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A IDENTIDADE CULTURAL NA PÓS MODERNIDADE

Por:   •  19/4/2015  •  Resenha  •  1.331 Palavras (6 Páginas)  •  467 Visualizações

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A IDENTIDADE CULTURAL NA PÓS MODERNIDADE

“Stuart Hall”

Hall, Stuart. A identidade cultural na pós – modernidade/ tradução Tomaz Tadeu da Silva, Guacira Lopes Louro-11. Ed.- Rio de janeiro: DP&A, 2006.

1. Resenha crítica acerca dos capítulos IV, V e VI da obra.

No capítulo IV, o autor discorre sobre as mudanças provenientes da globalização, com o deslocamento das identidades culturais nacionais que antes eram predominantes em si, e com o rompimento das fronteiras temos agora a articulação de conceitos e ideias inseridos nas culturas globais, com a organização de novas combinações de espaço e tempo.

A compressão do espaço e tempo, constituem-se como uma das características da globalização que interferem sobre as identidades nacionais, pois com a facilidade de acesso aos meios, nos deparamos com um  mundo mais pequeno, nesse sentido o tempo e o espaço se constituem como coordenadas básicas de todos os sistemas de representação da cultura e como resultados de um contexto, e que produzem seus efeitos quanto a forma como as identidades são representadas.

Então, as diferentes épocas culturais apresentam distintas formas de combinar as coordenadas de tempo como resultado de todo um contexto histórico, que na modernidade sofreu grande impacto com os movimentos modernistas da arte no final do século XIX e inicio do século XX, com novas relações de espaço e tempo a partir das novas ideias e concepções que foram surgindo como resultado de uma nova sociedade.

Nesse contexto, a sociedade agora é influenciada pela modernidade que apesar de não ser recente, estimulou a autonomia nacional e a tendência ao desenvolvimento da globalização nas sociedades.

A partir dos anos 70, houve o aumento da integração global entre as nações, o que se constituiu como um dos aspectos que passou a interferir sobre as identidades culturais, provocando o destaque do autor de três possíveis conseqüências dessa transformação: a desintegração das identidades nacionais; a resistência das identidades nacionais a globalização e o declínio das identidades nacionais com o surgimento de novas identidades hibridas.

Alguns teóricos, defendem que as identidades globais, ao exercer maior influência em busca da interdependência sobre as sociedades, causaram o afrouxamento das identificações das culturas nacionais, com o reforço cultural do estado-nação que agora exerce seu poder de domínio sobre o meio, para tal produz uma multiplicidade de estilos que se chocam entre si no período Pós Moderno global, onde as culturas nacionais sofrem influencias internas com a infiltração cultural.

Então as identidades nacionais, estas representam vínculos a lugares, eventos, símbolos ou histórias particulares, que antes eram bem definidas em si quanto ao reconhecimento da sua cultura e do sentimento de pertencimento do sujeito em relação ao espaço no qual se faz presente, agora sofre influências que as tornam desvinculadas, nesse contexto os sujeitos são influenciados por uma espécie de língua franca internacional quanto ao consumismo, á visão de sociedade e a sua atuação no meio, reproduzindo o que chamamos de Homogeneização cultural.

Assim a identificação nacional, a partir da homogeneização se torna mais universalista, o que provocou uma tensão que se prolongou pela modernidade, pois enquanto o crescimento dos estados-nações, das economias e das culturas nacionais davam foco ao universalismo, as culturas nacionais, a expansão do mercado mundial e da modernidade dão foco a cultura nacional.

No capítulo V, o autor Stuart Hall critica a visão ultrapassada daqueles que ainda acreditavam na homogeneização proveniente da globalização, como uma ameaça, ao considerar que esta poderia destruir as identidades nacionais. Para  tal destaca, que no mundo pós-moderno articulam-se  três qualificações com ideias de alguns autores sobre a questão da homogeneização das culturais nacionais, ou seja, as três possíveis consequências da globalização, : a primeira onde Kevin Robin defende que a cultura global não substituí a local, mas estes se articulam de modo a se pensar na integração, produzindo-se através da globalização novas identificações globais e também locais;  a segunda onde Doreen Massey destaca em sua teoria  da “geometria do poder” que a globalização é distribuída de forma desigual no mundo entre as regiões e populações; e a terceira de  Kevin Robins, que fala sobre quem é o mais afetado por essa homogeneização devido as desigualdades de poder cultural, já que através do capitalismo global temos a produção de sujeitos dependentes de nações que constituem-se como espelho para a sociedade reproduzindo uma visão de poder global, ou seja, a globalização como aquela que retém aspectos da dominação global ocidental e que também está por toda parte sofrendo influências da compreensão de espaço e tempo,

Na abordagem do texto quanto ao ritmo desigual do acesso a diversidade cultural produzida pela globalização, destaca-se o ocidente como setor dominante que produz os meios das industrias culturais que dominam as redes globais, que submetem-se as suas influências. Nesse contexto, acredita-se que as sociedades de periferia, a margem do ocidente e influenciadas pelas redes globais, estão abertas as influências do ocidente que na troca cultural desigual, tem acesso a diversidade cultural  da globalização só que de maneira mais lenta em relação as cidades do ocidente que tem a proliferação das escolhas de identidade de maneira mais intensa.

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