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Resumo do capítulo: O problemático evangelho do trabalho - O século de Schnitzler: a formação da cultura da classe média, Peter Gay.

Por:   •  27/3/2022  •  Resenha  •  746 Palavras (3 Páginas)  •  200 Visualizações

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RESUMO DO CAPÍTULO: O PROBLEMÁTICO EVANGELHO DO TRABALHO

GAY, Peter. “O problemático evangelho do trabalho”. In.:______. O século de Schnitzler: a formação da cultura da classe média – 1815-1914. Tradução de S. Duarte. São Paulo, Cia. das Letras, 2002, p. 210-237.

Peter Gay discorre em “O problemático evangelho do trabalho” sobre a relação das classes com o trabalho e o ideal do trabalho no século XIX. Inicialmente tratando sobre os burgueses, afirma que estes consideravam o trabalho precioso, um princípio ao qual se sentiam obrigados a aderir, princípio formador de caráter, que purificava a alma e prevenia contra o pecado, sendo tão eficaz quanto a oração. O autor nos prova tais afirmações com canções e provérbios, citando por exemplo a canção alemã Arbeit. Citando Carlyle, Gay nos informa que o trabalho quase literalmente definia uma pessoa de bem, e por isso socialmente era bastante elogiado e enaltecido. Entretanto, Peter, lembrando os críticos da burguesia moderna, lembra que exaltar as virtudes do trabalho significava também enaltecer o ganho financeiro, um ideal certamente vulgar.

Ao mesmo tempo que os vitorianos idealizavam o trabalho, lamentavam necessariamente seu oposto, eram convictos de que a ociosidade não é apenas viciosa moralmente, mas também é fisicamente debilitante: “O destino mais provável dos preguiçosos é uma vida curta”. O trabalho e o carácter eram inseparáveis. Eram comuns socialmente o descaso e censura aos vadios, o ócio, citando Horace Mann, é o maior dos absurdos e a mais vergonhosa vergonha. Citando o artigo “Uso adequado do tempo”, tem-se que a ociosidade escraviza a mente, necessitando de grandes esforços para libertar-se. A riqueza e o conhecimento perdidos poderiam ser recuperados, todavia o tempo se vai para sempre.

O autor cita que o evangelho do trabalho era quase exclusivamente um ideal burguês, em maioria, os aristocratas não lhe davam valor e os pobres não precisavam dele. Para as camadas baixas das classes médias e para os trabalhadores pobres das cidades e campos a pregação do evangelho do trabalho, conforme Peter, deve ter parecido desnecessária ou irrelevante perante sua situação, e talvez até mesmo insultante. Estes não precisavam ser convencidos a trabalhar e muito menos receber conselhos sobre os benefícios do trabalho para o seu caráter, pois trabalhavam porque queriam sobreviver.

Sobre a posição da mulher frente ao trabalho, o autor nos expõe que os escritores que realizavam sermões sobre trabalho dirigiam suas mensagens ao macho da espécie, mas ninguém duvidava de que as mulheres tinham trabalho a fazer, todavia, a doutrina da separação das esferas do século XIX dividia claramente os sexos e ditava o território adequado para o trabalho das mulheres de classe média: a família, gerenciar o lar. O trabalho das mulheres era responsável, variado, árduo e jamais terminado, principalmente depois que a teoria dos germes como causadores de doenças passou a ser geralmente aceita, evento que promoveu a mulher a praticamente “auxiliar de médico”, nas palavras de Peter Gay. Até a década de 1860, o autor nos revela que o trabalho da mulher fora do ambiente doméstico era bastante limitado.

Concluindo seu escrito, Peter problematiza sobre a idealização burguesa de trabalho e a situação concreta dos trabalhadores

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