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O Estado Monárquico, França, 1460-1610

Por:   •  13/7/2016  •  Resenha  •  498 Palavras (2 Páginas)  •  1.718 Visualizações

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Resenha do livro O Estado Monárquico, França, 1460-1610. LAURIE, Emmanuel Le Roy

 O autor chama de Monarquia Clássica o inicio do livro, onde traz atributos pautados a esse tipo de monarquia, onde mostra relações entre a França e várias sociedades europeias, comparando-as de maneira geral.

O caráter sagrado das instituições monarcas é colocado em pauta, observado a importância e a ligação forte com essa instituição, ao se referir a cura de escrófulas pelo oque dos reis, é essencial lembrarmo-nos de Marc Bloch em seu livro “OS Reis Taumaturgos”, onde ele aborda, dentre outras coisas, a importância ao imaginário coletivo, a mentalidade do homem daquela época e suas atitudes, além disso, o grande valor do sagrado para identificar o ambiente religioso da época. É também perceptível o monopólio religioso que cercava não havendo nenhuma tolerância a quem não seguia os padrões e dogmas estabelecidos pela religião. O autor dar exemplos por toda a Europa desse combate a heterodoxia religiosa. Onde diz que “ a essência sagrada da monarquia se inscreve, por outro lado, no interior de um sistema de entidades simbólicas e de funções”. (p. 10).

A ideia de imortalidade, e a teoria de dois corpos do rei, um mortal e outro imortal, também retrata a sacralidade da instituição monárquica. A representação do defunto em efigie, o desfile de seus corpo e a ausência da cor preto para simbolizar o luto, pode demostrar a perpetuidade do rei, “melhor do que um discurso, ela lembra que a justiça não morre jamais[...] ”(p.11). com isso a noção do sagrado, da justiça e da soberania, se faziam legitimo a soberania do rei. Com isso a passagem de poder para o seu descendente, é a afirmação da incorporação dos poderes do rei ao príncipe que tem seus sangue. A hereditariedade duradoura nos cargos burocráticos da monarquia, dando ênfase ao caráter financeiro onde exercem um aumento de autonomia, comparado a chancelaria que continua com uma tradição de respeito e prestigio, apesar de perder esses prestígios.  Com todos esses elementos, é necessário  que os reis passem por uma certa aprovação popular, a ideia de um laço da monarquia com o povo, ainda, como coloca o autor o conceito de contrato social só fosse mais tarde citado por Jean-Jacques Rousseau, suas bases já estavam presentes. Isso também reforça a condição do rei que é de possuir a coroa em modo defideicomisso, ato de receber e depois entregar a outra pessoa, e se não houver mais descendentes, a coroa volta à nação. “A tradição francesa e europeia, do século XV ao XVII, depende então firmemente, assim como Saint-Simon (por outro lado, tão conservador), para certos direitos do povo, as três ordens ou, como se dirá mais tarde, da nação, em relação ao soberano.” (p.12-13).

Ladurie, nos mostra como este fideicomisso se coloca em vários momentos, do século XV ao século VXII mostrando a presença do povo para legitimar o poder do rei, onde o rei não pode mudar uma vez que já faz parte da tradição social.

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