas que deveriam obedecer as outras. Nossos funcionários iam se encontrando, descobrindo e aprendendo coisas que precisavam ser feitas e iam, aos poucos, se ajustando a um cotidiano que exigia dedicação, comprometimento e paixão.”

Curso Nacional

mexico1Em 1987, o grupo entendeu que havia necessidade e espaço na cidade para oferecer um serviço diversificado. Então, além dos cursos de suplência, criou um curso preparatório para vestibulares, longe da visão massificada dos “cursinhos” predominantes no país. Assim, com uma estrutura limitada, um número pequeno de alunos, mas uma equipe competente, comprometida e consciente do desafio, ressurge o supletivo, aliado aos Pré-vestibulares e dando lugar ao Curso Nacional, que deixou o barracão e ocupou o antigo Colégio Dom Pedro I, na Rua México, nº 71, bairro Martins.

“Mas, vejam só! Acreditando que estávamos dando um passo acertado ao buscar uma estrutura melhor, acabamos indo para um lugar onde os alunos não podiam chegar. Isso porque, entre a Rua México e o último ponto de ônibus da região, havia uma Praça Sergio Pacheco muito mal frequentada, que os alunos tinham medo de atravessar!”

A qualidade do ensino, marca do Nacional desde o início da jornada, foi fundamental para a reversão da situação. A crescente aprovação fez com que, de 8 matriculados, o número dobrasse. E pulou para 30, e para 50, até que chegou aos primeiros 100 alunos.

Bairro Martins

mexico 2A essa altura, o Curso Nacional já tinha conquistado certa notoriedade e o local já não era problema: por meio de uma ação de diálogo com a vizinhança e o poder público, os ônibus começaram a atravessar para a região onde ficava a escola e a vida do bairro começou a mudar. A região passou a ser policiada e a Rua México se tornou um ponto excelente, não apenas para a escola. O bairro recebeu uma série de serviços de alimentação, estadia, comércios variados, ganhando novos contornos.

Em 1988, o Nacional se destacou por ser a primeira escola a realizar a cobertura do vestibular via rádio em Uberlândia. Na ocasião, a equipe soube que todos os cursos da Universidade Federal de Uberlândia – UFU haviam recebido pelo menos um aluno Nacional. A notícia encheu todos de energia e os jovens empreendedores começaram o ano de 1989 com 1100 alunos e a certeza de que estavam no caminho certo.

A Rua México, nº 71 se tornou pequena e, sentindo necessidade de expansão, o Nacional ocupou o antigo Sítio do Pica-pau Amarelo, na mesma rua, um quarteirão a frente, nº 208. O índice de aprovação na UFU só aumentava e os alunos do Nacional começaram a se destacar nos processos seletivos das principais universidades do país, como USP, Unesp e o superconcorrido ITA. E assim seguiram na travessia.

Colégio Nacional

médioEm 1990, com a força do sucesso em aprovação nos vestibulares, nasceu o Colégio Nacional, compartilhando com a juventude os ideais de “ensino sério e liberdade”. Foi com esse espirito que os jovens empresários introduziram o Ensino Médio em Uberlândia. A escola crescia ao mesmo tempo em que os estudantes saíam às ruas pedindo o impeachment do presidente.

A década de 90 foi marcada por fortes crises econômicas e políticas. O Nacional também passou por momentos difíceis, mas nada que abalasse a certeza de que o sonho não podia acabar. Então, o lema do colégio passou a ser: “Educação para Sempre”.

“Essa bandeira representa, além da nossa insistência em fazer Educação a despeito de todas as dificuldades, a consistência do nosso projeto, que marcava os alunos para toda a vida. Assim, confiantes em nosso propósito, seguimos em frente. Enquanto nossa juventude derrubava líderes, continuávamos reafirmando

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