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Independência da Hispano-América

Por:   •  12/4/2015  •  Resenha  •  2.133 Palavras (9 Páginas)  •  271 Visualizações

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Aluna: Ana Clara Rodrigues                               Série: 2º E.M.

Trabalho de História – 1º Bimestre

Independência da Hispano-América

Devido à expansão marítima e comercial – no final do século XV - comandada por Espanha e Portugal, no século XVI a Espanha já governava a América Central, boa parcela das ilhas do Mar do Caribe, o México, parte da costa oeste da América do Sul e uma porção do sudoeste dos EUA. Conquistas que resultaram na morte de milhões de pessoas e no fim de muitas civilizações.

        A Espanha tinha uma sede por riquezas, e não se importando com os colonos estabeleceu o pacto colonial – venda e compra de produtos somente com a metrópole – prejudicando-os, pois acabavam vendendo produtos com preços baixos e comprando com preços altos, e aumentando cada vez mais o lucro e poder da Espanha.

        No século XVIII, a insatisfação com toda a exploração feita pela metrópole e o conhecimento dos criollos - filhos de espanhóis nascidos na América - sobre o iluminismo (conjunto de ideias que combate o Antigo Regime, buscando “liberdade, igualdade e fraternidade”) fez com que as colônias criassem uma resistência, visto que com a independência os criollos conquistariam poder político e liberdade econômica. Porém, todas as revoltas emancipacionistas foram freadas com muita força e violência espanhola.

        O processo de independência se intensificou no século XIX quando a Espanha se encontrava em um momento de fragilidade em decorrência da invasão ao país por tropas napoleônicas. Fernando VII é deposto, e José Bonaparte (irmão de Napoleão) o substitui. As colônias espanholas se recusam a obedecer José e criam as Juntas Governativas, criando uma certa autonomia enquanto a Espanha estivesse dominada pela França.

        Em virtude do Bloqueio Continental imposto por Napoleão para enfraquecer a Inglaterra, esta investiu na abertura de novos mercados estabelecendo relações comerciais com a América, incluindo as colônias espanholas.

A liderança dos criollos nas Juntas Governativas ocasionou na deposição de representantes metropolitanos nas colônias, já com finalidades emancipacionistas. E inspirado em partes pelo Iluminismo, o processo emancipacionista da hispano-américa foi aristocrático e rural, contando com as elites agrárias, os camponeses, os índios e os mestiços.


A Revolta de Tupac Amaru

Colonizadores faziam acordos com caciques (líderes máximos das comunidades indígenas) para aumentar a mão-de-obra e garantir a autoridade, e em compensação os caciques embolsavam parte dos impostos cobrados ou ficavam isentos do trabalho quase que escravo, assim evitando grandes conflitos.

José Gabriel Condorcanqui – comumente chamado de Tupac Amaru II – era descendente do último imperador Inca, porém se identificava mais com os criollos. Em 1764 foi nomeado cacique e se indispondo dos interesses da metrópole iniciou uma luta, até então pacífica, com o intuito de colocar um fim nos trabalhos forçados que os índios e os mestiços eram submetidos. Todavia, com a indiferença do governo aos seus pedidos, em 1780 – inspirados nos ideais iluministas - Tupac organizou um movimento emancipacionista apoiado por criollos, caciques e diversos indígenas, escravos e mestiços que juntos deixaram de obedecer às exigências e tributos da Coroa Espanhola, causando uma reação de extrema violência.

Depois de algumas batalhas o movimento acabou se desintegrando e perdendo sua articulação política, então Tupac Amaru II foi preso, julgado pela metrópole e condenado à morte.

Essa revolta incentivou outras rebeliões que resultaram na execução de aproximadamente 80 mil rebeldes, sendo então um movimento de extrema importância.


A Independência do Haiti

O atual Haiti, antigamente denominado ilha de São Domingos, havia sido conquistado pelos europeus e mais tarde com a assinatura de um tratado a França tomou posse e começou a povoá-lo, tornando-o a principal fonte de riqueza da exploração colonial francesa, com a produção de várias mercadorias, destacando o açúcar.

Com a Revolução Francesa, os colonos viram uma oportunidade de acabar com o pacto colonial, mas como os escravos queriam seguir as ideias iluministas enquanto a elite visava apenas expansão dos seus interesses e uma maior autonomia política, os primeiros se juntaram a ex-escravos e mulatos para se revoltarem, já que eram 90% da população.

Em 1793, período da liderança dos jacobinos na revolução, foi aprovada uma nova Constituição na França, a qual abolia a escravidão nas colônias francesas, causando abandono das fazendas e lavouras e ataque aos fazendeiros brancos que foram mortos em decorrência das condições de trabalho e dos maus-tratos que os escravos eram submetidos.

Em 1794 Toussaint L’Ouverture, um escravo culto, passou a comandar os escravos na luta pela abolição da escravidão e pela independência e em 1801 assumiu o governo da ilha e promulgou uma Constituição abolindo a escravidão e declarando a igualdade entre todos os habitantes. Ainda em 1801, Napoleão enviou um grande exército para a ilha, iniciando uma guerra sangrenta pela independência, porém, no ano seguinte, os franceses capturaram Toussaint, levando-o à França, onde morreu na prisão.

Com a morte de L’Ouverture, a revoltas ganharam um novo líder: Jacques Dessalines o qual derrotou as tropas de Napoleão e proclamou a independência da ilha São Domingos que passou a se chamar Haiti. Contudo, o reconhecimento da independência só aconteceu em 1825, quando o governo francês recebeu uma indenização de aproximadamente 150 milhões de francos.


As Independências na Hispano-América

  • México

        Em 1810 surgiu um movimento emancipacionista, liderado por um padre chamado Miguel Hidalgo y Costilla, o qual no início tinha objetivos religiosos, entretanto com o tempo passou a ressaltar a questão republicana. O movimento pretendia libertar os índios, expulsar os chapetones e combater os criollos, sendo a primeira tentativa de independência que foi controlada, resultando no fuzilamento de Hidalgo em 1811.

        No ano seguinte, 1812, outro padre – José Maria Morellos – assume a liderança do movimento, organiza uma estratégia para promulgar a independência porém é assassinado. Então, em 1821, um espanhol chamado Augustín de Iturbide passa a defender o processo de independência, e é assinado um tratado que reconhece o México como nação independente tornando-o imperador.

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