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Resenha De "Os Anos Dourados" - Eric HOBSBAWM

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Por:   •  29/10/2014  •  524 Palavras (3 Páginas)  •  4.712 Visualizações

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HOBSBAWM, Eric – “Os anos dourados”, in: A Era dos extremos: o breve século XX- 1914-1989. São Paulo, Cia. Das letras, 1996.

O texto do professor Eric Hobsbawm discute os 30 anos pós segunda guerra mundial. O texto explica como as modificações econômicas e sociais deste período revolucionaram a vida da maior parte da população mundial. Hobsbawm argumenta que terminado o conflito bélico em 1945, os principais governos do mundo trataram de reconstruir suas economias e enterrar de vez os graves problemas que assolavam o mundo desde 1929.

Alicerçados na busca pelo pleno emprego, na redução da miséria e da desigualdade social e na criação de um amplo sistema de proteção social, os países centrais do capitalismo procuraram aprofundar as transformações na condução da economia capitalista que tiveram início nos anos 30.

Através do aumento da intervenção estatal no planejamento econômico, no controle do sistema financeiro mundial e no aumento do investimento produtivo e tecnológico, os anos que se seguiram a 1945 trouxeram prosperidade a vida das pessoas através do crescimento econômico vertiginoso, aumento da produtividade agrícola e industrial e a consolidação de uma sociedade de consumo de massas.

Estas transformações aumentaram substancialmente a expectativa de vida das pessoas, difundiram uma enorme quantidade de produtos até então restritos às classes mais abastadas da sociedade; o pleno emprego e a criação de um Estado de bem-estar proporcionaram mudanças nos hábitos e costumes da sociedade como um todo, mas fundamentalmente, modificaram o padrão de vida das classes subalternas, principalmente as classes trabalhadoras.

Hobsbawm argumenta que vários fatores contribuíram para que este período fosse bem sucedido. Primeiramente o medo que os governos da Europa Ocidental tinham com relação ao avanço do comunismo a partir da URSS e da revolução social liderada pelos partidos comunistas que desde nos anos 20 e 30 rondavam os países centrais. A memória da grande depressão e do desemprego em massa também fazia parte da vida da maior parte dos líderes mundiais à época. Era perfeitamente natural que buscassem uma forma de organização econômica e social capaz de não reproduzir as terríveis mazelas doas anos 20 e 30.

A difusão da industrialização para a periferia do sistema, que também proporcionou melhorias significativas nos países subdesenvolvidos é também um feito dos anos dourados, na medida em que os fluxos de investimentos oriundos dos países centrais tinham como finalidade a produção e a modernização de parques industriais e a modernização agrícola, aumentando ainda mais a produtividade do sistema.

A grande revolução tecnológica reduziu e muito a demanda por mão de obra, fazendo com que menos pessoas fossem necessárias para a produção; o fim das grandes fábricas e suas chaminés também mostrava-nos que o mundo caminhava para uma nova forma de organização da produção. Na verdade, a necessidade de pessoas agora se dava na esfera do consumo, ou seja, era como consumidores em potencial que as pessoas poderiam ser incluídas no sistema.

Enfim, o capitalismo mundial pode viver uma época de bonança e prosperidade jamais antes visto. Esta prosperidade mudou a forma de vida da sociedade e paradoxalmente é a partir do seu sucesso que este mesmo período

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