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O Micro História

Por:   •  4/3/2024  •  Trabalho acadêmico  •  808 Palavras (4 Páginas)  •  42 Visualizações

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI- URCA

CENTRO DE HUMANIDADES- CH

DISCIPLINA: Métodos de Pesquisa em História

PROFESSOR: Israel Ozanam de Sousa Cunha

ALUNA: Ana Lívia Bezerra Alves

AV2| TEMA- AS REZADEIRAS E BENZEDEIRAS NO CARIRI CEARENSE.

   

  O Cariri Cearense é uma região rica em cultura e tradições populares, incluindo as manifestações culturais relacionadas às rezadeiras e benzedeiras, a cura pela fé. Essas figuras desempenham um papel significativo na preservação das tradições e da sabedoria popular na região. As práticas de rezadeiras e benzedeiras têm raízes antigas e remontam aos tempos coloniais no Brasil, incluindo a região do Cariri. Elas têm origens diversas, influenciadas pela mistura de culturas indígenas, africanas e europeias que ocorreu ao longo dos séculos. Tais costumes evoluíram a partir dessa fusão cultural, com as mulheres desempenhando papéis importantes na comunidade como curandeiras, rezadoras e guardiãs do conhecimento tradicional sobre ervas medicinais e rituais espirituais. Essas práticas foram e são transmitidas oralmente de geração em geração, mantendo viva a rica cultura e espiritualidade do Cariri ao longo dos anos e que resistem até hoje.

       Para aprofundar mais esse tema escolhi dois artigos que trazem experiências e um maior embasamento de teorias para explicar essa prática cultural. Um desses artigos é intitulado como: “Os Saberes da Mulher Rezadeira: Um Olhar Sobre Suas Práticas.” de autoria em conjunto dos autores Maria Elizângela da Penha Mestranda em Educação pela Universidade Regional do Cariri (MPEDU/URCA), Rhimaykon Teotonio de Sousa Lima Mestrando em Educação pela Universidade Regional do Cariri (MPEDU/URCA), Adriana de Alencar Gomes Pinheiro Doutora em Psicologia pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Professora Permanente do Mestrado Profissional em Educação (URCA) e Zuleide Fernandes de Queiroz Doutora em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Professora Permanente do Mestrado Profissional em Educação (URCA). O segundo artigo leva o título de: “Rezadeiras: Um Estudo Sobre Os Saberes E Práticas Culturais Na Zona Rural Do Município De Mauriti, Ceará.” também de autoria em conjunto por Gabriel Emanuel Leite de Lima Mestre em Educação pelo Programa de Mestrado Profissional em Educação (MPEDU), Universidade Regional do Cariri (URCA-CE) e Maria Isadora Leite Lima Mestranda em História Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC-CE) Bolsista de mestrado do CNPq.

    Os dois textos trazem como principal fonte a memória, as narrativas dessas rezadeiras e benzedeiras. Vimos que a memória é uma fonte fundamental que desempenha um papel significativo na construção da historiografia. Ela se refere às lembranças individuais ou coletivas das pessoas sobre eventos, experiências e vivências passadas. A memória não é apenas um registro objetivo e totalmente fiel dos fatos, mas também é influenciada por perspectivas subjetivas, emoções e percepções.  Isso pode levar a distorções ou esquecimentos parciais de detalhes. Portanto, ao utilizar a memória como fonte histórica, é fundamental aplicar métodos críticos de análise, comparando diferentes relatos e cruzando informações com outras fontes. Cabe a nós pesquisadores esse olhar crítico a cerca dessas fontes.

    Os dois artigos também trazem consigo a semelhança em seus métodos, ambos utilizam da História Oral, que é uma abordagem de pesquisa que se baseia em entrevista e também em relatos de pessoas sobre as suas experiências e memórias. Essa metodologia é utilizada nos dois artigos para coletar informações sobre esse aspecto cultural e a história de vida dessas mulheres. Perguntas como essa prática chegou até elas e como se perpetua até hoje, se cobram pelo seu trabalho, quem ensinou a rezar, se ensinam ou passam esse conhecimento adiante, quais as maiores dificuldades enfrentadas nesse ofício, se o enfermo não tiver fé a reza tem efeito, se elas indicam os enfermos ao médico, como elas se sentem tendo o “dom” de rezar, foram feitas nos dois artigos que li tentando desenvolver e entender melhor a inserção dessas mulheres em tais práticas e de como é forte a religiosidade vinculada principalmente ao catolicismo.

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