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AS ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM DE PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA

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Por:   •  7/5/2014  •  4.012 Palavras (17 Páginas)  •  425 Visualizações

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AS ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM DE PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA

Vanessa Cristiane Rodrigues Bohn (UFMG/CNPq)

RESUMO: Este trabalho apresenta um estudo sobre Estratégias de Aprendizagem de Professores de Língua Inglesa tendo como suporte teórico a taxonomia de Oxford (1990). Foram analisadas 29 narrativas de professores de inglês de cursos de idiomas e de uma escola pública federal de Belo Horizonte. Os dados revelam que esses profissionais desenvolveram diferentes estratégias de aprendizagem ao longo de sua aprendizagem.

PALAVRAS – CHAVE: narrativas de aprendizagem e estratégias de aprendizagem.

ABSTRACT: This paper presents the study about Learning Strategies for teachers of English having as theoretical support Oxford’s taxonomy. The data analyzed were 29 narratives from teachers of English from English courses and one public school in Belo Horizonte. The data disclose that these professionals developed different learning strategies throughout their learning.

KEY –WORDS: learning narratives and learning strategies.

1. INTRODUÇÃO

A aquisição da língua estrangeira (LE) é um assunto discutido por muitos pesquisadores da área de Lingüística Aplicada no mundo inteiro. O objetivo desses pesquisadores é analisar como os indivíduos aprendem uma língua estrangeira. Dentro da Literatura sobre aquisição da LE, encontramos diversas teorias sobre o assunto, como por exemplo, as Teorias de Krashen, e suas cinco hipóteses sobre aquisição: the Acquisition-Learning hypothesis, the Monitor hypothesis, the Natural Order hypothesis, the Input hypothesis, and the Affective Filter hypothesis. Temos também estudos baseados na teoria Sócio-cultural de Levi Vygotsky, que diz que a interação social tem um papel fundamental no desenvolvimento da cognição infantil. Embora sua teoria não tenha sido criada para a aprendizagem de línguas, ela foi bem adaptada na área de segunda língua, pois a aprendizagem de LE ou L2 também acontece através da interação com outros indivíduos.

Dentre os estudos de aquisição de LE, alguns pesquisadores como Oxford (1998) e O’Malley e Chamot (1990) vêm desenvolvendo trabalhos sobre as estratégias de aprendizagem utilizadas pelos indivíduos que estudam uma língua estrangeira ou uma segunda língua.

O projeto AMFALE (Aprendendo com Memórias de Falantes e Aprendizes de Língua Estrangeira), sob a coordenação da Professora Vera Menezes (Faculdade de Letras – UFMG), também busca investigar não só como os alunos, mas também professores de seis línguas: Alemão, Espanhol, Francês, Inglês, Italiano e Português como língua estrangeira (LE) aprendem essas línguas.

Atualmente, o projeto disponibiliza um corpus eletrônico com mais de 500 narrativas, subdivididas em narrativas de alunos, professores dos idiomas e de pesquisadores participantes do AMFALE. Todas essas narrativas encontram-se no site do projeto < http://www.veramenezes.com/amfale.htm>.

Dentro do meu trabalho como bolsista/pesquisadora, optei por investigar como um grupo de professores de língua inglesa aprenderam a língua que atualmente lecionam. Para tanto utilizarei suas narrativas de aprendizagem, buscando identificar quais foram às estratégias de aprendizagem utilizadas. Como embasamento teórico, utilizarei as propostas de Oxford (1990).

2. TEORIA: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM

Durante o processo de aprendizagem da língua inglesa, cada aprendiz desenvolve alguma estratégia para auxiliar no seu aprendizado. Alguns ouvem músicas de seus cantores favoritos para aprimorarem a compreensão oral, aumentar o conhecimento de vocabulário; outros preferem ver filmes e há àqueles que formam grupos de conversação para praticar o inglês.

Vários estudiosos começaram a investigar a respeito das estratégias de aprendizagem utilizadas pelos aprendizes de inglês como segunda língua. Destacam-se nesses estudos, pesquisadores como Oxford (1990), O’Malley e Chamot (1990) e Cohen (1998).

Oxford (1990) define as estratégias de aprendizagem como:

“ações realizadas pelos alunos para ampliar sua própria aprendizagem(...) ações realizadas pelos aprendizes de segunda língua e língua estrangeira para controlar e melhorar sua aprendizagem”. [1]*

Outra definição que merece atenção é a de O’Malley e Chamot (1990) que conceitua estratégias como um:

“processo na qual são conscientemente selecionados pelos aprendizes e que podem resultar em ações realizadas para ampliar o aprendizado ou o uso da segunda ou da língua estrangeira do aprendiz.” [2]*

As duas definições acima mostram semelhanças entre si, principalmente pelo uso do verbo ampliar, ou seja, os aprendizes buscam maneiras de aprimorar seu aprendizado em diversas situações.

Oxford dividiu as estratégias de aprendizagem em dois grupos: estratégias diretas e indiretas e esses dois grupos se subdividem em três grupos cada, conforme mostra o diagrama abaixo:

Diagrama das estratégias de aprendizagem de acordo com Oxford (1990 p.16).

As estratégias diretas estão relacionadas á processos de aprendizagem, ou seja, como que os aprendizes irão lidar diretamente com a língua alvo. Segue uma síntese com as principais características de cada estratégia.

Estratégia de memória: a utilização dessa estratégia permite ao aprendiz armazenar as novas informações sobre a língua-alvo. Para que essa estratégia seja bem utilizada, Oxford (1990) sugere que ela seja usada simultaneamente com a estratégia metacognitiva e com a estratégia afetiva. Como exemplo de estratégias de memória temos, o uso de imagens e sons, uso de rimas, utilização de palavras-chave, substituição de novas palavras em um contexto.

Estratégias Cognitivas: essa é uma das estratégias essenciais na aprendizagem de uma nova língua. Tanto Oxford quanto O’Malley e Chamot concordam sobre sua importância. O aprendiz utiliza a estratégia cognitiva quando ele compreende

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