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Deslocamento de Deleuziano e a Educação

Por:   •  28/5/2015  •  Resenha  •  1.041 Palavras (5 Páginas)  •  190 Visualizações

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TRABALHO DE PCC

Artigo: “DELEUZE EA EDUCAÇÃO” DE SILVIO GALLO

1º Deslocamento:

Nesse novo modelo, quem ocupa o lugar do filosofo da educação?

Percebe-se no contexto do novo modelo da educação, que o filósofo está perdendo sua verdadeira essência que é de cumprir uma tarefa de criador, para dar espaço à ”reflexão sobre problemas educacionais”. Ora, de nada adianta filosofar sobre a educação, se o pensador (que é o filósofo) não criar conceitos que poderão dar consistência a acontecimentos no campo educacional, vendo-se necessário mergulhar no caos da infinitude permitindo que novos conceitos brotem e que tenha suma importância de se pensar um conceito de multiplicidade. Já que essa reflexão está ocupando o lugar do filósofo da educação, é pertinente retomar a ideia que “pensar filosoficamente a educação pode ser perigoso (...). Ela deve ser o veneno e o remédio. É necessário que corramos o risco, que mergulhemos nesse caos povoado de opiniões...” diz Silvio Gallo.

        

        2º Deslocamento:

        Discuta a figura do professor militante;

A figura do professor militante é rizomática, ou seja, é uma forma apresentada para resistir a um modelo hierárquico que reflete uma estrutura social e opressiva. Dessa forma o professor militante é aquele capaz de vivenciar  a realidade de seus alunos, de forma a possibilitar a produção de algo novo, que os alunos busquem, coletivamente, transformar o quadro de miséria não somente o relacionado ao econômico, mas também cultural, ético, social e de valores. Em outro olhar, é formar alunos críticos, capazes de pensar, detectar, questionar e, acima de tudo, agir conscientemente mudando sua realidade, sem esquecendo seu papel na sociedade/comunidade. Resumindo, o professor militante é aquele que não aceita a política educacional  imposta pelo sistema, o chamado educação-maior dos planos decenais das Políticas Públicas de Educação. Ele não somente transmite o conhecimento mas também contribui para a formação de um indivíduo mais justo acerca da chamada democracia.

3º Deslocamento:

Conforme Gallo, a partir da abordagem rizomática, o conhecimento é uma função. Como afeta esse princípio a formação do professor?

Filosoficamente e politicamente falando, o problema aqui detectado não é especificamente a formação do professor, e sim, a maneira como é imposto o seu trabalho para lecionar sua disciplina. Numa compreensão mais abrangente, a proposta da interdisciplinaridade, a integração entre as disciplinas, esbarra em problema como a área de formação do professor, visto que, os mesmos precisam vencer barreiras conceituais para compreender a relação de sua especialidade com as demais  áreas do saber. Na abordagem rizomática, devemos analisar que se faz necessário pensar em uma nova realidade, talvez sem entender na sua forma denotativa, um novo paradigma de conhecimento, que permita pensar além dos paradigmas arborizados (a metáfora do “tronco da árvore do saber”), reproduzindo fragmentação cartesiana do saber. Contudo o que se espera na verdade é entender que, diferente da árvore arbórea, a imagem do rizoma não é uma hierarquia e não deve ser tomada como um paradigma na questão literal da palavra, porque na verdade há vários rizomas; pois se o paradigma é um “sistema fechado” e paralisa os pensamentos, por sua vez, os rizomas abertamente faz proliferar pensamentos, remetendo-nos para a multiplicidade, e justamente esse princípio, de aplicação do rizoma na organização curricular na escola, uma revolução no processo educacional, é que pode afetar a formação do professor.

4º Deslocamento:

O professor hoje quer opor resistência? Sabe como opor resistência?

(Após ter lido esse quarto deslocamento de Deleuze sobre o olhar de Silvio Gallo, tomo a liberdade para responder a questão acima de forma subjetiva.)

 Se olharmos a educação como uma atividade de controle social, tal quais os mecanismos mais explícitos da escola, a estrutura física e arquitetônica, como estão voltados para vigilância e controle de seus alunos, e os menos explícitos como a disciplinarização e a  forma de avaliar o aluno, submetendo-o a um valor de nota, sujeitando-o a uma aprovação ou reprovação, pode-se concluir que é um sistema ultrapassado, imposto pela política educacional existente. E com essa mesma visão, relato que não são todos os professores que querem opor resistência, talvez por medo do sistema, talvez por estarem cansados e desacreditados, ou ainda por terem perdido as esperanças nos jovens alunos vendo o próprio desinteresse ao ministrar suas aulas. Concordo que estamos acomodados com o fato de que essa imposição de ensinar é aprendida, como se assistir a toda aula é critério de uma educação de qualidade. A comparação de Deleuze em que a empresa (sistema aberto) substitui a fábrica (sistema fechado), na mesma proporção a escola, instituição disciplinar e, portanto, sistema fechado, vai sendo gradualmente, ou paulatinamente, substituída pelos empreendimentos de formação permanente, abertos, remete-se ao que Freinet relata em seu livro ‘Para uma Escola do Povo’ (pág. 01 e 03 – introdução) :

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