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Pronto História. A Revolução Francesa

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Por:   •  26/11/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.173 Palavras (13 Páginas)  •  237 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A Revolução Francesa marcou o fim da Idade Moderna e foi um movimento social e político que ocorreu na França em 1789 e derrubou o Antigo Regime, abrindo o caminho para uma sociedade moderna com a criação do Estado democrático. Além disso, acabou influenciando diversos lugares no mundo, com os seus ideais de “Liberdade, Igualdade, Fraternidade” (Liberté, Egalité, Fraternité).

O período em que ocorreu a revolução, era bastante conturbado para o país. Regido por um regime absolutista, os franceses se viam obrigados a pagarem impostos extremamente caros, para sustentar os luxos da nobreza. Sob influência dos Iluministas o terceiro estado se levantou contra a opressão do absolutismo.

Os ideais percorreram a Europa, atravessaram o oceano e chegaram a América Latina, a qual influenciou o movimento da Inconfidência Mineira. Pelo seu caráter difusor é que a Revolução Francesa foi e é considerada o acontecimento que marca a passagem para a Idade Contemporânea.

COMO TUDO COMEÇOU |

França - Séc. XVIII

País agrário, com processo industrial (Veja mais informações sobre a Revolução Industrial) ainda recente, a França enfrentava um período de grandes injustiças sociais no Antigo Regime. A sociedade regida pelo absolutismo era divida em três classes: o Clero (primeiro estado), a Nobreza (segundo estado) e o Terceiro Estado, composto por 95% da população.

Clero: constituído por 2% da população, era isento de pagar os impostos. Ainda era dividido em o alto clero,que era os de origem nobre (bispos, abades e cônicos), e o baixo clero, de origem plebéia (sacerdotes pobres).

Nobreza: somente 2,5% da população era nobre. Como o clero não pagavam impostos e tinham acesso a cargos públicos. Nessa classe estava o rei, sua família e os nobres que freqüentavam o palácio. A Nobreza cortesã eram aqueles que moravam no Palácio de Versalhes, a Nobreza provincial, eram nobres que viviam no interior e a Nobreza de toga, eram burgueses que compravam títulos de nobreza, cargos políticos e administrativos.

Terceiro Estado: 95% da população pertenciam a essa classe, a qual era responsável pela sustentação do reino francês. Entre eles estavam a burguesia, os camponeses, artesãos e o proletariado. A burguesia era composta pelos grandes comerciantes, banqueiros, advogados, médicos. Eles detinham o poder econômico, por meio do comércio e da indústria, porém não tinham direitos políticos, ascensão social nem liberdade econômica.

Desde que Luís XIV, o Rei Sol, assumiu o reinado, a França encontrava-se cheia de dívidas advindas de antigos reinados, das guerras de conquista da monarquia e da manutenção da corte, que era bastante luxuosa. O rei detinha o poder absoluto, controlando todas as áreas, desde a economia, a justiça, a política e até a religião. O povo não tinha voz, não podia votar, nem sequer dar opinião sobre o governo, e os que se opunham ao Estado eram presos na Bastilha ou condenados à guilhotina.

A população vivia em condições precárias,grande parte eram camponeses pobres que trabalhavam em latifúndios ou feudos dos nobres, e grande parte do seu salário era revertido em impostos altíssimos que pagavam a vida boa da nobreza e da Família Real.

Com o agravamento da crise financeira Luís XVI convoca a Assembléia dos Estados Gerais, para decidiram uma forma de todos pagarem os impostos. A última convocação da Assembleia tinha ocorrido em 1614. Os representantes políticos eram:

1º estado: alto clero

2º estado: alta nobreza

3º estado: deputados que representavam a grande população. |

A ASSEMBLEIA

Foi convocada a Assembléia para o dia 5 de maio de 1789, no Palácio de Versalhes. Após abrir a sessão, Luiz XVI deu por iniciada as votações e discussões sobre os problemas que afetavam a sociedade francesa. Porém o sistema de votação era bastante peculiar: cada Estado tinha um voto e ao fazer a votação para saber como seriam pagos os impostos, o clero e a nobreza se aliaram, decidindo que o 1º e o 2º Estado permaneceriam isentos da contribuição dos impostos. O modelo de votação provocou uma revolta por parte dos representantes do 3º Estado, que exigiram que as reuniões tinham que ser conjuntas e não separadas. Mediante a negação, o 3º Estado proclama-se em Assembléia Geral Nacional.

O Rei numa atitude de desespero devido ao atrevimento dos representantes populares, dá uma ordem de fechamento da sala de reuniões. Porém os deputados do 3º Estado se dirigiram para um salão do palácio, utilizado pela nobreza,para jogos. E lá já iniciaram uma reunião, onde juraram que iriam ficar reunidos até que a França adotasse sua própria Constituição. Este acontecimento recebeu o nome de “O Juramento do Jogo de Pela”.

Em 9 de julho de 1789, é proclamada a Assembléia Nacional Constituinte, que foi responsável por elaborar a Constituição da França. Com a constituição o Rei não teria mais o poder absoluto. Insistente a burguesia, apelou para o povo. No dia 14 de julho de 1789 um movimento comandado pela população francesa foi de encontro a Bastilha, uma prisão política que representava o tiranismo absolutista. A multidão libertou os presos, massacrou os guardas, incendiou e destruiu a Bastilha, o responsável pela prisão foi decapitado. O movimento ficou conhecido como a Queda da Bastilha. O grande marco da Revolução Francesa.

Os camponeses se revoltam, eles vêem que a nobreza está fragilizada com os acontecimentos e decidem invadir os castelos, saquear as casas e executar famílias inteiras de nobres. Eles também decidem invadir propriedades feudais e exigir reformas. O Rei tentando acalmar a população toma algumas precauções e manda abolir o regime feudal dos camponeses e os privilégios tributários do clero e da nobreza. Ainda sim os impostos eram muito altos e as guerras externas geravam despesas muito pesadas para o Estado, que agora era burguês.

A burguesia preocupada com as bases doutrinárias de sua revolução aprovou em 26 de agosto de 1789 a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, dando fim aqualquer dispositivo legal que juridicamente diferenciasse as classes sociais da França. Os principais pontos eram:

- Respeito a dignidade das pessoas

- Liberdade

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