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Pratica em historia

Por:   •  15/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  970 Palavras (4 Páginas)  •  243 Visualizações

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Relatório de Atividade 02

1. Multiculturalismo enquanto movimento teórico-metodológico é voltado para o reconhecimento e valorização das diferenças, para a contestação de preconceitos e discriminações, assim como, enquanto espaço de possibilidade de construção de diálogos entre as diferentes culturas.

O multiculturalismo é um fenômeno que teve sua origem nos países dominantes do Norte e é discutido em duas vertentes: na primeira o multiculturalismo é um movimento legitimo de reivindicação dos grupos culturais dominados no interior daqueles países para terem suas formas culturais reconhecidas e representadas na cultura nacional. Na segunda o multiculturalismo é visto como a solução para os problemas que a presença de grupos raciais e étnicos do interior daqueles países para a cultura nacional dominante. 

O autor coloca que multiculturalismo não pode ser visto separado das relações de poder que obrigaram essas diferentes culturas raciais, étnicas e nacionais a viverem no mesmo espaço e que mesmo tendo essa ambiguidade representa o importante instrumento de luta política.

 Atentando para as questões de gênero, a personalidade de Frida era considerada inovadora e polêmica, justamente por isso nos permite refletir e problematizar os papéis sociais atribuídos aos gêneros em sua figura. Portanto, o filme retrata as construções sociais contidas na edificação de um lugar de subalternidade para as mulheres. Frida Kahlo, nesse sentido, representa ainda hoje uma espécie de quebra com este paradigma até então hegemônico.

Frida vai de encontro com os questionamentos colocados pela relação de gênero, onde há uma profunda desigualdade dividindo homens e mulheres, formando estereótipos e preconceitos de gênero e isso era internalizado nos educadores. Assim, a personagem representa algumas determinações e definições a respeito do papel exercido pelos gêneros nos seus espaços de sociabilização, assim como, no seu papel como agente histórico transformador e capaz de romper amarras sócio-culturais predeterminadas.

Assim, uma das primeiras cenas que chamam a atenção e que nos possibilita problematizar algumas questões de gênero é a cena em que Kahlo dirige-se para tirar um retrato de família e aparece vestida com roupas masculinas. Com isso nos remete, inevitavelmente, a repensar os papéis designados aos gêneros em nossa cultura e sociedade. Pois, a partir da vida retratada pelo filme, percebemos que Kahlo foi uma importante figura que atravessou os limites impostos sobre o corpo e as construções sócio-culturais.

A figura de Frida Kahlo é representante, ainda hoje, de uma espécie de quebra com o paradigma de subalternidade das mulheres até então hegemônico, possibilita-nos desconstruir toda uma série de padrões que atribuímos ao papel social da mulher. Nossas tantas identidades misturam-se e fazem emergir o modo como somos: inacabados, contraditórios, imperfeitos e, por isso, além das hierarquias e separações de gênero, somos sujeitos complexos que não devem ser enquadrados a partir de um tipo ideal cristalizado e naturalizado, mas sim, percebidos nas particularidades de uma humanidade inteira.

3. A teoria Queer surgiu como um impulso crítico em relação à ordem sexual contemporânea, possivelmente associado à contracultura e às demandas daqueles que eram chamados de novos movimentos sociais, buscando afirmar que o privado também era público, e mais que isso, que a desigualdade ia para além do econômico        , surge como uma reação e resistência a políticas e condutas tradicionalistas de preconceito e repressão. Colocando uma proposta d e realizar um diálogo com os que normalmente são desqualificados do processo educacional, ou seja, a proposta queer.

As correntes teóricas e políticas inspiradas pelas diferenças, que abarcam a Teoria Queer, são capazes de propor uma transformação da cultura a partir da desconstrução das normas e, sobretudo, das convenções culturais impostas. Devido a tanto, distinguir a questão da diversidade e a da diferença mostrar-se-ia fundamental para compreender mais claramente a proposta queer.

A proposta queer buscaria, em vez de ensinar a reproduzir a experiência da abjeção, desenvolver um processo educacional capaz de ressignificar o estranho, o anormal, atuando como veículo de mudança social e de abertura para o futuro.

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