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Resenha Guerra Civil na França

Por:   •  23/6/2017  •  Resenha  •  601 Palavras (3 Páginas)  •  737 Visualizações

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A breve experiencia do proletário no poder

Escrito originalmente como a “Terceira Mensagem do Conselho Geral da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT)”, A guerra civil na França de Karl Marx narra a primeira tomada do poder pelo proletariado na história, a Comuna de Paris.

A guerra franco-prussiana foi um dos fatores marcantes que resultou na tomada do poder pela classe trabalhadora de Paris. Após perder a guerra pra Prússia, que exigiu dentre diversas outras exigências o pagamento dos custos da guerra, Napoleão III, de forma vergonhosa, assinou a rendição cedendo todas as exigências da Prússia, na qual os custos cairiam sobre os trabalhadores. Cansados de custear as guerras, os trabalhadores fundam a Comuna de Paris, transformando a guerra franco-prussiana em uma guerra civil.

Após a queda do Segundo Império, Louis Thiers, se torna chefe do gabinete conservador e o principal articulador do lado burguês da guerra. Ao tentar destroçar os ditos subversivo que tomaram Paris, Thiers não contava que o proletariado teria o apoio da Guarda Nacional e de combatentes que se negaram a atirar em mulheres e crianças, assim, o governo se viu de mão atadas e migraram para Versalhes. Para Marx, toda a escória de Paris, havia fugido para Versalhes junto com a burguesia.

Thiers recebe destaque na obra de Marx que dedica algumas páginas exclusivamente a ele, como no frecho a seguir:

“ Thiers, esse gnomo monstruoso, encantou a burguesia francesa por quase meio século por ser a expressão intelectual mais acabada de sua própria corrupção de classe. Antes de se tornar um estadista, ele já havia dado provas de seus poderes mentirosos como historiador. A crônica de sua vida pública é o relatório dos infortúnios da França. ”

Thiers busca então ajuda ao seu até anteriormente rival, e mesmo após declarar que não abriria mão de nenhuma terra francesa, Thiers aceita além da entrega de algumas terras o pagamento de cinco bilhões de francos de ouro e recebe apoio da Prússia com a libertação de 100 mil prisioneiros franceses que foram utilizados pelo político na luta contra os parisienses da comuna. Mesmo com forte resistência, a comuna foi esmagada pelos burguêses com a ajuda dos prussiano, em sua obra, Marx ilustra a forma violenta e severa com que a comuna foi derrotada, acontecimento que ficou conhecido como “Semana Sangrenta”.

A Comuna de Paris era composta por um povo a frente de seu tempo, e aquela experiencia nos faz refletir sobre a possibilidade de um sistema de governo igualitário. Dentre as inúmeras mudanças estabelecidas pela comuna, podemos citar: a separação da religião do Estado; legalização os sindicatos; eliminação de trabalho noturno; e igualdade sexual. Além disso, os políticos poderiam ser demitidos a qualquer momento e seus salários não poderia ser maior do que o salário dos trabalhadores.

A Guerra Civil em França pode ser entendido como uma panfletagem de Marx, convocando a classe operaria francesa à ação contra o extermínio resultante da repressão dos militares de Versalhes ao povo da comuna, para o que ele acreditava que seria a emancipação econômica da classe trabalhadora.

Marx traz em sua obra uma visão não burguesa dessa curta (72 dias) tomada do poder e de gestão de Paris sob o comado do proletariado,

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