TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

UMA BREVE HISTÓRIA DO PERÍODO FEUDAL E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O CONHECIMENTO

Por:   •  21/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.802 Palavras (16 Páginas)  •  273 Visualizações

Página 1 de 16

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

CAROLINA LIN

ELISA VARGAS

ELLEN ARAÚJO

GABRIELA MALDONADO

MAEBY BUOSI

MARINA MORGADO

UMA BREVE HISTÓRIA DO PERÍODO FEUDAL E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O CONHECIMENTO

SÃO PAULO

2017

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

CAROLINA LIN

ELISA VARGAS

ELLEN ARAÚJO

GABRIELA MALDONADO

MAEBY BUOSI

MARINA MORGADO

UMA BREVE HISTÓRIA DO PERÍODO FEUDAL E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O CONHECIMENTO

Trabalho apresentado à Unidade Temática: Fundamentos Básicos da Pesquisa Científica, do curso de Pedagogia, da Faculdade de Educação, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP.

Prof.ª Dr.ª Maria Celina Teixeira Vieira

SÃO PAULO

2017


  1. Sociedade

A sociedade feudal se formou na Idade Média europeia e tinha como origem a mistura de elementos do Império Romano e dos povos germânicos invasores. Sua sobrevivência baseava-se em elos duradouros, fundamentava-se em relações de dependência e pertencimentos e estruturava-se nas organizações políticas dos castelos feudais e do trabalho das terras. Foi marcada pela posse de terras (feudos), força das armas e pensamento religioso. Era hierarquizada e estamental; hierarquizada, pois era muito difícil uma pessoa ascender socialmente e estamental, pois cada indivíduo assumia um papel muito bem definido, geralmente de acordo com o grupo em que nasceu. Este modelo recebeu total defesa da Igreja e o povo não oferecia resistência alguma, isto é, aceitavam as condições em que viviam por acreditarem se tratar de uma escolha divina a elas, tudo por que o Teocentrismo era o pensamento dominante da época.

Os senhores feudais, cujo grupo social em que pertenciam era desuniforme, eram os donos das terras e as recebiam por meio de herança familiar ou doações que eram efetuadas pelos Suseranos. Existiam também os Vassalos que recebiam estas terras. Neste esquema de negociação o Vassalo firmava um pacto de lealdade militar com o Suserano que lhe doara terras, isto é, comprometia-se com o dever de servir-lhe em casos de guerras ou conflitos com outros nobres, portanto, a atividade militar era fundamental. Os nobres deveriam conhecer técnicas de combate, possuir armas e cavalos e fazer treinamentos constantes para enfrentar os inimigos. Já os camponeses possuíam diversas obrigações e eram pressionados por armas a cumpri-las. A vida nos feudos era precária; além da má alimentação, não haviam escolas, hospitais, delegacias, nem qualquer tipo de assistência a vida. Porém, se não tivessem a proteção do feudo, não estariam vinculados a terra e não teriam garantia para seus descendentes. Estar em comunidade era estar protegido, por isso a condição do servo era aceitável e desejada.

Em suma, a ordem social feudal e suas funções consistiam em: Rei, aquele cujo papel desempenhado era o de soberano sobre todos, porém não possuía poder absoluto, mas simbólico sobre os senhores feudais, que tinham suas terras distribuídas por entre seus vassalos. O Clero era composto pelos integrantes da Igreja Católica (padres, sacerdotes, bispos, papa, etc.) e cabia-lhe cuidar da vida espiritual de toda a sociedade; embora a função desta ordem fosse rezar, também exercia influência política, moral e psicológica. A Nobreza abrangia os Senhores feudais (donos das terras e das riquezas) e os guerreiros, mas ela se subdividia em Alta Nobreza que eram aqueles que prestavam vassalagem diretamente ao rei e Pequena Nobreza que se estendia àqueles que eram vassalos de outros senhores até chegar nos modestos cavaleiros. Por fim, Camponeses (servos) que trabalhavam com a produção agrícola e recebiam o direito de habitar nas terras do feudo. Não havia salário, nem outro tipo de pagamento. Ofereciam sua vida, seu trabalho e sua servidão em troca de proteção e ajuda.

