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Norma Linguística & Preconceito Social: Questões De Terminologia. In: Veredas, Revista De Estudos Linguísticos.

Por:   •  30/3/2023  •  Pesquisas Acadêmicas  •  595 Palavras (3 Páginas)  •  124 Visualizações

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BAGNO, M.Norma lingüística & preconceito social: questões de terminologia. In: Veredas, revista de estudos lingüísticos. Juiz de Fora,v. 5, n. 2p. 71 a 83. Disponível em https://iead-ava.unilab.edu.br/pluginfile.php/63266. Acessado em 09 de dez de 2022

É um livro que aborda o uso da língua na sociedade atual. Caracterizando-se seus diferentes conceitos e suas implicações nos estudos lingüísticos e no ensino do português.

Marcos Bagno professor, doutor em filologia, linguista e escritor brasileiro. Importante intelectual e professor da Universidade de Brasília (UnB) com inúmeras publicações sobre a língua falada no país. O professor é conhecido por defender a revisão da norma-padrão do português, pela inclusão de variações linguísticas e formas orais como expressão genuína e correta do português brasileiro. Neste livro o autor defende com vigor a língua viva e verdadeiramente falada no Brasil. O autor vai analisar criticamente algumas “afirmações falaciosas”, acerca do ensinar o “certo” e o “errado” , tentando combater o que ele define como a mitologia do preconceito lingüístico.

Com uma abordagem mais teórica e com a presença de mais exemplos, Bagno organiza seu texto em alguns pontos muito importante. Inicialmente o autor aborda sobre o preconceito milenar, critica alguns aspectos como existir uma forma correta de falar a língua, o uso indevido da gramática, falta de letramentono processo de ensino e o uso da norma - padrão nas escolas.

Em sequência Bagno ressalta sobre as apropriações da norma culta, para ele "existe uma diferença muito grande entre o que as pessoas em geral chamam de norma culta, inspiradas na longa tradição gramatical normativo-prescritiva, e o que os pesquisadores profissionais chamam de norma culta, um termo técnico para designar formas lingüísticas que existem na realidade social. Essa diferença se reflete também na postura que a pessoa assume diante dos fatos lingüísticos."

No terceiro ponto, Bagno discorre sobre as várias interpretações do termo culto, para ele a expressão norma culta revela um longo processo de impregnação que tem de ser criticado e desmascarado, pois quando alguém diz que determinada maneira de falar e de escrever é culta, automaticamente está deixando a entender que todas as demais maneiras de falar e de escrever não são cultas e que cada um pode interpretar como quiser.

No penúltimo ponto, o estudioso define as seguintes terminologias: padrão, prestígio e estigma. Respectivamente a primeira é a "norma culta" dos prescritivistas, ligada à tradição gramatical normativa, que tenta preservar um modelo de lingual ideal, inspirado na grande literatura do passado. A segunda é a "norma culta" dos pesquisadores, a língua realmente empregada no dia-a-dia pelos falantes que têm escolaridade superior completa, nasceram, cresceram e sempre viveram em ambiente urbano. A terceira é a "norma popular", expressão usada tanto pelos tradicionalistas quanto pelos pesquisadores para designar um conjunto de variedades lingüísticas que apresentam determinadas características fonéticas, morfológicas, sintáticas, semânticas, lexicais etc. que nunca ou muito raramente aparecem na fala (e na escrita) dos falantes "cultos".

Por fim ,Bagno discorre sobre a norma-padrão e o ensino de português no Brasil e afirma que para a “norma-padrão brasileira se afasta tremendamente da realidade dos usos lingüísticos dos cidadãos brasileiros em geral e até mesmo dos falantes urbanos escolarizados das classes médias e médias altas

Contudo, é possível analisar que o tema é aprofundado, porém, é muito importante ser discutido e lido em diversas áreas onde a linguagem se faz presente. É preciso refletir sobre os modos midiáticos e como estes representam a língua portuguesa. Não é preciso menosprezar nem ter atitudes preconceituosas em relação às formas diferentes de falar, pois, se tratando de língua, tudo é possível e justificável.

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