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LITERATURA

Por:   •  7/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.887 Palavras (12 Páginas)  •  434 Visualizações

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O texto Literário e o texto não literário

O texto literário trata-se de uma expressão de arte, seja numa crônica, poema, novela, peça teatral, etc. Enquanto o texto não literário passa a ter uma expressão informal, ou seja, tem como objetivo trazer informação de algo para o seu leitor como um artigo, uma receita, um manual.

Como por exemplo, no texto “Descuidar do Lixo e sujeira” o texto tem a funcionalidade de informar o que ocorre quando a empresa de lanches deposita o lixo no contêiner duas horas antes da caçamba de lixo passar pra recolhê-los, ou seja, ele informa que a sujeira é causada pela falta de manuseio com o lixo por parte da empresa que ao deposita mais cedo, acaba por contribuir para a sujeira na cidade, pois os mendigos vão lá revirar o lixo, deixando por toda parte a sujeira.

Já no texto que cita o mesmo assunto “O Bicho – de Manuel Bandeira”, ele relata com sua mais aguda expressividade artística, com o uso da metáfora “Bicho” para expressar o horror visto por ele ao presenciar que o homem teria o mesmo comportamento de um cachorro, gato, rato ao revirar um lixo em procura de algo para comer.

Outro exemplo de texto não literário é uma receita como esta “Feijoada Completa” onde tem como por objetivo informar a seu leitor sequencialmente os passos para o preparo da feijoada.

Um bom exemplo de um texto que se caracteriza como literário é o da musica “Cálice” de Chico Buarque que se trata de uma crítica á ditadura, onde o autor enaltece o sentido de cálice aplicando nele o sentido ditatorial de “Cale-se”, trata-se de uma maneira de criticar a ditadura militar numa época em que todos os textos de qualquer cunho artístico passavam pelo crive dos militares, e de forma sábia, artistas como Chico Buarque, Elis Regina, Raul Seixas, entre outros tiveram a genialidade de através de metáforas gritarem os seus mais profundos sentimentos contra o regime militar. Além desta música temos outras como, por exemplo: “alegria alegria”, “caminhando”, e “proibido proibir”, “o bêbado e o equilibrista” , “mosca na sopa”, “acende as velas”, entre outras.

O literário usa a estética, a reflexão subjetiva e emocional de seu leitor como nos casos do poema de Manuel Bandeira – “O Bicho”, e a música de Chico Buarque – “O Cálice”, Onde metaforicamente eles criticam alguma coisa ou no caso “as faces dos Homens”. Do oprimido ao rebelde ou do puro ao mais selvagem ser habitado no homem.

O não literário tem sua estética de um artigo informal, tal como o texto “Descuidar do lixo e sujeira” e da receita da “Feijoada completa” onde existe uma sequencia a ser seguida, e que se o leitor não gostar de algum ingrediente ele pode alterar no caso do texto “Descuidar do lixo e sujeira” ele pode tirar suas conclusões sobre o referido caso, e óbvio que no literário também o leitor tem o poder de fazer suas próprias formulações de opiniões, mais enquanto um tem uma estética emotiva (literário como no caso do texto de Manuel Bandeira), ou outro possui uma estética intelectiva.

Correntes literárias do século XVII: Barroco, Classicismo, Arcadismo, Romantismo, Parnasianismo e Simbolismo

Apresentaremos a seguir exemplos de textos literários, cada texto com seu gênero e um breve comentário sobre o contexto histórico-social da sua produção.

1-Barroco

“A Dona Maria dos povos, minha futura esposa” - Gregório de Matos.

Discreta e formosíssima Maria,

Enquanto estamos vendo a qualquer hora,

Em tuas faces a rosada aurora

Em teus olhos e boca o sol, e o dia:

Enquanto com gentil descortesia

Te espalha a rica trança voadora,

O ar, que fresco Adônis te namora,

Quando vem passear-te pela fria:

Goza, goza da flor da mocidade,

Que o tempo trota a toda ligeireza

E imprime em toda a flor sua pisada.

Oh não aguardes que a madura idade

Te converta em flor, essa beleza,

Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada”.

Discreta e formosíssima Maria,

Enquanto estamos vendo claramente

Na vossa ardente vista o sol ardente,

E na rosada face a aurora fria:

Enquanto, pois produz, enquanto cria

Essa esfera gentil, mina excelente,

No cabelo o metal mais reluzente,

E na boca a mais fina pedraria:

Gozai, gozai da flor da formosura,

Antes que o frio da madura idade

Tronco deixe despido, o que é verdura.

Que passado o zenit da mocidade,

Sem a noite encontrar da sepultura,

É cada dia ocaso da beldade.

Ardor em firme coração nascido

Pranto por belos olhos derramado;

Incêndio em mares de água disfarçado;

Rio de neve em fogo convertido:

Tu, que em um peito abrasas escondido;

Tu, que em um rosto corres desatado; (incontido)

Quando fogo, em cristais aprisionados;

Quando cristal em chamas derretido.

Se és fogo como passa brandamente,

Se és neve, como queima com porfia? (insistência)

Mas ai, que andou Amor em ti prudente!

Pois para temperar a tirania, (equilibrar o domínio do Amor)

Como quis que fosse a neve ardente,

Permitiu parecesse a chama fria.”

Comentário:

No

...

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