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O Mundo dos Antigos Egípcios

Por:   •  25/11/2015  •  Resenha  •  1.433 Palavras (6 Páginas)  •  176 Visualizações

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Resumo

                               O Mundo  dos Antigos  Egípcios.

1. A realidade geográfica e social.

O mundo nilótico.

“O Egito é toda terra banhada pelo Nilo, e são egípcios todos os povos que habitam além de Elefantina e bebem a agua desse rio”. Proclamou um dia o oraculo de Amon (Heródoto, II,18). Pag. 27.

A existência do morador do alto Egito, desenrolava-se numa paisagem fortemente orientada, com o rio fluindo para o norte e os dois horizontes ocres do deserto arábico e líbico, atrás dos quais surgia e desaparecia o disco solar toda manhã e toda tarde. pag. 27.

A agua era onipresente, mesmo nos períodos de estiagem. No Delta vastas extensões verdes e negras de culturas pontuavam-se de montículos arenosos, ocupados pelas cidades, e de brejos impenetráveis. De junho a novembro, a enchente transforma o país numa extensão liquida de onde emergiam as cidades s os diques. Foi nessa paisagem que o egípcio extraiu imagens e metáforas para descrever o universo animado pelos deuses. Pag. 28.

Paisagens e Deuses.

Uma leoa ronda em torno de um aluvião em forma de crescente ao pé de um cone de dejeção, descendo de uma escapa do deserto. Era a deusa Sekhmet. Pag. 29.

(...) A associação natural e permanente do animal com um meio liquido rico em caça e peixes tornava-o também o signo de um ambiente aquático onde o sustento era abundante. Pag. 30.

As desordens das aguas, do céu e dos homens.

Na realidade, a grande angustia dos egípcios residia na perturbação do equilíbrio natural e social. A doença, a morte, acontecimentos trágicos, mas cujas consequências eram puramente individuais, pertenciam, apesar de tudo à ordem das coisas, ato de divindades ambivalentes, de resto inteiramente merecedores de respeito. Pag. 30.

Muito curiosamente, os temores de terra não eram sentidos como catástrofe, e sim como a alegria da terra ante a presença divina. Entre os desregramentos do mundo havias as tempestades, que eram raras no alto Egito, mas bastante regulares. Observavam chuvas fracas. Essas chuvas eram as vezes consideradas sinal dos deuses para com o rei, porém podia provocar grandes estragos. A chuva no deserto era particularmente perigosa, porque transformava os uádis em torrentes furiosas e devastadoras que rebentavam no vale. Pag. 31.

A ordem da natureza era o reflexo da ordem política, por conseguinte, a instabilidade política perturbava o bom funcionamento da natureza. Segundo o adivinho Neferty, na época de anarquia a sobrevir, “os animais do deserto beberão nos rios do Egito, descansando em suas margens, na falta de quem os enxote”. Pag. 32.

2. O HOMEM

No Egito antigo a diferença entre os homens e os deuses era de ordem mais quantitativa que qualitativa. Aqueles atuavam num real em escala humana, estes, dotados imenso poder atuavam no verdadeiro e na escala do universo; mas ambos pertenciam a mesma criação. O conhecimento desses componentes e de seu papel por intermédio do modelo humano era indispensável para compreender o funcionamento do mundo divino. Pag. 32.

O Homem na Criação.

Em um relato do Novo Império, Ra é o “criador do céu e da terra, do sopro de vida, do fogo, dos deuses, dos homens...etc”. Os homens dos relatos da criação não são indivíduos, sequer homens e mulheres, mas uma categoria do vivente. Ao se reproduzirem, participam da criação continua, aparente no mundo do real, de que são um elemento. Pag. 32 .

Pela morte, o egípcio transporia definitivamente a fronteira que separava o sensível do imaginário, alcançaria o mundo dos deuses, onde, após encontrar nova integridade graças aos rituais funerários, exerceria poderes novos e gozaria de faculdades que lhe eram desconhecidas. Pag. 33.

O homem do real.

  1. O corpo e a sombra – O ser vivo possuía um corpo, djet, que lhe era próprio, as vezes também chamado de hau ou khet, termos que na origem significa significavam ‘membros’ e ‘ventre’. Quando os diversos elementos do homem se dissociavam pela morte, o corpo inerte, destinado a repousar no Mundo Inferior, era denominado khat. Após a morte, adquiria uma espécie de independência; seu papel não é muito claro e parece associado à atividade sexual. Nos períodos tardios, confunde-se, assaz vulgarmente, com os fantasmas e espíritos. Pag. 33.
  2. O coração -  por seu coração, ib, o homem é capaz de sentir sede da emoção e dos sentimentos, o coração era o órgão no qual atuavam os deuses. Perante o tribunal divino o defunto implora a seu coração, sede da memória: “Não te levantes contra mim em testemunho”. O coração era igualmente a residência do intelecto, da faculdade de concepção, sai. ‘As palavras do coração’, eram os pensamentos, e o homem sem coração era antes de tudo imbecil. Pag. 34.
  3.  O nome -  Seguramente, sem nome o homem não era nada. Pela atribuição de um nome, o homem tornava-se um indivíduo, diferenciado, situável, que fazia parte de um conjunto por suas ligações, mas que possuía uma personalidade, uma identidade reconhecida e um destino. A eficácia de um rito só podia ser assegurada se o beneficiário fosse nomeado. Homens e deuses eram tributários dos ritos, e o conhecimento do nome dos seres era condição essencial para atuar sobre o mundo. O poder potencial do nome era também um fator de vulnerabilidade. Os magos e outros ritualistas, nem sempre bem-intencionados, não ignoravam o poder ligado ao conhecimento do nome.

O homem do imaginário.

  1. O Ka – na cenas do nascimento real  do templo de Luxor, o recém-nascido é seguido de uma copia sua, que porta na cabeça um símbolo constituído de dois braços erguidos denominados Ka. Durante muito tempo traduziu-se esse termo, atestado desde os períodos mais antigos. Pretendeu-se mesmo ver ai uma espécie de anjo-da-guarda ou ainda o corpo espiritual  que executava evoluções na tumba. O ka era uma força  vital compreendida não só como uma potencia global e teórica, mas também como a vida de cada um, na escalado individuo diferenciado. O rei “preside a todos os kau vivos”. A noção de ka apoiava-se numa observação psicológica muito simples. A manutenção da vida de cada ser implicava à obrigação de alimentar-se. Seria, portanto, natural que o ka se relacionasse com o bem-estar: “a teu ka”,declarava a criada a apresentar uma taça a um conviva. Pag. 35.

Por extensão temporal, o ka podia ser a sede do desejo: “o bem querer do rei”. As quatros felicidades da existência, as quais aspiravam os homens de mérito (riqueza, longevidade, fim de vida feliz e posteridade), personificavam-se em quatro kau. Espécie de vitalidade e de saúde moral de um individuo, o ka era fundamentalmente pessoal e, amiúde, confundia-se com o nome, ren, ou mesmo, na época tardia, com o destino marca de diferenciação temporal. O ka, potencialidade estática de subsistência e de vida, foi uma primeira respostados egípcios ao desafio da vida e da morte. Porem, tão logo o pensamento evoluiu para um espaço além do sensível, havia que resolver o problema da passagem entre essas duas faces do mundo. Pag. 36.

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