A semântica e a construção cognitiva dos indivíduos

ARTIGO

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A semântica e a construção cognitiva dos indivíduos

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1– a interação humana nos convívios sociais.

O ser humano é produto da realidade que vive, fruto de uma gama imensa de informações e estímulos recebidos durante sua vida. Entender as diversas formas de pensar e agir dos seres humanos não é tarefa fácil, visto a diversidade de culturas em todo o mundo.

Quando se fala em semântica, inevitavelmente vem à mente conceitos de língua portuguesa como figuras de linguagem, ou novos sentidos aplicados as palavras. Não é errado atribuir esses conceitos, todavia ater-se apenas a eles como uma definição definitiva é um tanto equivocado, levando em consideração o fato de a semântica ser uma disciplina ampla que abarca não só conceitos gramaticais, mas também conceitos humanos de desenvolvimento.

No dia-a-dia as pessoas interagem entre si, contam o que observam e o que estão sentindo, e esperam que as outras os entendam, ou seja, constrói-se uma experiência parecida entre as pessoas. O fato de isso parecer tão simples e casual deixa de lado a complexidade desses atos. A explicação para isso está nas interações linguísticas dos indivíduos e não na estrutura da língua. Esse processo de interação passa a ser social e não individual.

Levando em consideração o fato de o comportamento humano ser fruto da sua socialização linguística, pode-se aplicar um exemplo pertinente; uma cultura ocidental tende a ter seus preceitos governamentais e políticos baseados em uma reflexão dos modelos políticos do passado ou nas propostas comuns aplicadas a nação. Um outro extremo é um modelo de governo oriental, totalmente baseado em preceitos religiosos e teocráticos, onde as decisões e medidas tomadas são totalmente arbitrárias e irrevogáveis.

Isso apenas mostra como as relações cognitivas constroem e desenvolvem o ser humano a medida que que suas atividades linguísticas constituem seus preceitos e pressupostos de cosmovisão.

              2 – Os reflexos da sociedade nos diferentes comportamentos dos indivíduos.

Hoje em dia o individualismo diferenciado de algumas tribos urbanas está em alta, e esse tipo de comportamento causa uma certa reflexão e ou rejeição por parte das demais tribos da sociedade.

Em todo o mundo encontra-se vários tipos de grupos com comportamentos diferentes, e isso causa na sociedade um reflexo, deveras desagradável. Para Skinner, uma visão científica do homem oferece possibilidades inesperadas. O homem não é uma vítima ou um observador passivo do que lhe acontece, pois ele é controlado por um ambiente que é, em parte construído por ele mesmo. Deve-se concluir que a evolução de uma cultura é um exercício de autocontrole.  

As pessoas, vivendo em grupos, são admiradas quando praticam atos que correspondem à expectativa de seus pares e deixam de sê-lo quando seus comportamento escapam ao modelo estabelecido pela cultura. Essa prática está entranhada nas diferentes culturas que não se chega a perceber que se trata de um tipo de controle.

Durante muitos anos o individualismo pessoal dominou os pensamentos humanos, até mesmo filosóficos. Contemporaneamente esse tipo de comportamento tem mudado, pois há muitos grupos de diferentes culturas que devem ser respeitadas. De uma filosofia que dá ênfase ao indivíduo, Skinner propõe que se passe a outra que dê ênfase à cultura ou ao grupo. Mas ele não esquece que as culturas também mudam ou parecem e são criadas pela ação individual e sobrevivem apenas através do comportamento de indivíduos.