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Soberania e Liberdade para Maquiavel

Por:   •  7/8/2018  •  Resenha  •  427 Palavras (2 Páginas)  •  570 Visualizações

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Soberania para Maquiavel:

Em sua obra O Príncipe, Maquiavel busca detalhar a trajetória que todo soberano deve percorrer para que haja o pleno domínio do poder, uma soberania irrestrita, abstraído de qualquer moral presente na sociedade para se manter no poder.  Onde o soberano se cria com base em um Estado que possa ter o domínio sobre seu povo, com uma autonomia que se firme longe da ética, moral e religião. Todo soberano tem como alvo a permanência de seu governo e manutenção da estabilidade política e social, tendo como função proteção de suas fronteiras, garantir a prosperidade, a união e o futuro da nação, ainda que seja necessário o uso da força para que obtenha o êxito. Além disso, o “príncipe” deve conhecer a virtú (habilidades e conhecimentos necessários para o exercício de sua função) e a fortuna (sorte e casualidades formadas arbitrariamente em seu governo).

Além disso, se houver necessidade o soberano poderá ser cruel, se suas ações obtenham resultados benéficos, “os fins justifiquem os meios”, agindo sempre que as circunstâncias exigirem que o governante faça o mal, mas deverá aplicá-lo de forma única, para que o bem posterior seja aplicado aos poucos e seja sempre lembrado, garantindo que o povo se recorde dos benefícios, uma estratégia que o soberano deve utilizar, evitando revoltas e caos, preservando seu poder e a ordem. Por outro lado, um bom governante necessita ser prudente, conhecer a história e os fatos que o antecederam para ter a capacidade remediar o futuro, essa habilidade é uma estratégia política, econômica e social. Por fim, todo soberano deve ser temível, principalmente em um cenário que não existe plena integridade humana, pois os mesmos podem ser corruptíveis, dissimulados, desonestos e infaustos em suas ações, logo o temor e medo têm como papel assegurar que as pessoas não tentem acometer o próprio governante.

Para Maquiavel, a liberdade pode ser uma qualidade que se apresenta em todo Estado bem estruturado e independente, ou seja, livre de qualquer dominação estrangeira de outrem, contudo, o papel da liberdade pode ter uma influência negativa quando expressa diretamente nos indivíduos, pois os mesmos devem estar submetidos ao Estado, para que haja o pleno domínio da ordem, logo, muitas questões do individualismo, inclusive a liberdade, deve ser dosada. Por fim, na obra, a mesma ainda pode ser um recurso de manipulação utilizada pelo soberano, um artifício para a contingência da população, afinal, um povo que tenha o sentimento de liberdade, mesmo que não seja propriamente um fato real, tem menos chances de se corromper ou atentar contra o soberano.

 

 

        

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