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Resenha, CATANI, Afrânio Mendes. O Que ê Capitalismo. 34 Ed. São Paulo: Brasiliense, 2003.

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Por:   •  4/5/2014  •  1.044 Palavras (5 Páginas)  •  8.941 Visualizações

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Resenha

CATANI, Afrânio Mendes. O que ê capitalismo. 34 ed. São Paulo: Brasiliense, 2003.

117p., 16 x 11,5 cm.

Cláudia Pereira Vaz de Magalhães*

Afrânio Mendes Catani nasceu em Campinas, em 1953. É Bacharel em Administração Pública pela Getúlio Vargas (São Paulo) e Mestre e Doutor em Sociologia pela FFLCH/USP. Foi professor na Getúlio Vargas na UNESP, Campos de Araraquara e na UNICAMP. Desde o final de 1986 é professor na Faculdade de Educação da USP. Publicou diversos artigos e comentários de livros como na Revista de Administração de Empresas (ERA), na folha de São Paulo, LEIA, MOVIMENTO, em Filme-Cultura, no Cultura, no Caderno 2, no Jornal da Tarde, em Isto É, etc.

O livro de Afrânio Catani explica teorias essenciais para o entendimento do capitalismo de maneira geral, e também explica como adveio o processo do capitalismo no Brasil e suas fases.

Com isso, o autor aborda na parte inicial do livro as duas correntes mais importantes: a de Max Weber e a de Karl Marx. De acordo com o primeiro pensador, o capitalismo é culturalista; este se desenvolve através de fatores externos à economia. Ele mostra alguns aspectos do capitalismo, como o “impulso para o ganho” ou a “ânsia de lucro” que não nasceram com o capitalismo como muitos alegam, visto que esse espírito de lucro está inserido em toda espécie e condições de pessoas, em todas as épocas e países da Terra.

* Acadêmica do 1o ano A do curso de Direito pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais Vianna Júnior.

Existem dois fatores que se não foram exclusivamente do capitalismo ocidental ou pelo menos foram por ele acentuados: o mercado de trabalho livre e o uso da contabilidade racional.

Além disso, em “A ética protestante e o espírito do capitalismo” Weber formula a hipótese de que o protestantismo influenciou para o surgimento do espírito capitalista.

Isso ocorreu principalmente devido ao calvinismo, onde este valorizava o trabalho como uma maneira de enriquecer o espírito humano. Entretanto, desprezava o prazer e o gozo de atividades supérfluas; defendia que nem um minuto sequer poderia ser desperdiçado.

Junto à essa valorização do trabalho, veio a valorização da riqueza criada por esse trabalho. Essa riqueza acumulada deveria ser reinvestida para servir de estímulo para serem criadas novas formas de trabalho, e também, para criar mais riquezas. Nesse ponto é possível observar, de acordo com a concepção de Weber, as estreitas relações existentes entre as aspirações religiosas do calvinismo e as aspirações mundanas do capitalismo.

Por outro lado, existe a teoria de Karl Marx, em que o capitalismo vinha de uma visão histórica. Marx acreditava que a base do capitalismo advém da troca, em que para satisfazer suas necessidades gerava-se a mesma; como, por exemplo, um marceneiro que troca duas mesas por um casaco para não ter frio. Marx também explica que o ouro era a mercadoria-dinheiro na sociedade burguesa, pois além de ser um metal precioso, era o equivalente para trocas. A partir do exemplo do marceneiro, ele cita outros exemplos para mostrar que o dinheiro passou a ser o intermediário da troca de mercadorias. Ele também expõe como se dava a mais-valia, e afirmava que a força de trabalho humano era uma mercadoria. Também descreve fatos sobre a Revolução Industrial, em que com a acumulação de capitais devido a substituição da força de trabalho por máquinas ocorreram as principais fases do desenvolvimento capitalista. E por fim, Marx comenta sobre a última fase do capitalismo, que é o denominado imperialismo e descreve como a revolução técnico-científica influenciou o capitalismo na sua tendência a concentração.

Já na segunda parte do livro, O capitalismo no Brasil, é o exposto como o capitalismo evoluiu desde a Colônia até os dias atuais. O autor estabelece a diferença entre a economia colonial e a economia primário-exportadora. Ele também explica que inicialmente organizou-se uma acumulação primitiva

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