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Inclusao Escolar

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Por:   •  30/4/2013  •  9.632 Palavras (39 Páginas)  •  983 Visualizações

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Muitas organizações e comunidades escolares excluem tudo aquilo que julgam ser diferente da cultura que rege nossa sociedade. Essa exclusão é ainda mais cruel se analisada pela ótica das crianças portadoras de Necessidades Educativas Especiais (NEE), crianças que possuem em seu desenvolvimento alguma peculiaridade que os diferem de seus pares, exigindo um tratamento especial. Ao longo do presente trabalho discutiu-se sobre os conceitos de inclusão e integração além do conceito de representação no foco dos Estudos Culturais sobre a educação. De posse dessa informação o presente trabalho de conclusão de curso objetivou problematizar as representações dos gestores e professores sobre a inclusão de alunos com NEE, de uma escola da rede regular de ensino de Belo Horizonte. Além disso, procurar mapear as representações sobre educação de pessoas com NEE que circulam nos discursos dos profissionais da educação da escola investigada. E também, conhecer quais são os efeitos dessas representações nas práticas educativas direcionadas a esses alunos. A metodologia utilizada foi à pesquisa de tipo etnográfica, que se subdividiu em duas etapas: a observação e as entrevistas semi-estruturadas com professores e um gestor da escola. O presente trabalho concluiu que as representações de inclusão de pessoas com NEE não estão fixados e “entendidos” por todos os profissionais da educação. Concluiu-se também que a formação do docente é um dos pontos mais polêmicos para a inclusão no ensino regular e que, os professores da rede regular de ensino não se sentem preparados para receberem alunos com NEE.

Palavras - chave: Necessidades Educativas Especiais, Representação, Inclusão/Integração.

Sumário:

1. Introdução. 01

2. Objetivo geral e específicos. 04

3. Referencial teórico. 05

3.1 Contextualização de inclusão. 05

3.2 Integração e Inclusão de alunos com NEE. 07

3.3 Os Estudos Culturais e o conceito de representação. 09

4. Procedimentos Metodológicos. 13

5. Contextualização da escola e da classe investigada. 15

6. Representação em foco. 16

6.1 Princípios Norteadores. 17

6.2 Representação sobre inclusão. 20

6.3 Representação sobre a necessidade de profissionais da saúde. 24

6.4 Representação do professor adequado para a inclusão. 26

7. Conclusão. 33

Referências Bibliográficas. 35

Apêndices. 36

1. Introdução

Nossa sociedade enfrenta um tempo ambíguo em sua história. Por todos os lados há vários discursos que nos alertam para a liberdade e a diversidade, mas o que vemos é uma enorme dificuldade de aceitarmos os sujeitos vistos como diferentes, respeitarmos e valorizarmos o plural, o híbrido. Podemos encontrar isso em várias instâncias da nossa sociedade, mas a escola, por mais inacreditável que possa parecer, é o espaço onde percebemos mais nitidamente essa exclusão do diferente.

Muitas organizações e comunidades escolares excluem, voluntariamente ou não, tudo aquilo que julgam ser diferente de uma cultura que rege nossa sociedade. Essa exclusão é ainda mais cruel se analisada pela ótica das crianças portadoras de Necessidades Educativas Especiais (NEE), crianças que possuem em seu desenvolvimento motor, físico ou cognitivo alguma peculiaridade que as diferem de seus pares, exigindo um tratamento especial.

Tal fato faz com que o “problema” apresentado se torne ainda mais preocupante, já que a escola é espaço de encontro de diversos sujeitos (cada qual a sua maneira) e é, ou pelo menos deveria ser, espaço de formação e de desenvolvimento. Espaço que “(...) assegurasse a todos a formação cultural e científica para a vida pessoal, profissional e cidadã, possibilitando uma relação autônoma, crítica e construtiva” (LIBÂNEO, 1998, p.2). Ela deveria ser o espaço de onde surgissem cidadãos conscientes, capazes de iniciar um processo de mudança do quadro de uma sociedade excludente como a nossa.

Vários foram os estudiosos como Carvalho (2004), Sant’ana (2005), Mantoan (2002), Lopes (2007) perceberam essa exclusão nas escolas e nos trazem discussões interessantes sobre a realidade enfrentada pelos gestores e pelos professores em escolas regulares das redes de ensino. Lopes (2007) nos alerta que a inclusão chega à escola como uma metanarrativa revolucionária, pretensiosa sendo necessário examiná-la detida e cuidadosamente o que “(...) não significa lutar para invibializá-la, mas significa uma tentativa de pensá-la para além do binômio reducionista do incluído ou do caráter salvacionista que a inclusão parece carregar” (LOPES, 2007, p. 1). Ou seja, no momento de inserirmos crianças com NEE não devemos fazê-lo como uma medida assistencialista, muito menos estacionarmos apenas nas discussões de oposições binárias entre inclusão e exclusão. Muito antes pelo contrário, devemos analisá-la como direito garantido de todos à educação que “(...) pretende não impor para tais alunos facilidades ou dificuldades diferentes dos demais, apenas pensar em estratégias diferentes de planos de ações” (LOPES, 2007, p. 1).

A autora Lopes (2007) também nos mostra que, atualmente, muito se fala sobre a inclusão, mas não a realizamos de fato. É natural vermos gestores educacionais e professores que sempre encontram barreiras para a concretização da inclusão. Quando não pior, a vêem apenas como uma ferramenta assistencialista, acreditando que o simples fato das crianças portadoras de alguma necessidade já estarem em uma Instituição regular de ensino é o suficiente. A autora ainda afirma que administradores escolares e professores que assumem tais posturas desconsideram que todos possuem o direito à aprendizagem e ao ensino de qualidade que respeite as peculiaridades de cada um.

Em contrapartida a visão de que professores e gestores educacionais não querem e dificultam a entrada dos alunos com NEE pela simples acomodação dos mesmos vem ser quebrada por Carvalho (2004). Tal

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