TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O mar, o astrolabio e o império

Por:   •  9/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.109 Palavras (5 Páginas)  •  242 Visualizações

Página 1 de 5

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 RESENHA DO ARTIGO “O ASTROLÁBIO, O MAR E O IMPÉRIO” 4

3 a transição da antiguidade para a idade média 7

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo analisar o processo de expansão marítima Portuguesa. Para tal, será feita uma resenha do texto intitulado “O astrolábio, o mar e o Império”, de autoria de Heloísa Meireles Gesteira, pesquisadora do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast).

Portugal foi a primeira nação a financiar expedições marítimas e vários são os fatores que contribuíram para isso, motivações econômicas influenciadas pela nova classe que surgia; a burguesia, por exemplo, ou motivações religiosas por causa dos interesses do catolicismo.

Para que Portugal pudesse empreender estas viagens marinhas, era necessário dispôr de equipamentos e pessoas qualificadas para utilizá-los e este trabalho faz uma análise a respeito destes pontos.

2 RESENHA DO ARTIGO “O ASTROLÁBIO, O MAR E O IMPÉRIO”

O artigo intitulado “O astrolábio, o mar e o Império”, de autoria da pesquisadora Heloisa Meireles Gesteira, baseando-se em alguns textos escritos pelos cosmógrafos reais portugueses XVI e XVIII pretende evidenciar as bases cientificas e técnicas que possibilitaram a expansão marítima europeia.

Os impulsos de expansão portugueses tem motivações econômicas, politicas e religiosas, as quais encontram eco nas novas rotas de navegação portuguesas do século XV, as quais permitem a chegada na Índia e Novo Mundo, aumentando a oferta de novos produtos que passam a fazer parte do comércio, bem como permitem o contato com novos povos, que, aliados aos interesses do catolicismo, são vistos como necessários de evangelização.

Para tal, os pilotos português contavam com instrumentos de navegação, tabelas de declinação do sol (o qual era utilizado como ponto de referência no hemisfério sul) e de outras estrelas conhecidas e roteiros de navegação, os quais permitiam a condução correta ao destino. Ainda durante as viagens eram coletadas informações que permitiam atualizar e aprimorar dados de navegação previamente conhecidos.

Entre os séculos XV e XVI as técnicas de navegação sofreram mudanças significativas, muitas das quais inauguradas pelos portugueses, tais como a confecção de tabelas de regimento do sol. Se o uso de instrumentos fora imprescindível para tais conquistas, a sistematização do ensino e da cultura da navegação e condução de embarcações também teve sua importância reconhecida, assim que, em 1547, dom João III nomeia Pedro Nunes como cosmógrafo-mor do Reino, dando incio à sistematização de todo o ensino náutico. Em 1779 cria-se a Academia Real da Marinha, a qual fica encarregada de todo o ensino e supervisão dos pilotos e cartógrafos reais.

Em 1592 é publicado o Regimento dos Cosmógrafo-Mor, documento que estipula as atribuições desta profissão. Este documento, além de ser um reflexo das necessidades de navegação, possuía também interesses políticos, demonstrando a importância de se ter um controle das rotas e sobre a localização terras distantes.

Algo que o Regimento enfatizava era a padronização dos equipamentos utilizados na navegação, algo de suma importância em uma época onde os instrumentos e demais apetrechos eram feitos a mão, sem máquinas que pudessem fabricar em série. Cabia aos cosmógrafos reais aferir os instrumentos e cartas de marear dos pilotos. Esta padronização era importante pois eventuais disputas a respeito da localização de terras quase sempre serão resolvidas valendo-se da autoridade dos cosmógrafos reais, os quais eram os responsáveis pela demarcação dos mapas e padronização das cartas de marear.

Os interesses políticos da Coroa Portuguesa permite especular que muitos “erros” de localização ou de marcação nas cartas de marear dos cosmógrafos não se devem a ignorância, descuido ou mau uso dos instrumentos. Muitos erros materializam os interesses territoriais do Reino, e para Portugal, o conhecimento sobre o Atlântico Sul era de vital importância para sua política ultramarina. Isto

...

Baixar como (para membros premium)  txt (7.4 Kb)   pdf (75 Kb)   docx (12.4 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com