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A Identidade Cultural na Pós-modernidade

Por:   •  23/4/2015  •  Exam  •  766 Palavras (4 Páginas)  •  424 Visualizações

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A obra de Stuart Hall, “A Identidade Cultural na Pós-modernidade”, tem como objetivo demonstrar o perfil atual da identidade cultural, que se encontra plurificada ou mesmo inconstante na constituição dos indivíduos inseridos no atual contexto histórico da pós-modernidade, a qual sofre as interferências da dispersão e concretude de linhas teóricas modernas e da globalização . Sinteticamente, o autor busca discorrer sobre a “crise de identidade” que afeta as sociedades contemporâneas.Segundo o autor, as sociedades do final do século XX têm sofrido uma mudança estrutural que se irradia nas transformações das “paisagens culturais”, antes sólidas e estáveis, como o gênero, a sexualidade, a etnia, a raça e a nacionalidade. Tais transformações influenciam a formação cultural das pessoas, que acabam ficando divididas periodicamente entre os velhos e novos padrões, bem como entre as mais variadas classes que surgem na metade do século. Todas essas transformações acontecem principalmente em decorrência da quebra do pensamento de teorias clássicas, como o iluminismo, acerca da identidade cultural ligada ao sujeito, como sendo a essência deste. O pensamento iluminista, que agregava visões racionalistas, individualistas e humanistas, deu suporte à idéia de que o próprio sujeito seria “o responsável” pelo seu reconhecimento cultural, visto que a identidade é algo intrínseco e essencial, a qual se desenvolve com o crescimento e vida do sujeito.A ruptura da concepção de identidade como essência do sujeito abalou o pensamento da Era Moderna, retirando-o do foco central. Esse processo deu-se principalmente em cinco momentos principais apontados pelo autor. O primeiro deles é a corrente marxista, que com a teoria do materialismo histórico-dialético aduzia que o sujeito está preso às suas condições históricas, tanto em sua formação, quanto na transformação das suas relações sociais, ou seja, o reconhecimento cultural do sujeito estaria ligado a sua historicidade ainda que na construção de mudanças sociais.O segundo momento é a descoberta do inconsciente, teorizado por Freud, que seria o grande responsável pela formação cultural do sujeito, através de processos psíquicos e simbólicos do inconsciente, que intermedeiam as relações que o sujeito tem com o mundo externo, formando e alterando, ao longo do tempo, a sua constituição e posteriormente, sua identidade. Assim, a racionalidade é posta em segundo plano e a idéia de identidade como essência humana é tacitamente refutada. O terceiro momento é o desenvolvimento do estruturalismo lingüístico de Saussure que teoriza  a língua como um sistema pré-existente e social (não-individual). Isso implica que a utilização da linguagem é um processo de formação cultural, no qual acopla valores ao individuo em sua formação, sendo, desse modo, formadora da identidade do sujeito.Já o quarto momento é a ideia de “poder disciplinar”, desenvolvida por Foucault, que trata sobre o controle e disciplina com base no poder dos regimes administrativos, isto é, instituições que coletivas que mantém os comportamentos humanos e que são capazes de torná-los “dóceis”. O quinto momento é o nascimento do feminismo e dos movimentos revolucionários, estudantis contraculturais e antibélicos, na luta pelos direitos civis e da paz. Tais movimentos dão origem a novas classes ou agrupamentos sociais que posteriormente

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