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Raizes Do Brasil

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Por:   •  23/1/2015  •  1.081 Palavras (5 Páginas)  •  137 Visualizações

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A partir da decada de 1920 iniciou no país um grande movimento intelectual decidido a compreender o Brasil profundamente. Raízes do Brasil foi publicado em 1936 pelo historiador e critico literário Sergio Buarque de Holanda, baseado em alguns pontos da colonização brasileira e sua cultura. O autor também relata sobre o país em plena fase de urbanização que se transforma sobre o peso de uma enorme movimentação de imigrantes europeus. Sérgio Buarque de Holanda apresentou detalhes sobre a relação entre os diferentes níveis da sociedade brasileira na época colonial, mostrando uma grande mestiçagem étnica e cultural. Ele aborda questões culturais, sociais e comportamentais que marcaram a formação do povo brasileiro.

O autor ao fazer uma análise de seu livro Raízes do Brasil, salienta a importância que foi a colonização portuguesa para a formação da cultura. Logicamente essas influências não foram únicas do português o índio e o negro também tiveram um papel importantíssimo. O português tem suas características próprias à cultura e principalmente a política forma do organizar esse novo povo conquistado.

O livro Raízes do Brasil, apresenta uma reflexão sobre o processo de colonização e suas consequências na formação do povo brasileiro. Aspectos históricos, políticos, econômicos e culturais são imensamente discutidos e analisados, mostrando como se deu a influência dos países europeus que direta ou indiretamente estiveram envolvidos não somente na colonização do Brasil, mas também na formação dos países latino-americanos.

Durante todo o movimento envolvendo a chegada dos primeiros colonizadores europeus ao Brasil, nota-se claramente com a leitura do livro, que as marcas deixadas nesse período não foram apenas positivas. A cultura da submissão, de um país de terceiro mundo, pobre, com graves problemas de corrupção, extremamente desigual é fruto também das práticas daqueles, que invadiram não só as terras brasileiras, mas a vida daqueles que aqui moravam. A tentativa de Portugal e Espanha em implantar a cultura europeia em terras brasileiras se mostra como um instrumento fortalecedor na constituição da atual sociedade. O autor reafirma que até hoje o Brasil é um povo ausente em sua própria terra.

Ele mostra que a falta de conexão na vida social do brasileiro é um claro retrato da desordem instaurada no país nos primeiros anos da invasão portuguesa. Os decretos do governo que aqui se instalava atendiam apenas ao interesse de um pequeno grupo que cada vez mais adquiria poder. Dessa forma a sociedade brasileira que começava a se constituir com a presença dos já moradores, os índios, seguidos pelos trabalhadores europeus e também pelos negros africanos, cada vez mais era renegada ao descaso. Era a formação de um processo pautado em inúmeros privilégios, sobretudo dos privilégios hereditários. Esse tipo de composição social diretamente ajudou a formar a concepção de moral e ética do povo brasileiro.

Sergio Buarque também vem falar o caráter do positivismo no Brasil e o que ele gerou no cenário político do país. O espírito do liberalismo, só estaria presente na sociedade quando este vinha de encontro com a negação de idéias de hierarquia que sempre incomodou a população. A partir disso pode-se verificar a existência de um falso espírito democrático, por isso ele afirma que no Brasil a democracia sempre foi um lamentável engano.

A obra mostra com a presença do negro como escravo que invade todas as esferas da vida colonial, e foram esses negros que por muito tempo se empenharam em fazer do Brasil uma extensão tropical da pátria europeia. O autor trabalha também com a estrutura rural da sociedade colonial que, acaba marcando profundamente o desenvolvimento do Brasil. O declínio desta ocorre a partir de 1850, com o fim do tráfico de escravos. A abolição dos escravos foi o marco divisor entre o Brasil rural e o urbano, após a abolição da escravidão que houve um desenvolvimento dos centros urbanos. Com isso é estabelecido uma nova dicotomia: a relação rural-urbano que se manifesta igualmente no universo mental, onde a visão de mundo tradicional entra em conflitos com valores modernos.

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