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Generos Textuais

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Por:   •  15/9/2014  •  499 Palavras (2 Páginas)  •  575 Visualizações

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Gêneros textuais

Todos nós, falantes/ouvintes, escritores/leitores construímos ao longo do tempo uma competência metagenérica. Competência essa que diz respeito ao conhecimento de gêneros textuais, sua caracterização e função.

Através dessa competência sabemos discernir os diversos gêneros textuais – carta, bilhete, diário, poema, aula, artigos- e também identificamos as práticas sociais nas quais eles devem ser inseridos.

Assim, todas nossas produções, sejam orais ou escritas, se baseiam em formas, padrões de estruturação, os gêneros. Tais práticas estão longe de serem naturais, sendo resultado de processos interacionais dos quais participam os sujeitos de determinada cultura.

As esferas de utilização da língua são tão heterógenas que Bakhtin distingue gênero primário e secundário, sendo os gêneros primários situações de comunicação ligadas a esferas sociais cotidianas e os secundários ligados a esferas públicas mais complexas de interação social. Portanto os gêneros secundários se formam a partir da transmutação dos gêneros primários.

Marcuschi acredita que não existe comunicação exceto por meio dos gêneros textuais.

Para Kock os indivíduos desenvolvem uma competência metagenérica.

Já Bakhtin alega que a atividade de falar e escrever requer do produtor uma estruturação de um todo, que em todas nossas práticas comunicativas usamos dos gêneros textuais, mesmo que não os saibamos na teoria.

Desta maneira uma criança pode criar uma poesia, pois os textos são baseados em modelos aprendidos socialmente, modelos que são abstrações de situações que fazemos parte, constituído e reconstituídos através das nossas inúmeras práticas sociais.

Os gêneros textuais possuem um plano composicional, o que compõem o gênero (saudação, texto, assinatura, p.e.). Se diferenciando pelo conteúdo temático – a produção em destaque; e pelo estilo – tema e conteúdo.

Para Bakhtin o estilo está vinculado a certas unidades temáticas e certas unidades composicionais (estruturação, conclusão, relação entre locutor e leitor/ouvinte, etc).

Schneuwly defende que todo texto é formado por sequências, esquemas que constituem os diversos gêneros textuais, assim, cabe ao produtor escolher entre elas – descritivas, narrativas, injuntivas, explicativas, argumentativas e dialogais.

São sequências narrativas a apresentação de sucessões de eventos- começo, meio e fim- com utilização abundante de verbos de ação , discursos diretos e indiretos livres. Como em relatos, notícias, contos.

São sequências descritivas a apresentação de propriedades, elementos componentes de uma entidade, onde utilizam- se verbos de estado e no tempo presente. Como na descrição de um ambiente, de uma situação.

São sequências expositivas a síntese de representações conceituais colocadas numa ordem lógica, ou seja, quando conclusões são tomadas naturalmente pelo receptor. Como em textos com intromissão do autor.

São sequências injuntivas as prescrições de comportamento ou ações sequencialmente ordenadas, usando de verbos no imperativo, infinitivo ou futuro do presente que nos levam a sequência das ações escritas.

E por fim são sequências argumentativas aquelas que apresentam uma ordenação ideológica de argumentos e/ou contra-argumentos, onde predominam verbos introdutores de opinião.

Assim cada gênero textual vai ter a predominância de uma dessas sequências, sendo de extrema importância o ensino desses gêneros textuais na escola, pois o ensino da leitura e da produção textual com base nos gêneros poderá trazer importantes contribuições para a mudança na maneira como a produção de texto é vista.

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