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ANALISAR A ATUAL SITUAÇÃO QUE A EMPRESA SE ENCONTRA

Por:   •  18/3/2016  •  Artigo  •  1.922 Palavras (8 Páginas)  •  343 Visualizações

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DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

DEPARTAMENTO DE ENSINO SUPERIOR

COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS A DISTÂNCIA – HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA

ANA PAULA SANTOS DE ARAÚJO

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA “O PRECONCEITO LINGUÍSTICO DENTRO DA SALA DE AULA”

Artigo científico exigido como avaliação prática do componente curricular Sociolinguística, ministrado pelos professores Jamylle Rebouças Ouverney-King  e Antonio Jesus Souza Melo Neto, no período 2015.2.

                                                      PICUÍ– PB

MARÇO DE 2016

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA “O PRECONCEITO LINGUÍSTICO DENTRO DA SALA DE AULA”

ANA PAULA SANTOS DE ARAÚJO - IFPB

Resumo: O presente artigo constitui-se de uma análise  acerca da prática ou não do preconceito linguístico dentro da sala de aula, bem como observar as estratégias de combate dessa prática utilizadas pelos docentes.  Partindo dessa análise, senti a necessidade de investigar  de que forma a revista Nova Escola aborda esse fenômeno dentro do âmbito escolar, já que é considerada uma das referencias nessa categoria informativa de abordagem sobre assuntos voltados para à educação.

Palavras-chave: Preconceito linguístico. Norma padrão. Alunos.

 Introdução

            O presente artigo visa analisar a forma que os alunos se comunicam entre si dentro da sala de aula, abordando questões relacionadas ao preconceito linguístico. Essa prática preconceituosa  é vista constantemente em todos os lugares, sempre vindo da parte de falantes do português padrão, tendo como vítimas os falantes do português não padrão, que na maioria das vezes são pessoas sem nenhuma escolaridade ou então moradores da zona rural, ou seja, a região também tem bastante influencia no tocante ao preconceito linguístico. Alguns dos falantes do português padrão, afirmam que o domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social, o que para BAGNO (2007, p. 69) é mito.

A partir dessa premissa, o corpus desse trabalho será a análise da revista Nova Escola, para analisar de que forma esse objeto de estudo que é referência nacional, aborda a questão do preconceito linguístico que permeia o âmbito escolar.

        Com o intento de verificar algumas das teses propostas por Marcos Bagno em seu livro Preconceito Linguístico, o que é, como se faz (2007), observamos que diante dessa problemática Marcos Bagno tenta desfazer a ideia preconceituosa que há pelo Brasil, onde muitos acham que falar correto é falar de acordo com a gramática normativa, desrespeitando assim as origens culturais e regionais das pessoas. Nesse sentido, é relevante termos claro que a língua está em constante mudança, sofrendo enormes alterações de acordo com sua cultura e região.

Campo e objeto da pesquisa

O objeto de estudo escolhido para essa pesquisa foi a revista Nova Escola por conhecer sua gama de responsabilidade no tocante ao âmbito escolar, acreditando que em seu contexto de edições publicadas atualmente ou anteriormente, traz à tona para seus leitores a  diversidade cultural e social  de linguagens entre os alunos, verificando assim o acontecimento, ou não, do preconceito linguístico dentro da sala de aula e propondo estratégias para que alunos e professores compreendam as diferentes variações que a língua sofre.

        Com esse trabalho pretendemos também provocar uma auto-reflexão por parte dos docentes, de como lidar com a variação linguística dentro da sala de aula. Durante a análise, percebemos o quanto os  docentes não se dizem contra a variação da norma-padrão da língua portuguesa, mas afirmam que o papel da escola é ensinar aos discentes a norma-padrão, não os obrigando a segui-la rigorosamente. Onde foi visto que os docentes buscam corrigir seus alunos diante do uso da variação, ou seja, os mesmos não são contra, mas buscam ensinar seus alunos o uso do português-padrão, visto que a variação linguística é o modo em que a língua se diferencia das outras de um modo sistemático e coerente, que irá variar do contexto histórico, geográfico e também cultural.

           Ora, se o domínio da norma culta fosse realmente um instrumento de ascensão na sociedade, os professores de português ocupariam o topo da pirâmide social, econômica e política do país, não é mesmo?  Afinal, supostamente, ninguém melhor do que eles dominam a norma culta.

A revista Nova escola traz em algumas de suas edições, algumas explanações bem relativas que visam concomitantemente esclarecer as variações que a língua sofre, visando assim romper com a prática do preconceito linguistico dentro (e fora) da sala de aula. Especificamente na edição de Maio de 1999, a revista abordou de forma mais intensa a questão do preconceito linguistico, trazendo em uma de suas seções um fragmento do livro de Marcos Bagno, que defende vigorosamente a vivacidade da língua, denunciando e esclarecendo os mitos consagrados pelo autor como os piores, pois em muitos casos, não passam de mera ignorância, simplesmente os indivíduos se acham no direito de criticar as pessoas por sua forma de falar, desconsiderando assim sua bagagem cultural e até mesmo seu conhecimento de mundo. Nessa seção o redator da revista analisa as considerações de Bagno acerca dos mitos preconceituosos

O autor do livro descreve a existência de um círculo vicioso de preconceito lingüístico composto de três elementos: o ensino tradicional, a gramática tradicional e os livros didáticos. Na visão de Bagno, isso não funciona assim, "a gramática tradicional inspira a prática de ensino, que por sua vez provoca o surgimento da indústria do livro didático, cujos autores, fechando o círculo, recorrem à gramática tradicional como de fonte de concepções e teorias sobre a língua". “A maneira como o ensino é administrado tem sido estudada pelo Ministério da Educação e nos Parâmetros curriculares nacionais” reconhece que há "muito preconceito decorrente do valor atribuído às variedades padrão e ao estigma associado às variedades não-padrão, consideradas inferiores ou erradas pela gramática. Essas diferenças não são imediatamente reconhecidas e, quando são, é objeto de avaliação negativa.

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