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Tradições de Governanças Consensual na Construção da Jurisdição do Estado

Por:   •  17/5/2023  •  Resenha  •  753 Palavras (4 Páginas)  •  64 Visualizações

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Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Instituto de História - IH

Disciplina: América Colonial - IHI214

Docente: Gabriel Aladrén

Discente: Ana Paula Gonçalves Pereira

DRE: 122093305

Período: 2023.1

Primeira Síntese

Referência: Jack P. Greene. “Tradições de governança consensual na construção da jurisdição do Estado nos impérios europeus da Época Moderna na América”. In: João Fragoso e Maria de Fátima Gouvêa (orgs.). Na trama das redes: política e negócios no império português, séculos XVI‐XVIII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010, pp. 96-114.

Jack P. Greene, no capítulo II do seu livro, traz de forma bem clara como era a liberdade dos colonos ingleses e como ocorreu a transferência de instituições parlamentares para a América por meio dos primeiros colonizadores britânicos. Conforme a colonização britânica ia acontecendo para além do mar, era indispensável para os proprietários britânicos operarem com instituições representativas britânicas.  

De acordo com o texto, no início da era da colonização moderna os Estados-nação da Europa não tinha recursos suficientes para instalar uma hegemonia rápida e direita. Contudo, surgiram pessoas influentes ou companhias autorizadas que estavam dispostas a arriscarem no Novo Mundo, levando, assim, uma ocupação populacional europeia para a América. Esses “aventureiros” tinham a responsabilidade de dominar lugares que até então não eram dominados pela Europa. Assegurando, pelo menos, uma mínima jurisdição sob os territórios recém dominado.

Por causa dos altos custos da colonização eram muitos poucos aventureiros que conseguiam se sustentar sozinhos. Por isso, muitos aventureiros procuravam ajuda de colonos, negociantes e todo e qualquer tipo de indivíduo que participava do processo de colonização. E foi por meio disso que esses tais aventureiros começaram a construir propriedades e negócios, criando assim pequenas cidades e unidades política. Transformando, aos poucos, o aspecto indígena em um cenário europeizado.  

Durante a Época Moderna, na Europa, eram poucos os homens que conseguiam independência socioeconômica e, com isso, alcançar voz nas decisões políticas. Em contrapartida, na América estava sendo mais fácil adquirir independência socioeconômica pela grande disponibilidade de terras e recursos da região. Surgindo assim grandes reivindicações de fortes colonos para que as colônias obtivessem os mesmos direitos que as metrópoles europeias tinham. Resultando, assim, “no surgimento de novas fronteiras coloniais, de muitos centros novos e relativamente autônomos do poder europeu, que estavam, na realidade, sob o controle local” (pág. 100).

Esses centros iam ficando cada vez mais parecidos com os centros europeus, transformando o Novo Mundo aos poucos no “Velho Mundo”, no local de origem dos colonizadores. E com o crescente aumento de imigrantes para as colônias, as leis e as instituições tornaram-se europeias, já que os colonos, os imigrantes europeus, faziam questão de que as leis e as instituições fossem do seu lugar de origem. Para simbolizar as “suas identidades como membros das sociedades europeias às quais eles estavam ligados. Tais identidades, a seus olhos, estabeleciam sua superioridade em relação ao povo aparentemente inculto e rude que eles procuravam desapropriar, além de os distinguirem deles” (págs. 100,101).

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