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As cidades e as serras

Por:   •  17/8/2016  •  Resenha  •  758 Palavras (4 Páginas)  •  278 Visualizações

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1-)  A obra “A cidade e as serras” pertence a  terceira fase de Eça de Queirós. Assim, diferente de sua segunda fase que é conhecida como “naturalista-realista”, marcada pelo realismo e seguindo os princípios da escola em seus romances mais famosos; a terceira fase apresenta textos mais imaginativos, testando os limites do estilo literário e apresentando um notável sincretismo estético. Nessa fase, Eça ameniza o rigor do método realista e reconcilia-se com seu país, Portugal, tão duramente criticado em romances anteriores, como “O Crime do Padre Amaro” e “O Primo Basílio”. Entretanto, existe o convívio com o realismo-naturalismo, junto com novas características, como o expressionismo, na descrição chocante da vida urbana, e o impressionismo, na suavidade e no colorido da paisagem campestre. Além disso, tem-se o fato de que, nas obras de sua segunda fase, Eça é influenciado pelo positivismo de Comte, enquanto em sua terceira fase, passa a critica-lo.

2-) O romance tem como narrador-personagem José Fernandes. Já como personagem principal tem-se, o amigo de José, Jacinto de Tormes, que no início da narrativa vive em Paris, França.

No decorrer da narrativa, fazem-se oposições entre o ambiente em que vive Jacinto e as serras. Nesse sentido, a cidade (Paris) é representativa do progresso, da civilização e do futuro; tendo também pessoas superficiais, tecnologia e muitos burburinhos. Já o campo é inicialmente visto como um lugar atrasado. Entretanto, tal visão muda ao decorrer do romance, levando tal região a ser vista como a salvação para o tédio da vida urbana, na qual passou a incomodar Jacinto; sendo sinônima de conforto e tranquilidade. Além disso, ao decorrer da narrativa há o contraste entre os diferentes locais retratados na historia, principalmente entre: França x Portugal; Paris x Tormes e, campo x cidade.

3-) Dois episódios em que a tecnologia deixa Jacinto “na mão” são: quando as reuniões sociais estavam ficando maçantes e em uma recepção ao Grão-Duque, Jacinto, que já não aguentava as mulheres quando as explicava sobre os diferentes aparelhos, como o numerador de páginas, é informado que o peixe, a ser servido, tinha ficado preso no elevador. Assim, os convidados vão pescá-lo e mesmo assim não indo para a mesa, deixando Jacinto ainda mais aborrecido e quando o rompimento de um dos tubos da sala de banho, faz jorrar água quente por todo o quarto, inundando os tapetes, e levando Jacinto a receber uma pilha de telegramas, alguns até com riso sarcástico, como o do Grão-duque Casimiro, dizendo que não mais apareceria pelo 202 sem que

tivesse um colete salva vidas.  

4-) No decorrer da viagem de Paris a Tormes, Jacinto e José se deparam com vários imprevistos, tais como: (a) ao chegarem em Tormes se depararam com a casa sem nenhum mobiliário pois Silvério, procurador de Jacinto, imaginou que eles só chegariam em alguns meses e por isso nada havia chegado de Paris; (b) ao chegarem de Tormes perceberem que suas bagagens não haviam chegado pois, num dos transbordos para um trem o criado Grilo, que guardava a bagagem pessoal dos dois amigos, se perdeu e demoraria a chegar; (c)os dois amigos têm de chegar à serra de trem e no caminho se perdem de Grilo; (d) serem recebidos por Melchior, um serviçal que não ajudou muito, senão com um prato de comida (galinha ensopada que agradou o paladar de Jacinto) e humildes colchões de palha; (e) 

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