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Análise do Artigo Científico -Realismo: postura e método

Por:   •  17/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  852 Palavras (4 Páginas)  •  1.121 Visualizações

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL PRESIDENTE CASTELO BRANCO[pic 1]

                  FACULDADE CASTELO BRANCO

Professora: Isabel Cristina Gomes Basoni                               Curso: Letras 5° período

Aluna: Priscyla Moraes                                Disciplina: Metodologia do Trab. Científico

          Análise do Artigo Científico  - Realismo: postura e método

Autora: Tânia Pellegrini

O Realismo é uma vertente literária que descreveu e retratou como o próprio nome já revela a realidade das sociedades da segunda metade do século XIX. Os autores desse período procuraram observar e analisar a realidade e as mazelas sociais, reproduzindo-as fielmente (PELLEGRINI, 2017).

E em seu artigo “Realismo: postura e método”, a autora Tânia Pellegrini nos faz perceber que não é tão simples assim, para se chegar no ponto em que a leitura do realismo chegou, ele teve de passar por inúmeras transformações. Após as revoluções industriais, a segunda metade do século XIX foi marcada por um período de profundas mudanças no modo de pensar e agir das pessoas. As contradições sociais começaram a surgir e, inevitavelmente, todos esses fatores influenciaram todos os tipos de artes, sobretudo a Literatura. Foi quando surgiu o Realismo, em um momento de necessidade, onde os filósofos e escritores não aceitavam mais a ideologia do romantismo.

A autora identifica que o realismo é usado para reproduzir aspectos no mundo referencial, que seria independente da situação, mas, consequentemente, dependeria do contexto, do lugar e da época inserida, assim não existe resposta simples ou definitiva, e ela afirma:  

No início, a partir do século XVIII, na Inglaterra, e do século XIX, na França, mais do que uma técnica específica, o realismo foi compreendido como um modo de representar com precisão e nitidez os detalhes de um quotidiano burguês. Desse modo, seu sentido técnico não pôde fugir de conteúdos referentes à realidade concreta dessa classe social (e também da classe proletária, a quem comumente se relaciona o naturalismo),em oposição a assuntos lendários e/ou heróicos, ligados à aristocracia, que alimentavam as narrativas anteriores. (PELEGRINI, 2017, p.1)

Nesse sentido, como havia mencionado, o realismo terá diferentes faces quando transplantado para geografias diferentes.

PELLEGRINI (2017) ressalta que o realismo é um termo escorregadio e um tanto impreciso, pois ele contém inúmeras formas e faces. Daí a proposta de entendê-lo como refração, diferentes modos de percepção e de representação da realidade, ou seja, refrações realistas. Ela afirma que mesmo que o realismo já tenha sido decretado seu esgotamento inúmeras vezes, ele renasce sob múltiplas formas, na prática dos artefatos culturais.

Se em um sentido amplo, o realismo tem a função de mostrar as coisas como realmente são, a autora nos faz perceber que ele é visto também sob uma “postura” geral (envolvendo ideologias, mentalidades, sentido histórico, etc.) e com “método” específico (personagens, objetos, ações e situações descritos de modo real, isto é, de acordo com a realidade), porém ela também nos remete à questão histórica do realismo e ela novamente afirma:

É necessário considerar, entretanto, que a importância histórica ligada à questão do realismo é inegável, repousando, em última instância, no fato de que ele faz da realidade física e social (no sentido materialista do termo) a base do pensamento, da cultura e da literatura; seu surgimento está relacionado também à íntima conexão – sobejamente traçada por filósofos e historiadores –, de seus pressupostos básicos com o abandono da crença em valores transcendentais, ou seja, com o “desencantamento do mundo” iluminista; a força que adquiriu na França deve-se sobretudo ao acontecimentos históricos de 1830 e 1848, que intensificaram sobremaneira a politização das artes e da literatura. Enfim, enquanto postura e método, o realismo desde o início negou que a arte estivesse voltada apenas para si mesma ou que representar fosse apenas um ato ilusório, debruçando-se agora sobre as questões concretas da vida das pessoas comuns, representadas na sua prosaica tragicidade. (PELEGRINI, 2017, p. xx)

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