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O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA BATURITEENSE: DO CAFÉ AOS DIAS ATUAIS

Por:   •  4/7/2017  •  Trabalho acadêmico  •  4.893 Palavras (20 Páginas)  •  338 Visualizações

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O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA BATURITEENSE: DO CAFÉ AOS DIAS ATUAIS

Mozart Pereira da Silva Neto

(Especialista em Planejamento Estratégico)

Francisco Marcelo Pereira de Oliveira

(Bel. em administração pela FCNSV)

RESUMO

Este artigo tem com seu objetivo relatar a cidade de Baturité como exemplo de desenvolvimento econômico municipal, apresentar os fatores que assim o favorece bem como as parcerias para tal feito. Descobrir pontos importantes na criação da cidade assim como os primeiro produtos postos no comercio local, quais os setores que mais cresce bem como a geração de emprego e renda. Explica-se também o que esse processo de desenvolvimento econômico atinge nas pessoas, entendo o porquê de cidades vizinhas encontrarem em Baturité praticamente tudo que elas não encontram em suas cidades.

Palavras-Chave: Desenvolvimento. Empreendedorismo. Economia. Café.

INTRODUÇÃO

Atualmente com uma população estimada em 33.326 habitantes (IBGE 2010), a cidade de Baturité ao longo dos seus 159 anos de fundação, vem se destacando cada vez mais como centro de desenvolvimento econômico e servindo de exemplo para cidades da região do maciço de Baturité, como uma cidade em constante desenvolvimento econômico.

A região era habitada por diversos povos como por exemplo os Potyguara, Jenipapo e Kanindé, onde a partir do século XVII recebeu inúmeras expedições militares e principalmente religiosas. Por causa do clima ameno e da abundância em água, Baturité e outras cidades que são vizinhas serviram de refúgio para populações do sertão de cidades como Quixadá e Canindé.

Mais foi a partir de 1824 que a então cidade de Baturité deu início ao seu desenvolvimento econômico, quando Manoel Felipe Castelo Branco, trouxe do Pará mudas de café, que fariam a transformação na economia na cidade e também o desenvolvimento social local.

A cidade de Baturité chegou a deter 2% de toda a produção de café brasileira na época, onde percebe-se que a principal atividade econômica durante a metade do século XIX era definitivamente o cultivo do café. Existem relatos de que os franceses apreciavam bastante o café cultivado nas terras de Baturité, sendo assim seus maiores clientes em importação.

O café trouxe em definitivo o desenvolvimento para cidade, fazendo-a assim crescer de modo rápido, obrigando os produtores a escoar o produto de forma rápida e em menos tempo para a cidade de Fortaleza, onde era exportada através do porto. As estradas na época era feitas de pedregulhos, barro e boa parte de terra pisada, o que já era difícil se tornava ainda pior em época de chuvas.

Foi ai que em 1882, foi inaugurada a estação ferroviária de Baturité, proposta essa lançada pelos comerciantes da cidade em 1870, tendo em vista que o trem era mais rápido no tratamento de escoamento do produto até o porto de Fortaleza. Mais adiante, precisamente no ano de 1921 chega mais uma estação ferroviária ligando o povoado de açudinho ao porto.

Entre os anos de 1970 e 1929 a cultura do café trouxe a cidade de Baturité grandes benefícios, grandes conquistas econômicas e também desenvolvimento cultural. No século XX Baturité seguiu adiante em seu desenvolvimento, hoje sua economia baseia-se no comércio, prestação de serviço, agricultura familiar deixando assim a cultura do café.

A cidade de Baturité hoje consta com um comércio forte e desenvolvimento, servindo de exemplos para outras cidades em especial cidades vizinhas, ainda existe sim o cultivo de café na cidade, mais este em escala familiar para consumo próprio ou até mesmo pequenas vendas locais.

 

1. Café no Maciço de Baturité.

  1. Maciço de Baturité

Inicialmente, é de fundamental importância conhecer um pouco sobre a região do maciço de Baturité, para então compreender como se desenvolveu a atividade cafeeira desta região. O Maciço de Baturité é formado pelos municípios de Pacoti, Palmácia, Guaramiranga, Mulungu, Aratuba, Capistrano, Itapiúna, Baturité, Aracoiaba, Acarape, Redenção, Barreira e Ocara e fica localizado no sertão central do Ceará. Segundo PDR – Plano de Desenvolvimento Regional - Maciço de Baturité:

Uma visão geral da configuração geográfica-territorial do Maciço revela a existência de três sub-regiões homogêneas, que são: A Sub-região Serrana, Sub-região dos Vales/Sertão e Sub-região de Transição.

Sub-região Serrana

Corredor Verde

Tem clima e solo favoráveis além de boa pluviosidade. Essa sub-região, que poderia também ser denominada de Corredor Verde, tem sua condição ambiental ameaçada pela reduzida capacidade de armazenamento de água subterrânea e de superfície, e pela devastação ambiental a que tem sido submetida. A topografia também está presente como fator limitativo para determinados usos, incluindo a agricultura em grande escala.

Sub-região dos Vales/Sertão

Corredor Histórico Ferroviário

Caracteriza-se pela razoável condição de armazenamento de água, nos Açudes Aracoiaba, Castro e Pesqueiro, e solos de qualidade, com destaque para os aluviões dos rios Pacoti, Choró e Aracoiaba, além de manchas de solos de boa qualidade ao longo da área de influência da ferrovia.

Sub-região de Transição

Sertão/Litoral

Tem uma ocupação de baixíssima densidade, onde se destacam as sedes urbanas de Ocara e Barreira. O uso agrícola predominante em parte da sub-região é a cajucultura. Os estudos ambientais e a qualidade do solo revelaram grande potencialidade para o desenvolvimento dessa sub-região através da atividade agrícola apoiada na irrigação.

Tabela 1 – Sub-regiões do Maciço de Baturité

Fonte: PDR - Plano de Desenvolvimento Regional Maciço de Baturité

Nesta área também está localizada a uma das últimas reserva de Mata Atlântica do Nordeste que é riquíssima em Flora e Fauna. Segundo a SEMACE, esta área do Maciço de Baturité possui:

“...características climáticas únicas, a APA da Serra de Baturité abriga uma cobertura vegetal complexa, a qual serve de refúgio ecológico para uma Fauna e Flora diversificada, e se projeta como condição indispensável na formação e manutenção da bacia hidrográfica, cuja importância é indiscutível tanto para região como para o abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza.”

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