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Resenha do texto de: MELLO, Leonel Itaussu Almeida. John Locke e o individualismo Liberal. In: WEFFORT, Francisco.(Org.).Os clássicos da politica. São Paulo: Ática,2003,v.1,p.80-89.

Por:   •  4/6/2015  •  Resenha  •  1.226 Palavras (5 Páginas)  •  1.246 Visualizações

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Resenha do texto de: MELLO, Leonel Itaussu Almeida. John Locke e o individualismo Liberal. In: WEFFORT, Francisco.(Org.).Os clássicos da politica. São Paulo: Ática,2003,v.1,p.80-89.

Resenhada por Marcos Roberto Werneck Lopes, graduando do 5º período do curso de  Historia pela Feuc.

        

* Leonel Itaussu Almeida Mello: Nasceu em Icém , interior de São Paulo, deslocou-se para à capital para estudar. Foi preso pelo regime militar e torturado o que lhe deixou sequelas físicas durante toda vida. Quando livre ensinou história em cursinhos e colégios, concluiu estudos de advocacia e de ciências sociais na USP. Fez mestrado em sociologia politica, doutorado em ciência politica e pós-doutor pela universidade da Califórnia (Berkeley), professor titular do departamento de ciência politica da USP, cargo obtido em concurso de concorrência acirrada. Dentre outros livros publicou: Argentina e Brasil: A balança de poder no cone sul, Quem tem medo de geopolítica?, A geopolítica do Brasil e a bacia do Prata. (Hucitec, São Paulo). Era membro permanente, e permanente participante dos debates, na congregação da FFLCH-USP. E faleceu em 2013.

* Francisco Weffort é um dos mais renomados representantes da ciência política no Brasil. Professor titular aposentado do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo, Francisco Weffort foi Ministro da Cultura na gestão de Fernando Henrique Cardoso e atualmente é pesquisador do IEPES (Instituto de Estudos de Políticas Econômicas e Sociais) e professor visitante do IFCS/UFRJ (Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro).

O leitor encontrará na obra organizada por Francisco Weffort textos fundamentais para a compreensão do pensamento de Maquiavel e de sua dura visão sobre o poder, no século XVI: de Hobbes e Locke, testemunhas da Inglaterra conturbada e revolucionária do século XVII; de Montesquieu, admirador da política liberal inglesa sob o absolutismo francês do século XVIII; de Rousseau, precursor do pensamento democrático moderno e inspirador dos ideais da Revolução Francesa; de Madison, Hamilton e Jay. Defensores da Constituição dos Estados Unidos da América de 1787.

Ao tratar de John Locke o organizador da obra trabalha com o texto de autoria do ex-professor titular do departamento de ciência politica da USP, Leonel Itaussu Almeida Mello.

O capítulo vem trazendo um breve resumo sobre as revoluções inglesas, para o leitor poder se situar ao contexto do discurso de John Locke, pensador inglês com ênfase no individualismo. Esse pensamento é uma opinião que demonstra a declaração do indivíduo ante a sociedade e o Estado.

O autor começa seu texto considerando, o acirrado antagonismo entre a coroa representada pela dinastia Stuart que defende o absolutismo e a burguesia ascendente  partidária do liberalismo. O que Modesto Florenzano na obra (as revoluções burguesas, 1986) vai sabiamente concluir  da seguinte forma: “ [...] (uma) disputa pela posse da soberania, isto é, da direção politica do Estado.” E que Perry Anderson em; (Linhagens do Estado Absolutista) vai  dizer se tratar de uma “derradeira tentativa [...] de manter seus privilégios, principalmente contra a ameaça do campesinato, ficando o perigo burguês para um segundo plano.”

 Esses conflitos assumiram então conotações religiosas, mesclando lutas entre as representadas denominações. (católicos, anglicanos, presbiterianos e puritanos) Somado a todos esses fatores o autor aponta ainda a crise politica e econômica, agravada pela rivalidade entre os beneficiados pelo monopólio mercantilista concedido pelo Estado e os setores que advogam a liberdade de comercio e de produção. Parece-nos que todo esse conflito não passa de uma queda de braços pela disputa do poder.

Para o autor os fatos mais marcantes dessa trajetória além das crises politicas e econômicas que permearam todo cenário vai se acentuar quando Jaime II cometer abusos levando assim a  união dos partidos conservadores e liberais a apoiarem Guilerme de Orange na deposição do rei  assumindo  assim seu lugar, recebendo a coroa do parlamento. Esse fato assinala segundo o autor o triunfo do liberalismo politico sobre o absolutismo e assegura a supremacia legal do parlamento sobre a realeza instituindo na Inglaterra uma monarquia limitada segundo visão de Locke.

Durante todo o texto fica clara a luta constante pelo poder e pela garantia  de direitos a todos os indivíduos, o que vai se configurando a partir dos escritos de John Locke que teve como mentor segundo o autor, Shaftesbury destacado politico liberal, líder dos whigs e opositores do rei Carlos II no parlamento.

O autor mostra Locke como filosofo responsável e defensor das ideias de liberdade e tolerância religiosa assim como fundador do empirismo, doutrina segundo a qual todo conhecimento vem das experiências  que passará ser conhecida como teoria da tábula rasa do conhecimento, por acreditava ser a mente humana um papel em branco sem caracteres, que precisa ser ativada a partir das experiências. A teoria de Locke é uma crítica a doutrina das ideias inatas  formulada por Platão, segundo a qual determinadas ideias, princípios e noções são inerentes ao conhecimento humano e existem independente da experiência.

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