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Os Jogos Africanos - Shisima

Por:   •  23/6/2020  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.770 Palavras (8 Páginas)  •  628 Visualizações

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IFMS- Campus Corumbá

Alunas: Ana Luiza Martins, Ana Luiza Bortolanza, Dayana Costa, Maria Eduarda, Sara Cristiny e Sttefanny Noronha.

Turma: 2075.

Trabalho de História

Jogos Africanos e Indígenas

Corumbá, 08 de maio de 2020.

Nome do jogo: Shisima

        O nome shisima na língua “Tiriki”, possui o significado de “extensão da água”, e as peças imbalabavali que significa “pulgas d´água”.

O que é:

        O jogo consiste em um tabuleiro octogonal e seu objetivo é impedir que o adversário obtenha uma diagonal com suas peças no tabuleiro,  sendo semelhante ao jogo da velha. O jogo estimula a estratégia, raciocínio e a antecipação de jogadas.[pic 1]

Imagem 1- tabuleiro do jogo shisima

Como jogar:

        Para poder jogar é necessário um tabuleiro octogonal (como o na imagem acima), 3 peças de cores diferentes para os 2 jogadores. De início as 3 peças são alinhadas no tabuleiro e cada jogador mexe as suas peças na linha para os lugares vazios até que um jogador consiga alinhar em uma diagonal.

        Regras:

  • Só é permitido a movimentação de uma peça por jogada;
  • É proibido passar por cima das outras peças;
  • Caso se repita o mesmo movimento 3 vezes, o jogo é dado como empate;
  • Ganha o jogo quem alinhar as peças primeiro;

Origem:

        O jogo de tabuleiro teve origem no Quênia (país localizado no leste do continente africano e seu litoral é banhado pelo oceano pacífico). No Quênia o jogo é bastante conhecido por pessoas de todas as idades, as crianças costumam jogar desenhando o tabuleiro no chão e as imbalabavali são as tampas de garrafas pets.[pic 2]

Imagem 2- mapa do continente africano

Histórico do Jogo:

Shisima é um jogo que apresenta dois valores típicos das culturas africanas: a oralidade, já que o jogo é ensinado através da fala, e a ancestralidade, pois é passado de geração em geração há anos. O jogo promove o pensamento lógico e matemático, além de ajudar no bem-estar social e no respeito às diferenças, característica importante da cultura local.

A estratégia do jogo exige raciocínio e antecipação. Na área matemática, trabalha-se com a construção do tabuleiro, pois, explora os conceitos de geometria (raio, diâmetro, círculo, circunferência, formas...), as frações, medidas, ângulos e principalmente o desenvolvimento do raciocínio lógico.

O jogo não é datado, contudo, sabe-se que ele está inserido na cultura queniana a pelo menos um século. Ele é bem difundido entre a população de todas as idades, sendo jogado por idosos e crianças.

No geral, a Quênia não possui uma cultura individual. Ela é formada, assim como o Brasil, da soma de diversas culturas de diferentes lugares, assim, não se sabe a origem específica do jogo. A razão pela qual a Quênia é multicultural, é em decorrência da existência de inúmeras tribos com diferentes hábitos, aproximadamente 70 tribos. Podemos citar algumas como: Masai, Cambas, Kikuyu e Calenjins.

Formação do País:

Quênia foi um dos países com vestígios de pré-hominídeos, mais antigos. A região do Quênia teve diversos fluxos migratórios até que as potências da Europa começaram a exploração. Em 1885, na Conferência de Berlim, ficou decidido que a região seria um protetorado britânico, onde o Reino Unido concedeu como forma de monopólio à Companhia Imperial da África Oriental Britânica.
As terras férteis atraíram muitos fazendeiros brancos que criavam certo autoritarismo, levando a expulsão dos povos nativos. Cansados de estarem sendo expulsos, uma oposição foi criada e se fortaleceu nas duas Guerras Mundiais. Em 1921, a Associação Central dos Kikuyu foi criada e passou a exigir o poder.
Em 1994, foi fundada a União Africana do Quênia (KAU), liderada por Jomo Kenyatta, que buscava melhores distribuições territoriais. Porém, em 1950, uma rebelião contra o poder britânico foi criada pela sociedade secreta Mau-Mau. Apesar de a rebelião ter sido controlada em alguns anos, o líder Kenyatta foi preso e a KAU foi banida.
Em uma Conferência em Londres, foram iniciadas as primeiras diretrizes para a independência do Estado. Em 1963, houve as eleições e também, a independência do país, o partido KANU foi o eleito, liderado por Kenyatta após ser libertado e o partido de oposição KADU, acabou por se unir ao KANU, tornando-se um país unipartidário.

Economia:

O Quênia possui várias formas de economia, mas a principal forma é a agricultura de chás, café, milho e frutas. As outras formas de economia são a pecuária, piscicultura, avicultura, extração de minerais e o turismo.

População:

O país conta com uma população de aproximadamente 49 milhões de pessoas. Destaca-se que o Quênia possui uma população jovem, sendo que 73% dos habitantes tendo menos de 30 anos, isso em razão do rápido crescimento demográfico, que foi de 2,9 milhões de pessoas, para mais de 40 milhões durante o século XX.

Densidade demográfica: 68,5 hab/km².[pic 3]

Taxa média anual de crescimento populacional: 2,6%.

População residente em área urbana: 21,86%.

População residente em área rural: 78,14%.

População subnutrida: 32%.

Esperança de vida ao nascer: 52,7 anos.

Domicílios com acesso à água potável: 57%.

Domicílios com acesso à rede sanitária: 42%.

                                                                Imagem 3 – População do Quênia

A capital do Quênia, Nairóbi é o lar de Kibera, uma das maiores favelas do mundo, que abriga cerca de 1 milhão de habitantes.

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