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Resenha de Costumes em Comum

Por:   •  20/4/2018  •  Resenha  •  685 Palavras (3 Páginas)  •  723 Visualizações

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UFFRJ – Instituto Multidisciplinar

Aluna: Aline do Nascimento Alves

Professor: Thiago Gomes

Curso: Historia Contemporânea I

Resenha – Costumes em Comum.

Edward Thompson foi um historiador inglês, famoso por seus estudos relacionados à classe operária inglesa. O autor segue uma orientação marxista, porém traz em seus estudos uma forte abordagem cultural. “Costumes em Comum: Estudos Sobre a Cultura Popular Tradicional”, neste texto foi buscado perceber as questões centrais apresentadas pelo autor no capítulo 6 – “Tempo, Disciplina de Trabalho e Capitalismo Industrial” do livro Costumes em Comum.

Thompson vai trazer ao longo do texto uma vários relatos e estudos de outros autores que expõem como foi a percepção do tempo entre os séculos XVII e XVIII na Europa, relacionando essas alterações na forma de perceber o tempo com impactos na disciplina de trabalho.

O autor logo no início diferencia a percepção de tempo em “tempo da natureza e o tempo do relógio” (p.268). Segundo o ele, o tempo da natureza pode ser entendido como uma visão cíclica, isso se deve ao comportamento cíclico da natureza que se expressa nas estações do ano e no comportamento dos animais, já o tempo do relógio é aquele que passa a ser expresso em medidas temporais, isso irá aumentar com o aumento da produção e disseminação de relógios na Europa.

Na introdução, Thompson argumenta que com o movimento do Capitalismo houve uma acentuada cisão cultural entre classes. O "folclore" entra em cena como a cultura tida como inferior da classe plebeia na visão de mundo da classe patrícia. Assim, frente a esse quadro preconceituoso, Thompson propõem a ideia de "costume" como práticas vivas adotadas pelos camponeses frente à realidade que encontraram com o advento do Capitalismo no século XVIII.

Em locais onde prevalecia à percepção de tempo através da natureza à organização do trabalho era mais centrada nas tarefas, não se tinha muita separação entre o trabalho e o viver, também não havia muita separação entre trabalho e relações sociais, o tempo era algo que deveria ser preenchido (p.271). Essa forma de perceber o tempo é mais característica em ambientes rurais e em pequenas comunidades agrícolas, onde as tarefas a serem realizadas dependiam muito das estações da natureza, não existia essa noção de trabalho com hora marcada, o trabalho além de ser uma forma de suprir as necessidades era também uma forma de passar o tempo.

O costume é apresentado como práticas antigas e constantemente repensadas pois fazem parte da realidade, são os costumes a arena na qual os camponeses agem no cotidiano. Como os costumes estavam formados dentre aqueles camponeses numa realidade pré-capitalista, tais costumes se chocaram com os novos valores do trabalho disciplinado do ambiente fabril ao qual muitos daqueles camponeses que migraram do campo para a cidade em busca de emprego encontraram. Essas diferentes mentalidades, rural e urbana, levaram a um conflito pensável em nível de classes.

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