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RESENHA DESCRITIVA SOBRE O LIVRO “UM TOQUE DE CLASSICOS”

Por:   •  13/3/2017  •  Resenha  •  3.357 Palavras (14 Páginas)  •  3.566 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO MATO GROSSO DO SUL

CAMPUS DO PANTANAL

CURSO DE LICENCIATURA EM HISTORIA

Raimundo Jorge Ferreira Da Silva

RESENHA DESCRITIVA SOBRE O LIVRO “UM TOQUE DE CLASSICOS”

Corumbá

                                                           2017


Raimundo Jorge Ferreira Da Silva

RESENHA DESCRITIVA SOBRE O LIVRO “UM TOQUE DE CLASSICOS”

Trabalho apresentado à disciplina Fundamentos Sociológicos da Educação, sob responsabilidade da Professora Isabella Fernanda Ferreira, como exigência parcial para aprovação.

Corumbá

2017


O livro “Um toque de clássicos: Marx, Durkheim, Weber”, 2ª revisão, revista e ampliada, da editora UFMG, oferece uma abrangente introdução à sociologia a partir de sucintas apresentações sobre os autores clássicos da sociologia, ou seja, Karl Marx, Émile Durkhein e Max Weber, utilizando uma descrição formatada em tópicos que fundamentam o conteúdo das suas obras.

Tania Quintaneiro, graduada em Ciências Sociais e mestre em Ciência Política pela UFMG. É professora aposentada do Departamento de Sociologia e Antropologia dessa mesma instituição. Publicou, dentre outros livros, Processo civilizador, sociedade e indivíduo na teoria sociológica de Norbert Elias; Labirintos simétricos: introdução à teoria sociológica de Talcott Parsons (em coautoria com Marcia Gardênia Monteiro de Oliveira) e Retratos de mulher.

Maria Ligia de Oliveira Barbosa, graduada em Ciências Sociais pela UFMG e doutora na mesma área pela UNICAMP. Atualmente, é professora na UFRJ e vice-presidente para a América Latina do Research Committee on Sociology of Education (RC04). Publicou, dentre outros livros, Desigualdade e desempenho: uma introdução à sociologia da escola brasileira e Os mecanismos de discriminação racial nas escolas brasileiras (em coautoria com Kaizô Beltrão, Eugenia Ferrão e Sergei Soares).

Marcia Gardenia Monteiro de Oliveira, graduada em História pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais(1973) e mestrado em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais(1986). Atualmente é Professora Assistente do Centro de Ensino Superior Promove. Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase em Políticas Públicas. Publicou Labirintos simétricos: introdução à teoria sociológica de Talcott Parsons (em coautoria com Tania Quintaneiro)

As autoras acima mencionadas oferecem no livro textos de fácil compreensão, estruturados a partir de uma introdução que permite uma ambientalização do leitor com as varias correntes de pensamentos e acontecimentos históricos-sociais que de alguma maneira influenciaram os autores clássicos da sociologia e que permitem ao leitor, não familiarizado com o pensamento desses inauguradores da sociologia, o entendimento dos conceitos básicos de seus sistemas teóricos.

Dessa forma, o livro torna-se acessível sem deformar as concepções ideológicas e muito menos sem cair em factuais simplificações e oferece, ainda, uma visão síncrona, que permite uma ampliação do foco da análise de forma a incluir não apenas as produções mais conhecidas dos autores clássicos, mas também textos menos divulgados, que são apresentados e discutidos de maneira clara e didática em capítulos específicos a cada autor. O livro oferece ainda uma parte destinada as considerações finais e uma cronologia dos principais fatos relacionados aos autores.

Introdução

Em função da especificidade dos textos subsequentes referentes a cada um dos autores clássicos, a introdução, sob autoria de Marcia Gardenia Monteiro de Oliveira e Tania Quintaneiro, possui uma relevância acentuada na contextualização desta obra, pois permite ao leitor uma visão global sobre os aspectos que tratam das transformações sociais decorrentes da industrialização, das ideias dos intelectuais antecedentes a sociologia e as diversas correntes de pensamentos que norteavam o conhecimento contemporâneo a esses intelectuais, que de maneira direta ou indireta influenciou na concepção do hoje temos como ciência social. 

A introdução, pelo seu papel acima descrito, é apresentada em três tópicos distintos porem caracterizados por uma estreita interrelação afunilados por parâmetros que contribuíram para alicerçar a sociologia a partir dos seus aspectos teóricos, conceituais e temáticos.

O primeiro tópico apresenta as mudanças resultantes da industrialização, onde é ressaltado que com o advento da revolução industrial, o modelo capitalista, acompanhado pela modernização da agricultura, se consolida, surgindo assim, o protelariado, que fez que o
êxodo de famílias aumentasse casa vez mais, uma vez que eles buscavam melhores condições e trabalho. Assim, com o crescimento desordenado das cidades começam a aparecer os problemas urbanos, como a fome, a falta de saneamento, doenças, etc. Entretanto, esses problemas atingiam especialmente os mais pobres. Esta situação foi amenizada por volta do século XVIII, com o advento das revoluções industrial e agrícola ocorridas na Inglaterra.

As péssimas condições de trabalho, cargas horárias absurdas, entre outros fatores foram responsáveis pela baixa expectativa de vida dos trabalhadores.
Outra mudança significativa ocorreu na instituição familiar, em questões relativas ao controle das propriedades por partes das mulheres, autonomia dos filhos. Ainda, com a modernidade, passou a surgir o casamento por uma escolha mútua, o reconhecimento da infância e da adolescência.

O tópico referente aos antecedentes intelectuais da sociologia é iniciado pela apresentação de um conflito de ideias, onde pensamentos apoiados pela Igreja Católica e baseados em caducos princípios de autoridade gradativamente são substituídos pelo novo modo de acreditar que  a razão permite uma compreensão da dinâmica do mundo material e que os homens podem livremente descobrir os princípios das leis naturais.

Dois acontecimento importantes são destacados, o primeiro refere-se a Reforma Protestante que se caracteriza como um momento de suma importância ao contestar a autoridade e a intolerância da Igreja. A crença na razão, ou seja, acreditar no poder da razão, e na forma do pensar, trouxe a emancipação do indivíduo em relação à autoridade social e da igreja, trazendo a ele uma conquista de novos direitos e relativa autonomia.

O outro fato ressaltado refere-se a Revolução Francesa, cujo papel, sob a influencia das ideias da Ilustração, revelou-se como “um extraordinário impulso para que o modo sociológico de investigar e interpretar a realidade social se tornasse possível”.

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