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O Estado de Zimbabwe

Por:   •  27/3/2019  •  Projeto de pesquisa  •  1.623 Palavras (7 Páginas)  •  3.744 Visualizações

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ÍNDICE

1.0 Introdução.

2.0 A decadência do estado dos Mwenemutapas.

3.0 Os conflitos interdinásticos na sociedade shonas.

4.0 O papel do capital mercantil.

5.0 As consequências do ciclo de ouro.

6.0 conclusão.

7.0 Bibliografia.


1.0 Introdução  

Falar de Mwenemutapa ou munemutapa é mesma coisa,

Mwene significa "chefe" e Mutapa significa "terra" conquistada, o termo Mwenemutapa era usado para designar  o chefe das terras conquistadas ou objecto conquistado.

 O início do desmembramento e declínio do império Mwenemutapa início por causa da má governação da parte dos líderes dos Mwenemutapa e a presença portuguesa  , A dinastia dos changamires ganhou grande importância e poder com esta revoltas, neste presente trabalho queremos falar do decorrer da decadência do estado dos Mwenemutapa: dos conflitos interdinásticos nas sociedades shonas, o papel do capital mercantil Mwenemutapa e as consequências do ciclo do ouro.


2.0 A decadência do estado dos Mwenemutapa

Falar dos Mwenemutapas ou munemutapa é mesma coisa.

Por volta de 1450,o grande zimbabwe foi abandonado pela maior parte dos seus habitantes por causa do clima de tensão. Dos que abandonaram zimbabwe como o caso mutota, fora criar o seu próprio império denominado império de Mwenemutapa,

Um império criado através de alianças dentro os povos Caranga,shona na região do Vale do zambeze, Na sequência da invasão e da conquista por exercito dirigido por Nhatsimba Mutota, ocorrido por volta de 1440-1450.

(história 12classe José Luís Barbosa 2013 person) .Os Mwenemutapas dominaram o sul do rio Zambeze até finais do século XVII.

Mavura ao fazer amplas concessões aos portugueses em (1629), atentava contra o direito consuetudinário Shona que defendia que a terra não podia ser vendida, nem alienada, o que constituia uma grande falta de respeito para com os espíritos dos antepassados. Com este tratado o imperador deixou de representar e executar a vontade dos antepassados e tornou-se, portanto, desmerecedor do cargo que ocupava.

Assim em 1693,o Mwenemutapa Afonso Nhacunimbite insatisfeito com o procedimento dos portugueses, convidou o chefe do Batua, Changamire Dombo para dirigir um levante armado contra os portugueses. A revolta do Changamire significou o início do desmembramento do império dos Mwenemutapas porque as regiões que não eram diretamente controladas pelo imperador aproveitaram-se do clima instalado para recuperar a sua autonomia, o que marcou o fim do ciclo de ouro e o início do ciclo de Marfim na margem esquerda do Zambeze.

O grande estado dos Mwenemutapas entrou em decadência nos finais do século XVII (1693-1698).para o início da decadência contribuíram diversos factores que são :

A luta pelo controlo do comércio ;

As lutas pela sucessão ;

Falta de um exército permanente ;

Aliança dos sucessores dos Mwenemutapas reinante aos portugueses ;

A fixação de mercadores portugueses na costa moçambicana a partir de 1505,com a consequente ocupação de sofala, introduzindo profundas transformações na estrutura sócio - política e económico das sociedades shonas, contribuindo para a decadência do estado Mwenemutapa ;

As lutas pela independência dos Mambos sobre influência dos árabes favoráveis à tais independência uma vez que eles obteriam vantagens no comércio do ouro com o território do império ;

Traições de certos Mwenemutapas, especialmente o acordo de mavura com os portugueses ;

A invasão dos povos Nguni provenientes da Zululãndia, liderados por Zuangendaba e Mzilikazi;

Intervenção dos portugueses nos assuntos internos do estado e a intensa cristianização prosseguida pelos missionários;

Desenvolvimento dos prazos do Vale do zambeze. O estado Mwenemutapa terminou no início do século XX,em 1917 numa batalha contra Portugal. Aí morreu o último mambo, Chioko foi o fim da longa decadência que já se sentia desde meados do século XX ;

Os conflitos interdinásticos .


3.0 Os conflitos interdinásticos na sociedade shona.

(história 12 classe 3.2.7.1, telégrafos de Jesus pg95 plural Editores ).

No século XVI, a dinastia Mwenemutapa mostrava-se como uma monarquia poderosa e unida. Por exemplo, as tentativas portuguesas de controlar o estado que veio a fracassar devido a unidade que existia dentre eles, A expedição de Barreto e as que se seguiram foram derrotadas devido a forte unidade que existia no seio da aristocracia dominante do estado.

Contudo, nos últimos anos do século XVI, começaram a surgir contradição devido ao comércio mercantil e a necessidade,ou seja, a ambição de querer controlar os locais de extracção do ouro.

Foi também neste período que as terras de Mwenemutapa foram invadidas por guerreiros Mar aves, Criando uma debilidade interna e fragilidade na sua estrutura política, e as tradições que existiam dentro da estrutura política que consequentemente levou lhes a uma grande fragilidade.

Estas situações deixava cada vez mais a sua estrutura política em crise administrativa, mantendo uma supremacia precária sobre os chefes territoriais. Alguns destes chefes mantinham fidelidade ao soberano devido a ligações efectivas que mantinham com a família real até aos cultos dos espíritos dos antepassados.  Os chefes territoriais começam a faltar ao pagamento do tributo ao poder central e não prestam contas pelo comercio que desenvolvem com mercadores da Costa. Temos como exemplo disso os Tongas do Vale do Zambeze eram os mais difíceis de controlar, pois deixaram de pagar tributo e outras obrigações ao soberano. Com a morte do Mutapa Negomo por volta de 1590 e com a sucessão de Gatsi Rusere inicia-se uma nova era de relações com os Portugueses. Vários chefes rivais aproveitaram a morte do Mwenemutapa reinante para desafiar o poder do novo soberano Gatsi ruiser.

Face a esta situação em 1607, o soberano teve de fazer mais concessões aos portugueses em troca de maior apoio aumentando assim a sua dependência (tratado de 1607).


4.0 O papel do capital mercantil nos Mwenemutapas

(História 3.2.7.2 telésfero de Jesus, plural Editores página 95.)

O capital mercantil nos Mwenemutapa teve um impacto negativo para a comunidade shonas, afectando a economia natural, essencialmente entre os séculos XVI-XVIII. A maioria dos camponeses passou a dedicar menos tempo às actividades agrícolas e mais tempo a mineração, em benefício dos mercadores portugueses e da aristocracia dominante.

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