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História de Campinas

Artigo: História de Campinas. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  25/9/2014  •  Artigo  •  1.216 Palavras (5 Páginas)  •  172 Visualizações

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Toponímia[editar | editar código-fonte]

A origem do topônimo Campinas (pronuncia-se AFI: [kɐ̃ˈpinɐs]) tem origem na criação do povoamento durante a abertura de caminhos para os atuais estados Goiás e Mato Grosso, feita por bandeirantes paulistas do Planalto de Piratininga. Uma dessas trilhas, aberta entre 1721 e 1730, chamava-se Caminho dos Goiases, onde depois se instalou um local para descanso entre as vilas de Jundiaí e Moji-Mirim. Posteriormente, esse local ficou conhecido como "Campinhos de Mato Grosso", depois "Bairro de Mato Grosso", e por fim "Campinas do Mato Grosso", por haver na região três pequenos terrenos descampados (campinas sem árvores), o que originou o nome atual do município.14

História[editar | editar código-fonte]

Povoamento[editar | editar código-fonte]

Casa Grande e Tulha, conjunto arquitetônico de valor histórico, construído entre as décadas de 1790 e 1830. Está entre as primeiras edificações de Campinas.

As áreas que hoje constituem o estado de São Paulo já eram habitadas pelo homem desde aproximadamente 12000 a.C.15 Até a primeira metade do século XVIII, Campinas não passava de uma área ampla constituída por largas faixas de campos naturais, as quais eram designadas simplesmente por campinas, com áreas de mata atlântica fechadas ao redor, em especial nas regiões montanhosas. Naquela época, surgiu um bairro rural na Vila de Jundiaí (hoje Jundiaí) chamado "Mato Grosso", próximo a uma trilha feita por Bandeirantes do "Planalto de Piratininga" (a região da atual cidade de São Paulo) entre 1721 e 1730. Era a "Trilha dos Goiases", desbravadas por Bandeirantes e que seguia em direção às então recém-descobertas "Minas dos Goiases", no atual Estado de Goiás16 17 . Assim o Bandeirante Fernão de Camargo promoveu a noroeste da Vila de São Paulo a instalação de um ponto de parada de tropeiros (chamado "Campinas do Mato Grosso" por ter sido erguido num desses campos naturais cercados por mata cerrada) era usualmente feita pelos Bandeirantes, que com isso permitiam ou facilitavam futuro reabastecimento de suas empreitadas desbravadoras, e por isso ao longo do tempo impulsionou comércio e atraiu moradores para o local.18

Por volta do ano de 1772, os moradores daquela região reivindicavam a construção de uma capela, já que a igreja mais próxima do povoado situava-se em Jundiaí. A permissão foi concedida um ano mais tarde, demarcando-se, no dia 22 de setembro daquele ano, o local que seria destinado à construção da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, cujo nome foi recebido em homenagem à padroeira, escolhida por votação.14 A dificuldade das obras daquele tempo fez com que fosse construída uma capela provisória, em 1774.14 No dia 27 de maio desse ano, foi assinado um ato que dava a Francisco Barreto Leme do Prado o título de "fundador, administrador e diretor" do núcleo urbano a ser fundado. Em outro ato feito no mesmo dia, foi definida a medida das ruas e quadras, assim como a posição das casas, sendo esse o primeiro "plano urbanístico" recebido por Campinas. Poucas semanas depois, em 14 de julho de 1774, frei Antônio de Pádua, primeiro vigário da paróquia, rezou a missa que inaugurava a capela provisória coberta de palha e feita às pressas. A partir daí, instalou-se definitivamente a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso e fundou-se a povoação.14 18

Formação administrativa e crescimento econômico[editar | editar código-fonte]

Moagem de cana-de-açúcar na Fazenda Cacheira, em Campinas. Benedito Calixto (1853–1927)

Por volta do século XVIII, houve a chegada de vários fazendeiros oriundos de diversas cidades paulistas, como Itu, Porto Feliz e Taubaté. Esses fazendeiros procuravam terras para cultivarem lavouras de cana-de-açúcar e engenhos de açúcar, utilizando-se da mão de obra escrava que possuíam. De fato, também foi por motivação destes fazendeiros e do Governo da então Capitania de São Paulo que o bairro rural do Mato Grosso foi transformado em freguesia, depois em Vila de São Carlos (1797) e, posteriormente, em Cidade de Campinas (1842).14

Até o final do século XVIII, a cana-de-açúcar era principal atividade de subsistência da região. Entretanto, naquela época, houve uma grande expansão das plantações de café. Os cafezais foram, com o passar do tempo, sendo cultivados no lugar da cana-de-açúcar, colaborando para um novo e rápido ciclo de desenvolvimento da região campineira, o que fez com que a cidade recebesse uma grande demanda de trabalhadores, inclusive escravos, oriundos de diferentes regiões do país, que eram empregados nas plantações e em atividades produtivas rurais e urbanas.18

A partir desse crescimento, também ocorreu um processo de modernização

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