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Didatica E Filosofia

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Por:   •  15/9/2014  •  1.582 Palavras (7 Páginas)  •  804 Visualizações

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Didática e Filosofia

A ação que as gerações adultas exercem sobre as gerações jovens, orientando sua conduta, por meio da transmissão do conjunto de conhecimentos, normas, valores, crenças, usos e costumes aceitos pelo grupo social denomina-se educação. A manifestação da cultura e do contexto histórico e social em que está inserida, estimula a evolução dos grupos humanos no decorrer dos tempos, a escola, surgiu como instituição social ao longo da história, à medida que a organização das sociedades foi se tornando mais complexa, a tecnologia mais avançada e as aquisições culturais mais vastas e sistematizadas a escola contribuia no desenvolvimento das aptidões, potencialidades e personalidade de cada indivíduo, sendo de fundamental importancia no desenvolvimento da educação.

A didática é uma seção ou ramo específico da pedagogia e se refere aos conteúdos do ensino e aos processos próprios para a construção do conhecimento. Ja a pedagogia, tem como conceito a ciência e a arte da educação, mantendo as doutrinas sistematicas educacionais.

“Ensinar e aprender são como as duas faces de uma mesma moeda. A didática não pode tratar do ensino, por parte do professor, sem considerar simultaneamente a aprendizagem, por parte do aluno. O estudo da dinâmica da aprendizagem é essencial para uma didática que tem como princípio básico não a passividade, mas sim a atividade da criança”.(PLT, HAYDT, 2006, p.13). Baseando-se na afirmação podemos dizer que a didática e uma troca de conhecimentos, onde não depende somente do educador fazer sua parte, mas tambem o aluno deve demonstrar o aprendizado trazido de sua própria cultura, interagindo numa didática ativa de ambos os lados onde possam transmitir e compreender esses conhecimentos, dando sentido a concepção do homem e da vida, exercendo influências nas escolhas e atitudes que determinam o crescimento individual.

Na antiga Grécia, Aristóteles professava a teoria que foi retomada frequentemente, ao longo dos séculos, reaparecendo sob novas formas e imagens. A ideia difundida no século XVII, de que o pensamento humano era como se fosse uma tábua lisa, um papel em branco sem nada escrito, onde tudo podia ser impresso, é apenas uma variação da antiga teoria que a repeticao de exercicios elevando o grau de dificuldade ate tornar-se habito na vida do discipulo, e para que os alunos pudessem repeti-los correta e adequadamente, usava-se o metodo catequético, o qual utiliza a forma perguntas e respostas prontas onde bastava que o aluno reproduzisse literalmente as palavras e frases decoradas, e não de forma inteligente, pois ele não participava de sua elaboração e não refletia sobre o assunto estudado.

Ao longo dos séculos, algumas teorias tentavam explicar como o ser humano é capaz de aprender e assimilar o mundo que vive, alguns filósofos e educadores que refletiram sobre o conhecimento e elaboraram teorias sobre o ato de conhecer, que repercutiram no âmbito da pedagogia. Para Sócrates (século V a.C.) o saber não é algo que alguém transmite à pessoa que aprende, o saber, é uma descoberta que a própria pessoa realiza por si mesma ajudada pelo mestre. Sócrates comparava esse trabalho ao de sua mãe que era parteira, segundo ele, ambos ajudavam a dar a luz, ele a dar a luz as ideias de seus discipulos. Sócrates afirmava que os mestres devem ter paciência com os erros e as dúvidas de seus alunos, pois é a consciência do erro que os leva a progredir na aprendizagem.

Outro educador marcante da epoca foi João Amos Comenius (1592-1670). Segundo Comenius, dentre as obras criadas por Deus, o ser humano é a mais perfeita, acreditava que o fim último do homem é a felicidade eterna e que o objetivo da educação é ajudar o homem a atingir o desenvolvimento e o domínio de si mesmo através do conhecimento de si próprio e de todas as coisas. Comenius valorizava o processo indutivo como sendo a melhor forma de se chegar ao conhecimento generalizado, e aplicou-o na sua prática instrucional, escreveu o primeiro livro didático ilustrado para crianças e criou um método para o ensino de línguas de acordo com suas ideias educacionais, considerado revolucionário para a época.

Heinrich Pestalozzi (1746-1827) Defendendo a doutrina dos naturalistas, em especial a de Rousseau, Pestalozzi acreditava que o ser humano nascia bom e que o caráter de um homem era formado pelo ambiente que o rodeia. Sustentava que era preciso tornar esse ambiente o mais próximo possível das condições naturais, para que o caráter do indivíduo se desenvolvesse ou fosse formado positivamente, ao advogar a ideia de que a educação era um meio de regenerar a sociedade, ele estava introduzindo um elemento novo no ideário pedagógico de seu tempo, onde a educação era um instrumento de reforma social. Ele pregava a educação das massas e proclamava que toda criança deveria ter acesso à educação escolar, por mais pobre que fosse seu meio social e mesmo que suas condições fossem limitadas. Para ele o principal objetivo da educação era favorecer o desenvolvimento físico, intelectual e moral da criança e do jovem, através da vivência de experiências selecionadas e graduadas, necessárias ao exercício dessas capacidades. O método de Pestalozzi trazia vários elementos inovadores: o emprego do cálculo mental, o uso de técnicas silábicas e fonéticas na linguagem, e o estudo da Geografia e das ciências feito em contato direto com o ambiente natural. Outro aspecto inovador do método pestalozziano foi o fato de combinar as atividades intelectuais com o trabalho manual, fazendo os dois caminharem junto.

John Frederick Herbart (1776-1841). Baseou-se no trabalho de Pestalozzi mas posteriormente ele elaborou seus próprios princípios educacionais, fundamentados na ideia da unidade do desenvolvimento e da vida mental. Para Herbart a generalização das representações primárias forma os conceitos, e a interação dos conceitos conduz aos atos de julgamento e raciocínio, onde o ser humano não é bom nem mau, mas desenvolve-se

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