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Steve Biko - Resumo da biografia

Por:   •  22/5/2018  •  Relatório de pesquisa  •  596 Palavras (3 Páginas)  •  1.591 Visualizações

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Steve Bantu Biko, foi um ativista antiapartheid, que nasceu em 18 de dezembro de 1946 e morreu em 12 de setembro de 1977, aos 30 anos. Biko foi um importante líder contra o segregacionismo na África, militando desde a universidade contra o regime. Estudante de medicina, formou a Organização dos Estudantes Sul-Africanos em 1968, e foi expulso da universidade por isso.

Divulgador do slogan “Black is beautiful”, o pensamento de Biko deu origem ao movimento da Consciência Negra, que segundo ele é: “ a Consciência Negra é, em essência, a percepção pelo homem negro da necessidade de juntar forças com seus irmãos em torno da causa de sua atuação – a negritude de sua pele – e de agir como um grupo, a fim de se libertarem das correntes que os prendem em uma servidão perpétua. Procura provar que é mentira considerar o negro uma aberração do “normal”, que é ser branco. É a manifestação de uma nova percepção de que, ao procurar fugir de si mesmos e imitar o branco, os negros estão insultando a inteligência de quem os criou negros. Portanto, a Consciência Negra toma conhecimento de que o plano de Deus deliberadamente criou o negro, negro. Procura infundir na comunidade negra um novo orgulho de si mesma, de seus esforços, seus sistemas de valores, sua cultura, religião e maneira de ver a vida. ” 

Na concepção de Steve, a libertação psicológica do negro, antecede a libertação física. Para ele os negros deviam tomar consciência de seu valor, enxergando sua beleza, e sua capacidade intelectual e de trabalho. Os negros não deveriam se ver como estrangeiros em seu próprio país, devia-se rejeitar o sistema valorativo branco.

Em 1972, criou uma organização maior denominada Convenção das Pessoas Negras, e no ano seguinte, pela proliferação de seus discursos, o governo o vê como um criador de conflitos raciais, e, portanto, uma ameaça à ordem pública. Foi proibido de falar em público e transitar pelas áreas da África do Sul.

Em 18 de agosto de 1977, foi preso por um bloqueio feito por policiais numa estrada. Perseguido por ser um homem influente e contra as políticas raciais, foi levado para a delegacia e durante 22 horas foi torturado e espancado. Após o episódio, Biko ficou em coma por dias, sendo levado no dia 11 de setembro, nu e algemado, para uma prisão com instalações hospitalares, porém não resistiu e veio a óbito no dia 12 de setembro de 1977.

Segundo os policiais, sua morte fora consequência de uma greve de fome feita pelo ativista, todavia, após ser analisado, a autópsia revelou diversos ferimentos na cabeça, como contusões e escoriações, levando-o a uma hemorragia cerebral, que foi a causa real de sua morte.

Depois do ocorrido, diversas organizações de consciência negra foram fechadas, e pessoas que apoiavam sua causa, e/ou sabiam dos motivos de sua morte, foram caladas. Em seu funeral, foram embaixadores e diplomatas de diversos países da Europa Ocidental e dos Estados Unidos, além de ter sido assistido por mais de 10 mil pessoas.  

Segundo Nelson Mandela “Eles tiveram que matá-lo para prolongar a vida do apartheid“.

Após a sua morte, em 1978, seu amigo pessoal, e jornalista inglês Donald Woods, publicou a biografia “Biko”, e um ano depois, os escritos de Steve foram publicados pelo título de “Escrevo o que eu quero”.

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