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A LINGUAGEM SIMPLIFICADA DA INTERNET: UM RISCO DE EMPOBRECIMENTO DA LÍNGUA CULTA?

Por:   •  21/6/2017  •  Monografia  •  7.148 Palavras (29 Páginas)  •  425 Visualizações

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A LINGUAGEM SIMPLIFICADA

DA INTERNET: UM RISCO DE EMPOBRECIMENTO DA LÍNGUA CULTA?

  1. INTRODUÇÃO

1.1 APRESENTAÇÃO

Esta pesquisa terá como núcleo de estudo, a projeção da linguagem dos internautas utilizada no meio virtual sobre a linguagem culta, pois o advento da Internet trouxe uma cultura divergente da norma culta da língua, que vai ao encontro da maneira como o povo fala, abreviando e simplificando a comunicação. Nos últimos tempos, a Internet modificou de maneira substancial os hábitos de escrita, tornando-se assim mais fácil.

É mister que cada povo possui sua língua, seu modo de se expressar. Cada segmento de nossa sociedade, assim como indivíduo, possui uma maneira de exprimir-se. A língua está em constante transformação, adota neologismos e expressões idiomáticas, enquanto outras caem em desuso. É um processo natural que acompanha as transformações sociais, econômicas, culturais onde o povo é o agente deste processo. A Internet nessas constantes transformações também criou sua variante da língua.

Contudo, não se pode permitir que a título de popularizar, de facilitar a comunicação, se dê nova forma à língua, operando uma simplificação excessiva que acabará por conduzir o seu empobrecimento.

Dessa forma, objetiva-se buscar dados teóricos para pequena análise dos códigos e símbolos utilizados pelos internautas, de forma a dizer o que permanece ou o que se modifica, quando do uso excessivo dos códigos lingüísticos de forma simplificada.

1.2 JUSTIFICATIVA

Para o falante de língua portuguesa, especialmente os brasileiros, havendo a comunicação não há necessidade de preocupação com a forma padrão.

Entretanto, a vida não se resume a momentos informais, familiares, amistosos e descontraídos. Com muita freqüência somos jogados diante de situações que nos obrigam a falar ou escrever corretamente e devido a pequenos detalhes lingüísticos podemos nos reprovar diante de minuciosos efeitos conjunturais.

A necessidade de analisar e cotejar a Linguagem da Internet X à Língua Culta deu-se pela preocupação em perceber que a primeira está coagindo a segunda, ou seja, o nosso idioma. Será que isso não faz com que percamos um pouco da nossa identidade cultural?

Sabe-se que a língua sempre se modifica, e a norma culta a acompanha quando esta mudança se torna regra geral, como é o caso de algumas gírias ou expressões populares, hoje consagradas em dicionários. O fato é que a mesma norma culta requer mais atenção.

1.3 PROBLEMA

Colossal se faz lembrar que a tecnologia facilitou a vida das pessoas. Mas será que a linguagem usada nos modernos meios de comunicação, como a internet, não estão amplificando e reforçando as deficiências de muitos falantes da  língua portuguesa?

 

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

  • Analisar a linguagem codificada e simplificada dos internautas fazendo associações entre as variáveis: Linguagem da Internet e Linguagem Culta.

  1. Objetivos Específicos
  • Fazer uma comparação da língua culta com a língua codificada dos internautas.
  • Provar que a comunicação tornou-se mais ágil e atrativa para os adolescentes.
  • Mostrar que a língua está em constante transformação, mas que ela não deve sofrer uma simplificação excessiva que leve a um possível empobrecimento.

1.5 HIPÓTESES

A Internet, a maior rede de comunicação e informação criada pelo homem, também criou uma comunidade com sua variante da língua;

Cada vez mais novos usuários se agregam a essa comunidade, o que possivelmente poderá fazer com que percam sua identidade cultural.

Tal acontecimento poderá ser verídico, já que o uso excessivo de códigos leva o indivíduo a cometer abreviações grosseiras, tanto na linguagem oral como na linguagem escrita.

Tal exagero no uso das abreviações ocorre pelo fato de que, é preciso no mundo acelerado de hoje, economizar tempo e facilitar o trabalho.

1.6 METODOLOGIA

1.6.1 Classificação da Pesquisa

Segundo Gil (2002, p.41):

É sabido que toda e qualquer classificação se faz mediante algum critério. Com relação às pesquisas, é usual a classificação com base em seus objetivos gerais. Assim, é possível classificar a pesquisa em três grandes grupos: exploratória – tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema: descritiva – tem como objetivo a descrição das características de determinada população ou fenômenos; e explicativa - tem como preocupação identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos.

Para o estudo realizado, foi necessária uma pesquisa exploratória, pois segundo Ferrão (2003, p.80):

A pesquisa exploratória é o primeiro passo para o trabalho científico.

Geralmente é bibliográfica, pois avalia-se a possibilidade de desenvolver uma pesquisa sobre determinado assunto. Estabelecem critérios, métodos, técnicas para a elaboração de uma pesquisa. Visa oferecer informações sobre o assunto, definir os objetivos da pesquisa e orientar a formulação da hipótese.

  1. Definição da Abrangência do Campo de Pesquisa

Os levantamentos foram feitos dentro da comunidade dos internautas, delimitando seu universo, enumerando suas características comuns, como por exemplo, a organização a que pertencem e sua linguagem específica.

  1. Fontes Para Coleta de Dados

Para Cervo e Bervian (2000, p 69), “fonte é todo e qualquer documento ligado diretamente ao objetivo de estudo”. São testemunhas diretas ou “contemporâneas” do fato estudado, material bruto e não elaborado.

Na busca de informações para dar conta da tarefa investigativa foi necessário coletar dados bibliográficos, através de uma aproximação do campo a ser investigado, estabelecendo uma convivência com o novo meio, realizando pesquisas na Internet, iniciando uma incursão nos chats, E-mail e utilizando reportagens extraídas de revistas, livros, e/ou outros.

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