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A Educação Cristã e Santo Agostinho.

Por:   •  12/6/2017  •  Resenha  •  567 Palavras (3 Páginas)  •  1.342 Visualizações

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A educação cristã e Santo Agostinho.

Nascido em Tagasta em 354 d.C, e tendo sido professor em retórica e lecionado em Cartago, Roma e Milão, Agostinho foi uma das principais figuras do ensino religioso e medieval da época, sendo o modelo principal da educação cristã no ocidente. Neste campo, ele foi autor de uma importante obra da pedagogia, chamada De Magistro (O Professor), no qual alega que o órgão principal de todo aprendizado é o logos ou mestre interior (autoeducação), que atuava por iluminação divina, servindo-se de palavras e sinais delas como meios de comunicação com estes. Tinha desprezo pelo ensino severo, bruto, áspero que era empregado em sua época, coisa que é relatada em sua obra Confissões, livro este que também narra a sua conversão ao cristianismo, aos 32 anos, depois de uma vida cheia de pecado. Após isso, volta para a sua cidade natal, e ali mesmo fica até ser nomeado como bispo da igreja de Hipona, mesmo que isto não estivesse em seus planos, função que ele exerce até a sua morte. No período em que Agostinho viveu, a educação andava de mãos dadas com a religião, e o seu caráter doméstico é substituído por um sistema de instrução através de perguntas e respostas chamada catequese. Com isto, surgiram os conceitos de catecismo, uma doutrina religiosa, e também o termo catecúmeno, que se aplicava às pessoas que foram instruídas através da religião. Após isto, surgem as escolas catecúmenas, que eram em seu principio, feitas para preparar adultos para o batismo. Entretanto, com o tempo, crianças começaram a estudar lá também, e nisso veio também o ensino da leitura, escrita e canto para os mesmos. Com o crescimento delas, veio a se exigir a formação de mestre na catequese, devido a isso, algumas delas se modificaram em escolas de catequistas, feitas para ensinar e qualificar pessoas para ensinarem nas catecúmenas. Nesta mesma época, surgiram escolas de gramática e de retórica, que ensinavam as ciências e filosofias gregas, porém só podiam entrar nelas as pessoas que já conseguiram passar da catequese e do batismo. A influência de Agostinho na educação cristã da época fora tão grande que fez com que a pedagogia usada naquele momento passasse por uma transformação importante, no qual o próprio cristianismo passou a ser visto como um meio para disciplinar e educar a partir do processo de contemplação, com um dos seus principais pontos sendo o de conflito e inquietação, muitas vezes fazendo os alunos escolherem entre diversos propósitos para se autoeducarem a partir deles. De acordo com ele também, eram quatro as razões no qual o ensino poderia falhar: Pouca capacidade do mestre, repetição cansativa de conhecimentos, reduzida inteligência do educando, e desatenção do aluno. Para ele, o professor apenas deveria indicar o caminho, e o aluno é que deve percorrer ele por conta própria. As principais matérias que deveriam ser ensinadas de acordo com Agostinho para as crianças e adolescentes de seu tempo eram: A leitura, escrita, cálculo, gramática, retórica, dialética, geometria, filosofia e teologia. Analisando também os seus escritos, se nota que ele via a educação e a religião cristã como uma só, diferente da educação atual, que é laica. Entretanto, isso não significa que tudo que Agostinho escreveu está obsoleto, muito pelo contrário, várias de suas ideias remetem a situações e conceitos da pedagogia moderna, mesmo que ele se baseie na fé cristã, e os pedagogos atuais, na razão.

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