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O Relatório de Leitura

Por:   •  24/10/2020  •  Artigo  •  1.166 Palavras (5 Páginas)  •  135 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Com o passar do tempo a alfabetização teve uma expansão no seu campo de estudo e foi tópico de novas metodologias, no entanto o Brasil ainda sofria pela escassa qualidade da educação básica e isso gerava grandes porcentagens de reprovação e evasão escolar. Pesquisas foram realizadas para identificar os fatores dessa educação básica de má qualidade, mas não obtiveram grandes êxitos.

Com os novos posicionamentos e metodologias na tentativa de justificar o índice de evasão escolar, a alfabetização perdeu sua especificidade e deu abertura para a criação, em 1985, do conceito de letramento para titular as pessoas que se envolvem em práticas sociais de escrita e leitura. (ALMEIDA V. e FARAGO A., 2014).

Após a criação do termo letramento, os pesquisadores cometeram o erro de mesclar ambos conceitos. Devido essa fusão, a alfabetização sofreu uma desinvenção por causa da compreensão equivocada das novas teorias e isso foi responsável pelo indeferimento de qualquer prática que visasse analisar o sistema alfabético e ortográfico (DIOGO E. e GORETTE M., 2011).

Na atualidade, a importância de ambos conceitos, separadamente, é reconhecida. Se vê necessário entender que alfabetização e letramento são práticas diversas, no entanto são correlativas e indissociáveis, e somente atingindo esse ponto de compreensão que é possível evitar a perda de especificidade de alguma delas.

Neste artigo, em primeiro momento, será tratado sobre como a família se insere e como pode influenciar o processo de alfabetização e letramento dos infantes. A família realmente possui importância neste processo ou somente a escola é responsável? Será que a diferença cultural entre famílias afeta esse processo? Desigualdade social é um fator determinante para o alfabetizar e letrar infantil? Além disso, para reforçar as ideias realizarei uma comparação cinematográfica.

Em seguida, será analisado o papel da escola e educadores, focando em metodologias de alfabetizar e letrar ao mesmo tempo. Qual a forma correta de lidar com alfabetização e letramento dentro da sala de aula? Como o educador pode aplicar essas formas?

2. O REFLEXO DA FAMÍLIA NAS CRIANÇAS

Primeiro deve-se deixar explícito os conceitos de alfabetização (ação de ensinar e aprender a ler e escrever) e letramento (capacidade de aplicação e compreensão, de ler e escrever, no âmbito das relações sociais).

Afinal, as crianças podem ser primeiramente letradas ao invés de alfabetizadas? Partindo do conceito de letramento, a partir do momento que a criança consegue colocar em prática a leitura e escrita, mesmo que não alfabetizada, no meio social já é uma forma de obter conhecimento. Logo, pode-se dizer que os infantes, à princípio, sofrem o processo de letramento.

Tal discussão foi sugerida pela docente, Monica Filomena Caron, com os discentes da Universidade Federal de São Carlos – Campus Sorocaba na atividade síncrona on-line no dia 09 de Setembro de 2020 na disciplina Leitura e Produção de Texto para o Turismo.

A família é de extrema importância para auxiliar as crianças neste processo, o ambiente cultural que elas estão inseridas pode guiar com mais facilidade a compreensão e reflexão da leitura e da escrita. Isso pode ser reforçado pela escrita registrada de Almeida e Farago (2014, p. 209):

Crianças cujas famílias participam de atos de leitura desde muito cedo, vindo de familiares escrevendo e lendo, chegam à escola conhecendo muitos do uso e funções sociais da língua escrita, diferente de crianças oriundas e de famílias pouco alfabetizadas, entendem que texto escrito é aquele que a escola lhes apresenta.

Isso pode ser visto no novo filme, Enola Holmes, em que a personagem principal é inserida ao âmbito cultural, da leitura e escrita, desde cedo por sua mãe e isso foi primordial para que ao decorrer da trama pudesse desvendar o mistério do sumiço de sua mãe com mensagens, pistas subliminares e anagramas.

No entanto, é necessário que se reflita sobre as diferenças culturais e educativas, em especial, causada pela desigualdade social. Como fora mencionado, crianças que, por influência do seu âmbito familiar, possuem contato mais cedo com atos de leitura são mais propícias a uma melhor desenvoltura e compreensão social. Fatores externos como esse são essenciais para o processo de letramento e alfabetização.

Rocha (2006) realizou uma tese baseado no desempenho de alunos da 5ª série de uma escola pública e afirmou que alguns evidenciavam dificuldade em realizar atividades que faziam uso da escrita e leitura e, em especial, eles eram provenientes de famílias que não

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