Resenha Thomaz Wood, Jr.

Resenha Crítica

“FORDISMO, TOYOTISMO E VOLVISMO: OS CAMINHOS DA INDÚSTRIA EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO”

Thomaz Wood, Jr.

Formado em Engenharia Química pela UNICAMP, Mestrando em Administração de Empresas da EASP/FGV e Profissional do Setor Fibras e Polímeros da Rhodia S.A., Thomaz Wood publica em 1992 o artigo “Fordismo, Toyotismo e Volvismo: Os caminhos da Indústria em busca do tempo Perdido” onde apresenta os métodos de produção da indústria automobilística do século XX detalhando a importância dos três sistemas na reestruturação da indústria da época. O autor cita no artigo o modelo de produção em massa - o sistema Fordista - apresentando a ascensão e queda do sistema, o nascimento e características do Sistema Toyota e, por fim, o sistema Volvo de produção.

Wood, antes de descrever o modelo de produção em massa de Ford, detalha primeiramente as origens do sistema da organização como máquina, ligando a forma de como o conceito de organização mudou com a mecanização do trabalho, além de abordar o surgimento do conceito de produção. O autor explora os problemas do mercado automobilísticos encontrados na época, citando a importância de Ford ao introduzir seus conceitos de produção, reduzindo dramaticamente os custos e melhorando substancialmente a qualidade. Deixa claro também, que o conceito de produção não é a ideia de linha contínua e sim a completa e consistente intercambialidade de partes, e a simplicidade de montagem.

A implementação das idéias de Ford em sua fábrica permitiu a redução do esforço humano na montagem, obtendo-se assim bons resultados, ou seja, foi possível aumentar a produtividade e diminuir os custos proporcionalmente à elevação do volume produzido. Wood também enfatiza que os carros de Ford foram projetados para uma facilidade de operação e manutenção sem precedentes na indústria, além de ter conseguido reduzir drasticamente o tempo de preparação das máquinas. Tal combinação de vantagens competitivas elevou a Ford à condição de maior indústria automobilística do mundo, sepultando virtualmente a produção manual.

Alguns fatores porém, levaram à queda do modelo de produção de Ford. Wood cita a falta de perspectivas de carreira do operário, a verticalização da produção e principalmente, a forma centralizada de gerenciar globalmente a empresa adotada por Ford.

O nascimento do sistema de produção flexível – Sistema Toyota – se deu graças à Toyoda e Ohno, que, após reflexões quanto ao modo de Produção adotado na Ford, perceberam que o mesmo sistema não poderia funcionar bem no Japão. Desta forma, Toyoda e Ohno desenvolveram uma série de inovações técnicas, possibilitando uma dramática redução no tempo necessário para alteração dos equipamentos de moldagem e tornando modificações nas características dos produtos mais simples e rápidas. Wood enfatiza o reflexo da aplicação de tais medidas como a redução dos custos de inventário, possibilidade quase instantânea de observação dos problemas de qualidade, que podiam ser rapidamente eliminados, além de citar como peça fundamental do sistema o Just-in-Time que coordenava o fluxo de componentes. Outra medida adotada foi a permissão dada aos operários de pararem a linha de produção caso detectassem algum