[pic 1]

  1. Política

Politicamente, o sistema feudal embasava-se nas relações de suserania e vassalagem, recordando que suseranos eram reis ou nobres que visando obter determinados compromissos, em especial militares, concediam a outro nobre (Vassalo) um benefício que, em geral, era um feudo. Contudo a insegurança do período impulsionou reis e nobres estabelecerem relações diretas entre si aspirando à proteção recíproca. Com o intuito de obter maior apoio militar possível os Grandes Senhores procuravam unir-se a outros senhores menores e para viabilizar este laço era realizada a subenfeudação onde um senhor concedia parte de seu feudo em benefício a outro nobre e possibilitava que um mesmo senhor desempenhasse o papel de suserano e vassalo simultaneamente.

Oficialmente a autoridade política máxima era o rei, pois este era suserano dos grandes senhores e não se valia de vassalo a ninguém. Todavia, a dinâmica real do poder se mostrava diferente por este ser fragmentado entre os senhores feudais configurando uma estrutura política descentralizada. Tais relações eram firmadas através da cerimônia de investiduras que compreendia em três atos: a Homenagem em que o vassalo reconhecia a soberania do suserano; a Investidura propriamente dita onde o suserano concedia ao vassalo a pose do feudo e o Juramento de fidelidade prestado pelo vassalo o qual, em contrapartida, recebia a promessa de proteção por parte do suserano.

Resumindo, era obrigação do vassalo prestar auxílio militar a seu suserano caso convocado; hospeda-lo (com sua comitiva) quando passasse pelo feudo; contribuir com o dote de suas filhas e com a cerimônia de cavaleirismo de seus filhos. Reciprocamente, o dever do suserano com seu vassalo era proporcionar-lhe proteção militar; garanti-lo na pose do feudo; assegurar-lhe o direito de ser julgado por um tribunal de senhores caso fosse acusado de um crime e proteger a viúva de um vassalo falecido.  

  1. Economia

A crise do Império Romano no Ocidente desencadeou o nascimento do sistema feudal, onde os feudos, considerados a base econômica, eram representados por grandes extensões de terras localizadas em áreas rurais e que eram comandados pelos senhores feudais. Neles encontram-se o castelo fortificado, as aldeias, as terras para cultivo, os pastos e os bosques. A divisão do feudo era: Manso Senhorial que compreendia as melhores e maiores terras do feudo cujo pertencimento era do senhor feudal e que eram suficientes para sustentar sua família. No entanto, os senhores não trabalhavam, o cultivo vinha pelas mãos dos servos ou camponeses. Manso Servil, terra dos servos, onde cultivavam seus próprios produtos necessários para sua sobrevivência. Porém, eles realizavam diversas obrigações e pagavam impostos aos senhores feudais. Manso Comum, área comum a todos os grupos e incluía os pastos, as florestas e os bosques. Neste caso toda produção cabia a todos usufruírem e em sua divisão, além do local destinado ao cultivo, havia também a área para caça e pastagem dos animais. Baseada numa estrutura econômica agrária e de autossuficiência onde se produzia o essencial para viver, o feudalismo concentrou-se no consumo bairrista da cultura e não às trocas comerciais. Haja vista a inexistência de um sistema monetário, a prática comercial realizava-se mediante ao Escambo (trocas de mercadorias cultivadas no próprio feudo).  Por mais que a agricultura fosse a principal atividade econômica desenvolvida, não se pode ignorar a marcante presença do artesanato, pois a partir de seu auxílio ferramentas e materiais de uso domésticos foram evoluindo.  

...

Baixar como (para membros premium)  txt (25.5 Kb)   pdf (156.6 Kb)   docx (28.6 Kb)  
Continuar por mais 15 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com