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Síntese do texto de Jean Glénisson

Por:   •  14/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  490 Palavras (2 Páginas)  •  291 Visualizações

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O Objeto Material da Pesquisa: o documento

A partir do texto de Jean Glénisson, O Objeto Material da Pesquisa: o documento, pode-se ter uma noção do que o documento representa para o historiador. Como a denominação da palavra documento em sentido amplo está em função de fontes escritas emanadas pelos poderes públicos, privados ou administrativos, faz-se necessário executar uma diferenciação quanto as categorias. Sendo essas baseadas em fontes de natureza subjetiva e objetiva, onde na primeira encontram-se os testemunhos involuntários caracterizados pela ação involuntária do homem, e na segunda constitui-se os testemunhos voluntários, ou seja, aqueles intencionalmente produzidos pelo homem. Em um sentido especificado, desenvolver as definições das fontes faz com que a delimitação do que é documento deixe de ser restringida apenas ao que está escrito, e categoriza as fontes em materiais, orais e imateriais.

Por não haver um padrão de pesquisa, principalmente dos estudos do passado, deve-se haver uma aceitação para todos os tipos de documentos, que vão além do escrito. Assim como o discernimento do método a ser utilizado de acordo com a pesquisa a ser feita. A importância destes é integral, porém, a autenticidade se dá através de uma análise crítica desses documentos, sendo mais difíceis de autenticar aqueles que são imateriais e orais pelo requerimento de uma interpretação e contextualização. Dessa forma, essencialmente acabam sendo priorizados os documentos escritos.

Na atualidade tornou-se mais fácil o contato com a documentação, principalmente a escrita, devido a permissão do acesso aos arquivos para os historiadores. Primordialmente, a História era escrita a partir da oralidade devido ao fato de que mesmo já havendo a existência de arquivos, estes não eram abertos aos historiadores, por serem restritos a fins políticos e administrativos. Em decorrência da Revolução Francesa este cenário é modificado, onde o historiador passa a ter direito ao acesso. No entanto, somente na contemporaneidade é que os arquivos passam a se multiplicar e sua documentação começa a ser utilizada para além de uma História política adentrando o meio social e crescendo a exploração das pesquisas na área.

Glénisson, ao desenvolver sua argumentação sobre a importância dos documentos, explana também a importância de garantir a veracidade dos testemunhos. Através da crítica externa embasada na indagação acerca da originalidade do documento, analisa-se este verificando se o mesmo ainda corresponde a sua forma de origem, ou seja ao objetivo de sua criação. Procedendo a técnica metodológica para identificar a autenticidade, usa-se a cronologia, a paleografia, a diplomática e a filologia. Ainda sobre a legitimidade do documento, a crítica interna é um dos métodos utilizados para o seu fim. Por meio das análises de discurso, comparando o testemunho com outros documentos, entre outros meios.

Obedecendo estas classificações, definições e critérios, a função do documento para o historiador é servir de fonte para o embasamento de pesquisas e outras atividades que exploram o passado. Sendo necessário que o historiador seja cauteloso e disposto a examinar o documento sem considera-lo como portador de uma verdade absoluta.

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