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O Menino do Pijama Listrado

Por:   •  21/10/2018  •  Dissertação  •  649 Palavras (3 Páginas)  •  330 Visualizações

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CAMILA BIELLA BISSA

Um  olhar inocente diante do Holocausto

“O menino do pijama listrado” de John Boyne é um livro muito intenso e marcante, pois, a história é contada por Bruno, um menino de nove anos que foi obrigado a deixar seus amigos, sua escola, sua casa em Berlim e mudar-se para um lugar isolado no interior da Alemanha (Auschwitz). Mas o que levou o autor contar a história sob os olhos do menino Bruno? Uma criança que não sabia nada sobre o Holocausto, o extermínio dos judeus, e muito menos, que seu pai era um comandante nazista?

Com o avanço da tecnologia, acessível para praticamente todos, tornou-se fácil à comunicação em qualquer lugar. Hoje, qualquer criança na idade de bruno possui um computador ou um celular, que o deixa a par de qualquer situação que ocorre no país ou no mundo, diferentemente do que é retratado no livro.

O menino nem imaginava o que estava acontecendo a sua volta, principalmente que seu país estava em guerra e que seu pai fora designado a comandar um campo de concentração, motivo pelo qual se mudou para lá.

Esse fato foi a grande estratégia usada pelo autor, diante da realidade vivida em meio à década de 40, buscou por meio de Bruno, poupar os leitores dos detalhes horrorosos daquele cenário.

Foi uma época de muitas perdas. Os nazistas perseguiam os judeus, colocava-os no campo de concentração e quando estavam fracos demais para trabalhar eram levados para serem mortos na câmara de gás. Eles caminhavam até chegar a uma grande chaminé, depois nunca mais eram vistos de novo.

Bruno era tão inocente, que não fazia ideia de que a fumaça com mau odor que saiam das grandes chaminés eram os judeus que haviam sido exterminados na câmara de gás, muito menos, que aquele lugar não se tratava de uma fazenda com cercas, crianças e adultos vestidos de pijama listado.

Ele passava horas conversando com Shmuel, separados pela cerca. Uma amizade que crescia e ao mesmo tempo chegava ao fim.

  Um dia, bruno vê o menino judeu machucado, na sua inocência pergunta a Shmuel se ele havia caído de bicicleta. Esse é mais um ponto que o autor deseja que o leitor perceba que os ferimentos não seriam por causa de um tombo de bicicleta e sim, pela agressão dos soldados nazistas.

Bruno vai de encontro ao seu amigo judeu a fim de contar que ele, sua mãe e sua irmã irão voltar para Berlim, mas dessa vez, do outro lado da cerca, do lado de dentro para conhecer a casa de Shmuel e despedir-se dele. Porém, não sabiam que esses seriam seus últimos momentos.

(...) Ele olhou para baixo e fez algo bastante incomum para a sua personalidade: tomou a pequena mão de Shmuel e apertou-a com força entre as suas. “Você é o meu melhor amigo, Shmuel”, disse ele. “Meu melhor amigo para a vida toda.” (...) E então o cômodo ficou escuro e de alguma maneira, apesar do caos se que surgiu, Bruno percebeu que ainda estava segurando a mão de Shmuel entre as suas, e nada no mundo o teria convencido a soltá-la. (BOYNE, 2007, p.184)

Nesse trecho do livro, Boyne no faz refletir sobre os atos cruéis que podem se voltar contra quem os pratica. “O pai que matou seu filho de maneira indireta, na câmara de gás”.

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